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Deputados de oposição apresentam pedido de impeachment contra Lula por fala sobre Holocausto

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Grupo de parlamentares alega que declaração do presidente expõe Brasil ‘ao perigo da guerra’ e configura crime de responsabilidade

Um grupo de deputados federais anunciou neste domingo (18) que vai protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em virtude da declaração feita durante evento em Adis Abeba, na Etiópia, comparando a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto. Segundo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), a fala configura crime de responsabilidade.

“Não se pode comparar o incomparável. Nada se compara à maior tragédia da humanidade, que foi o Holocausto e que vitimou 6 milhões de judeus, além de diversas minorias. É injustificável, leviana e absurda a afirmação do presidente da República. É uma afronta aos judeus, aos descendentes do horror do nazismo e algo que só fomenta o crescimento do antissemitismo no Brasil. O direito à liberdade de expressão não engloba a banalização ao Holocausto”, disse a parlamentar.

A declaração de Lula foi feita em entrevista coletiva neste domingo (18), depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Adeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse.

Os deputados alegam que Lula pode ter cometido crime de responsabilidade por “ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”, conforme consta no Artigo 5º da Constituição.

Zambelli diz que presidente expõe Brasil ao perigo de guerra
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados – 18.04.2023

“Isso enseja o pedido de impeachment que estamos apresentando contra o mandatário da nossa nação, que expôs-nos a perigo de guerra, como medida da aplicação da mais inteira e urgente Justiça”, diz o documento.

Segundo os parlamentares, a Corte Internacional não acolheu a acusação de que Israel praticaria genocídio, mas Lula, “de maneira inconsequente e irresponsável, continua suas bravatas, sempre omitindo o fato que foram os terroristas do Hamas que invadiram Israel, matando, mutilando, estuprando e sequestrando bebês, crianças, mulheres, homens e idosos”.

Os deputados dizem que Lula se esquece de que os ataques não cessam há mais de 130 dias e que ele incentiva injúria racial. Ela cita que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu à fala do petista e disse que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda.

Em Israel

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi às redes sociais para dizer que condena veementemente a declaração em que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compara a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.

Herzog disse que há uma “distorção imoral da história” e apela “a todos os líderes mundiais para que se juntem a mim na condenação inequívoca de tais ações”. Antes, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia se manifestado, dizendo que convocaria o embaixador brasileiro no país para uma reprimenda.

Entidades e organizações também criticaram a declaração de Lula. A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou a fala. A instituição classificou neste domingo (18) a afirmação como “distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.

“Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz a Conib.

A entidade criticou a posição do governo brasileiro em relação ao conflito. “Uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira”, afirma o texto.

O presidente do Yad Vashem (o memorial do Holocausto em Jerusalém), Dani Dayan, também se posicionou. Segundo ele, a declaração de Lula é uma “escandalosa combinação de ódio e ignorância”. Dayan disse que, segundo a definição da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), as falas do chefe do Executivo brasileiro são “clara expressão antissemita”.

“Comparar um país que luta contra uma organização terrorista assassina com as ações dos nazis no Holocausto merece toda a condenação. É triste que o presidente do Brasil desça a um ponto tão baixo de extrema distorção do Holocausto”, escreveu nas redes sociais.

Especialistas, políticos e entidades reagiram às declarações de Lula e afirmaram que as falas comprometem a imagem do Brasil no cenário internacional e demonstram desconhecimento histórico e visão anti-Israel.

Professora de relações internacionais e doutora em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo), Denilde Holzhacker avalia que a posição de Lula não reflete o que aconteceu na história. “É mais uma frase em que ele expõe uma visão anti-Israel, o que reforça os argumentos de que há um fundo antissemita nas falas do próprio presidente Lula”, afirma.

Para a especialista, a fala de Lula inviabiliza a proposta do Brasil de ser intermediário na busca da paz e deixa o país mais longe de ser parte de uma solução. “A declaração cria para o Brasil um distanciamento não só com Israel, mas também com outros países e com a comunidade judaica brasileira.”

O diplomata e doutor em ciências sociais pela Universidade de Bruxelas Paulo Roberto de Almeida ressalta que “as alusões ao Holocausto hitlerista são absolutamente equivocadas e inaceitáveis do ponto de vista histórico e diplomático”. “Apenas diminuem a credibilidade de Lula como interlocutor responsável em face dessa tragédia. Elas [as declarações] apenas revelam seu despreparo para tratar desse assunto”, acrescenta.

O Instituto Brasil-Israel afirmou que a fala de Lula é um erro grosseiro que inflama tensões e mina a credibilidade do governo brasileiro como um interlocutor pela paz. “O genocídio nazista foi um plano de exterminar, em escala industrial, toda a presença judaica na Europa, sob uma ideologia de superioridade racial e antissemitismo. Não há paralelo histórico a ser feito com a guerra em reação aos ataques do Hamas, por mais revoltantes e dolorosas que sejam as mortes de dezenas de milhares de palestinos, entre eles mulheres e crianças, além dos cerca de 1.200 mortos israelenses e as centenas de civis que permanecem sequestrados em Gaza”, diz o texto.

Segundo a entidade, a posição de Lula banaliza o Holocausto e fomenta o antissemitismo. “Ganha contornos ainda mais absurdos em um desrespeito flagrante à presença em Israel hoje de milhares de sobreviventes da barbárie nazista e seus descendentes”, afirma a nota.
“O Brasil firmou compromissos internacionais para a preservação da memória do Holocausto e historicamente defendeu a luta contra sua banalização. Essa deve continuar a ser a posição brasileira.”

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) também chamou de vergonhosa a fala do presidente. “Comparar o Holocausto à reação militar de Israel aos ataques terroristas que sofreu é vergonhoso. O Holocausto é incomparável e não pode ser naturalizado nunca. Em nome dos brasileiros, pedimos desculpas ao mundo e a todos os judeus”, disse.

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirma que Lula demonstra que não sabe o que foi o holocausto. “Ofende o povo judeu e mancha, mais uma vez, a imagem do Brasil no exterior.” Para o senador Izalci Lucas (PSBD-DF), o presidente deveria “buscar a paz” em vez de dar declarações assim.

“Lula mais uma vez envergonha o Brasil e ataca Israel e o povo judeu comparando a sua legítima defesa contra os terroristas do Hamas ao genocídio promovido por Hitler contra os judeus. É repugnante”, declarou também o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ).

O deputado federal cabo Gilberto (PL-PB) chamou as falas do presidente de “momento de insanidade”. “Lula compara o governo de Israel a Hitler, que promoveu a morte de milhões de judeus em câmaras de gás.”

O presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, reforçou que o posicionamento de Lula trará prejuízos ao Brasil no cenário internacional. “A fala surreal de Lula comparando Israel a Hitler vai rodar o mundo ocidental e afundar de vez a imagem do Brasil.”

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Joariana Alves Nasserala José

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É com profundo pesar que a Prefeitura de Rio Branco recebe a triste notícia do falecimento da mãe do secretário de Meio Ambiente, Carlos Nasserala, senhora Joariana Alves Nasserala José, ocorrida na noite desta segunda-feira (6), na cidade de Sena Madureira.

Dona Joariana tinha 84 anos, morreu de causas naturais e deixa um vazio imensurável no coração de seus nove filhos, netos, bisnetos, demais familiares e amigos. Ela será lembrada não apenas pelo seu legado familiar, mas também pelo carinho e bondade que sempre demonstrou a todos ao seu redor.

Que neste momento de dor e saudade, possamos nos unir em solidariedade aos familiares e amigos, confortando uns aos outros com lembranças que permanecerão vivas no coração de cada um.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Projeto Recriança homenageia prefeito de Rio Branco durante celebração dos 35 anos de criação

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O prefeito da capital acreana foi homenageado, na tarde do último sábado (4), pelo Projeto Recriança durante as festividades que marcaram os 35 anos do programa. A cerimônia ocorreu na Arena Recriança, localizada no bairro Morado do Sol, região do São Francisco.

Idealizado para promover a inclusão social de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, o Projeto Recriança é reconhecido como uma entidade de esporte amador na cidade de Rio Branco. Sob a coordenação de Josemir Calixto, conhecido como Mimi, o programa não apenas forma atletas, mas também busca desenvolver cidadãos conscientes.

“A trajetória do Recriança, ao longo desses 35 anos, tem sido marcada pelo sucesso. Além de revelar talentos esportivos, temos orgulho de formar cidadãos que contribuem para a sociedade”, destacou Mimi.

A participação no Projeto Recriança está condicionada ao desempenho escolar dos alunos, que devem estar matriculados na rede municipal ou estadual de ensino.

Em um discurso emocionado, o prefeito de Rio Branco expressou sua gratidão por fazer parte do evento comemorativo.

“Agradeço de coração por poder participar deste projeto incrível que é o Recriança. São 35 anos de história, onde mais de 15 mil crianças já passaram por aqui. É uma alegria ver o sucesso de iniciativas como essa, que transformam vidas e revelam talentos”, ressaltou o prefeito.

O presidente da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), Klowsbey Pereira, elogiou o trabalho desenvolvido por Josemir Calixto à frente do projeto.

“O comportamento do meu filho melhorou significativamente” (Foto: Val Fernandes / Assecom)

“O Recriança é um programa que há 35 anos vem proporcionando oportunidades para crianças e jovens. Devemos celebrar iniciativas como essa, que valorizam o esporte e promovem o desenvolvimento social”, enfatizou.

O Projeto Recriança teve início em 5 de maio de 1989, quando um grupo de amigos decidiu promover atividades esportivas nos bairros da cidade. Desde então, tem sido um instrumento de transformação na vida de muitos jovens, oferecendo-lhes perspectivas de um futuro promissor.

“O comportamento do meu filho melhorou significativamente desde que ingressou no Recriança. Aqui, além do esporte, ele também recebe orientação e suporte para seus estudos. Este projeto é uma verdadeira oportunidade de vida para as crianças”, afirmou Alexandre Nogueira, pai de um dos atletas do programa.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Ações da prefeitura resultam na diminuição de internações ocasionadas pela síndrome respiratória

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Com o fortalecimento das ações na área da saúde, a Prefeitura de Rio Branco tem alcançado resultados satisfatórios, sobretudo no que se refere à síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A disponibilização de quatro Unidades de Referência em Atenção Primária (URAP’s) para atendimento da população durante os sábados e feriados é uma dessa ações.

Apesar do atendimento estendido apresentar um número crescente nas notificações, a população está recebendo um diagnóstico precoce e com tratamento adequado tem evitado atingir a forma mais severa da doença, implicando diretamente na diminuição do número de internações.

“Foi uma determinação do prefeito para que estendêssemos os atendimentos nas URAP’s e hoje estamos atendendo todos os sábados em quatro Unidades, além dos feriados, isso fez com que a população procurasse atendimento, o que possibilita iniciarmos o tratamento imediatamente, no caso das doenças respiratórias, refletindo em uma assistência de maior qualidade e na diminuição dos casos graves e de internações”, explicou Socorro Martins, diretora de Vigilância em Saúde de Rio Branco.

A diminuição dos casos de internações foi confirmada por meio dos dados contidos na nova edição do Boletim InfoGripe, que foi divulgado na quinta-feira (2), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As informações são referentes a Semana Epidemiológica 17, no período de 21 a 27 de abril.

“Rio Branco não aparece entre as capitais que tiveram aumento no índice de internações pela SRAG, conforme os dados do InfoGripe. O diagnóstico precoce reflete até mesmo na queda da procura por hospitais e UPAs. Esse é um trabalho muito importante. Uma atenção básica eficiente reflete em toda a cadeia da assistência em saúde”, complementou a diretora.

Socorro Martins reforçou ainda sobre a importância da imunização da população, que pode estar procurando as URAPs, Roney Meireles (Adalberto Sena), São Francisco (São Francisco), Cláudia Vitorino (Taquari) e Augusto Hidalgo de Lima (Palheiral), para a atualização vacinal.

“Ainda estamos com a vacinação para a covid-19 e outras vacinas. Quem precisar atualizar a carteira de vacinação, pode procurar, durante a semana, qualquer unidade de saúde do município e aos sábados e feriados em uma das URAPs”, finalizou Martins.

Está previsto para novembro uma nova etapa para a vacinação contra a Influenza (H1N1).

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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