Acre
Governo desiste de cortar gratificações da PM e do Corpo de Bombeiros, diz AME
Joelson Dias disse que o corte das gratificações seria falta de respeito com os miliares que tiram dinheiro do bolso para consertar viaturas para trabalhar

Sebastião Viana, do PT, voltou atrás na decisão de aceitar a recomendação do MP Acre de cortar as gratificações dos militares (Foto: Ac24horas)
Por Wiliandro Derze
Depois de pressões da categoria dos policiais militares que gerou até o pedido de exoneração do coronel Ricardo Brandão que ocupava o cargo de subcomandante da Polícia Militar, o governador do Acre, Sebastião Viana, do PT, voltou atrás na decisão de aceitar a recomendação do MP Acre de cortar as gratificações dos militares. A informação é do sargento Joelson Dias, presidente da Associação dos Militares (AME), que confirmou a decisão do chefe do executivo estadual.
Segundo as associações que representam os policiais militares e bombeiros militares, os benéficos como sexta-parte salarial entre outras remunerações serão mantidas pelo Estado. A decisão veio após reunião com o procurador geral do MPAC, Oswaldo Da’Albuquerque, o secretário de segurança, Emylson Farias, a secretária de Estado de Gestão Administrativa, Sawana Carvalho e o comandante da Polícia Militar, coronel Júlio César.
Joelson Dias disse que o corte das gratificações seria falta de respeito com os miliares que tiram dinheiro do bolso para consertar viaturas para trabalhar. “Este Governo antes de anunciar os cortes de gratificações poderia ter sentado com a categoria e visto nosso posicionamento. E não acatar somente a recomendação do MP. Sabemos que a interpretação do MP foi equivocada, por isso a decisão foi revista e o governo voltou atrás”, destaca.
Para Joelson Dias, os militares ficaram desmotivados e isso afetou o trabalho. “Imagina quantos policiais militares passaram a vira de ano apreensivo com a retirada de parte de seus salários? Uma categoria que no meio de todo esse caos vem trabalhando, mesmo com a falta de estrutura para o exercício da profissão. Estamos há cinco anos sem receber fardamento, quando a lei estipula que devemos receber dois fardamentos por ano, enfatiza o presidente da AME.
O militar destaca que “vivenciamos dias que as viaturas não tinham combustível, policiais que tiravam dinheiro do bolso para consertar as motos quebradas. Não fizemos nada mais radical por respeito à sociedade. Quando o governo tenta retirar direitos nossos, ele não prejudica o governador que tem sua segurança, mas a sociedade”, relatou Dias, que confirmou que o secretário Emylson Farias teria garantido a permanência das gratificações dos militares.
De acordo com Joelson, a questão é vista pelos militares como uma situação política por parte de gestores do Estado e que a pressão da categoria acabou garantido que o Governo não cometesse mais um desrespeito com os militares do Estado do Acre.
A reportagem fez contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública que não respondeu até o fechamento desta matéria. O secretário Emylson Farias também não respondeu as mensagens e não atendeu as ligações da reportagem. O espaço ficará aberto para caso o secretário queira se pronunciar sobre o assunto.
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Acre
Idosa de aproximadamente 85 anos morre em atropelamento causado por menor em moto em Brasiléia
Caso ocorreu no cruzamento da Rua Rui Lino com a Avenida Dr. Manoel Marinho Monte; condutor fugiu sem prestar socorro

A Polícia Civil já iniciou diligências para identificar e localizar o condutor responsável pelo atropelamento. Foto: cedida
Brasiléia, 12 de maio de 2025 – Uma trágica colisão no início da noite desta segunda-feira (12) tirou a vida de Dona Olinda Monteiro da Silva, 85 anos, conhecida e querida na fronteira. O acidente ocorreu no cruzamento da Rua Rui Lino com a Avenida Dr. Manoel Marinho Monte, próximo à Praça Valdemir Lopes, no setor Sul do município.
A idosa foi socorrida e levada ao Hospital Regional do Alto Acre, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois. Segundo informações extraoficiais, o condutor da moto envolvida no acidente seria um menor de idade que fugiu do local sem prestar assistência à vítima.

O acidente ocorreu no cruzamento da Rua Rui Lino com a Avenida Dr. Manoel Marinho Monte, próximo à Praça Valdemir Lopes, no setor Sul do município. Foto: cedida
O caso, que chocou a comunidade de Brasiléia, está sendo investigado pelas autoridades. A Polícia Civil já iniciou diligências para identificar e localizar o condutor responsável pelo atropelamento. Familiares e amigos lamentam a perda de Dona Olinda, figura carismática e membro de uma família tradicional da região.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil. Autoridades afirmam que trabalham para localizar o motorista da motocicleta envolvida no acidente. Foto: cedida
A comoção causada pela morte da idosa Olinda Monteiro da Silva, de aproximadamente 85 anos, em um atropelamento tomou conta das redes sociais. Familiares e amigos da vítima usam as plataformas digitais para pedir justiça e maior rigor no trânsito da cidade de Brasiléia.
“Era uma pessoa amorosa, que dedicou a vida à família é ao filho que precisa de cuidados 24 horas. Exigimos que o responsável seja identificado e punido”, publicou um parente da vítima. Outros posts destacam a dor da perda e a revolta com a fuga do condutor, supostamente um menor de idade.
O caso continua sob investigação da Polícia Civil. Autoridades afirmam que trabalham para localizar o motorista da motocicleta envolvida no acidente, Enquanto isso, a comunidade se une em apoio à família enlutada.
A sobrinha da vitima fez um apelo dramático na sua pagina social, veja:
Venho aqui externar a minha indignação quanto familia de uma idosa que cruelmente foi atropelada ontem a noite no cruzamento da praça Valdemir Lopes por um IRRESPONSÁVEL, DE MENOR, dirigindo uma moto de forma negligente que acha que pode pegar uma moto e sair fazendo o que quer no trânsito. Mais uma vítima do trânsito irresponsável de Brasiléia.
Cadê o poder público para cobrar medidas: VEREADORES tragam essa pauta na plenária.
Quantas pessoas ainda serão vítimas pra que essa PROBLEMÁTICA GRITANTE VENHA SER RESOLVIDA EM BRASILÉIA.
DEIXO AQUI A MINHA INDIGNAÇÃO.
Motoqueiro fugiu, nenhuma punição e FICA POR ISSO MESMO e nós vamos ter que lidar com a dor de ter que enterrar nossa tia.
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Acre
Iteracre e SPU alinham regularização para mais de 300 famílias em Xapuri

Foto: assessoria
Após mais de 30 anos de espera, a regularização fundiária da área conhecida como Mutirão, em Xapuri, está mais próxima de ser concluída. A região abrange mais de 300 famílias, além do prédio do Corpo de Bombeiros, o aeródromo e outras áreas públicas que ainda não têm documentação definitiva. O impasse sobre a titularidade tem dificultado a chegada de investimentos e emendas parlamentares para melhorias urbanas no local.
A área pertence à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e o processo de regularização teve início em 2018, mas só nos últimos anos começou a avançar de forma mais concreta, com articulações feitas pelo Instituto de Terras do Acre (ITERACRE) junto aos órgãos envolvidos.
Segundo a presidente do ITERACRE, Gabriela Câmara, a falta de regularização tem sido um obstáculo para o desenvolvimento da cidade. “Esse impasse tem dificultado a chegada de recursos e investimentos essenciais para o desenvolvimento de Xapuri”, afirma.
Nos últimos meses, representantes do ITERACRE, SPU, DERACRE, Corpo de Bombeiros e Prefeitura de Xapuri participaram de uma série de reuniões e audiências públicas para definir os próximos passos. Em janeiro deste ano, o grupo se reuniu para tratar da retificação do georreferenciamento da área. Já na última reunião, realizada nesta segunda-feira (12), foram definidos os ajustes finais para que o processo de desmembramento das áreas seja encaminhado.
De acordo com o que foi definido, o Instituto fará um novo pedido de retificação da matrícula para excluir a rodovia AC-485 da área total. Além disso, o DERACRE e o Corpo de Bombeiros deverão encaminhar os mosaicos de suas respectivas áreas ainda nesta semana. A partir disso, caberá ao ITERACRE elaborar as peças técnicas necessárias para oficializar o desmembramento junto à SPU.
A divisão das áreas ficará da seguinte forma: o Corpo de Bombeiros ficará com a área onde está instalado o prédio da corporação; o DERACRE será responsável pela área do aeródromo; e o ITERACRE assumirá os vazios fundiários, onde poderão ser implantadas novas áreas institucionais.

Foto: assessoria
“Seguimos firmes nesse compromisso, acreditando que, com foco e trabalho, em breve teremos uma solução definitiva para as famílias do bairro Mutirão e para todos os que precisam dessa regularização para avançar”, completou Gabriela Câmara.
A expectativa é de que, com a documentação regularizada, a cidade possa receber novos investimentos e executar obras importantes para a população de Xapuri.
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Acre
Unidos por valorização salarial, operadores da segurança pública realizam manifestação histórica em Rio Branco
Cobrando recomposição inflacionária e valorização do banco de horas, policiais civis, militares, penais e bombeiros protestam em frente à Aleac e pressionam o governo estadual por respostas

Foto: Whidy Melo/ac24horas
Policiais civis, militares, penais e bombeiros militares protagonizaram, nesta terça-feira (13), uma manifestação conjunta no centro de Rio Branco, em um movimento considerado histórico pelas lideranças da segurança pública estadual. O protesto cobra a recomposição geral anual (RGA) dos salários e a valorização do banco de horas, demandas que, segundo os organizadores, estão há anos sem resposta por parte do governo estadual.
No fim da manhã, os manifestantes se concentraram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), após passarem pela Casa Civil, na avenida Brasil. A mobilização, que reúne representantes das quatro principais forças de segurança do estado, visa pressionar os deputados e o Executivo por avanços concretos nas pautas.
De acordo com Rafael Dinis, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre, esta é a primeira vez que todas as categorias da segurança pública se unem em uma só manifestação. Ele ressalta que o movimento busca, sobretudo, a correção salarial com base na inflação acumulada e o reconhecimento financeiro das horas extras trabalhadas.
“Estamos com dois objetivos em comum. Primeiro, a RGA, porque a inflação vem corroendo os nossos salários. A última negociação com o governo ocorreu há 10 anos. O poder de compra caiu drasticamente. Não se trata de aumento, e sim de recomposição salarial”, explicou.
Outro ponto de reivindicação é a revisão do banco de horas e o reajuste do valor da hora extra. Segundo Dinis, há um projeto de lei sobre o tema tramitando na Aleac, mas o governo ainda não deu andamento à proposta. “O governador Gladson Cameli e sua equipe desrespeitam não só os operadores de segurança, mas também a casa do povo. Há diversas propostas sobre segurança pública na mesa do governador, mas até agora, nada foi resolvido”, criticou o dirigente.
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