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Governo busca conter avanço da Covid-19 em Assis Brasil em meio à crise migratória

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Uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) iniciou nesta segunda-feira, 15, uma série de encontros com gestores e profissionais que combatem o avanço da Covid-19 na regional do Alto Acre para unir esforços contra a doença. A primeira parada foi em Assis Brasil, município que faz fronteira com o Peru e que vive hoje uma crise migratória com centenas de pessoas tentando atravessar a Ponte da Integração em direção ao país vizinho.

Assis Brasil vive hoje uma crise migratória com centenas de pessoas tentando atravessar a Ponte da Integração em direção ao país vizinho. Foto: Samuel Bryan.

Assis Brasil é hoje o município com o maior número de infectados pela Covid-19 no Acre, proporcionalmente. De seus pouco mais de oito mil habitantes, mais de mil já testaram positivo para a doença. A cidade conta apenas com três unidades de saúde, uma transformada em referência para suspeitas de Covid-19, com seis médicos para atender todo o município.

Durante o encontro dos gestores estaduais com os municipais, foi relatado que há oito dias Assis Brasil transfere pacientes de casos moderados a graves para a unidade referência em Brasileia ou para Rio Branco, mas com cada vez mais dificuldades em conseguir vagas devido a lotação das unidades.

Uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Saúde do Acre iniciou nesta segunda-feira, 15, uma série de encontros com gestores e profissionais que combatem o avanço da Covid-19 na regional do Alto Acre. Foto: Samuel Bryan.

Para ajudar o município, o governo prepara um levantamento da unidade estadual de saúde, se comprometendo também na busca para enviar mais testes rápidos e medicamentos. O chefe do núcleo de serviços em saúde da Vigilância Sanitária, Adwagner Prado, destacou que a fiscalização e a conscientização tem que ser reforçada durante a Bandeira Vermelha, fomentando uma parceria entre a Vigilância de Assis Brasil e a Polícia Militar junto às orientações do decreto estadual que define as restrições da classificação.

“Estamos fazendo todo um trabalho para reforçar as ações. A Assistência Social já tinha vindo no sábado, o governo do Estado já havia doado sacolões e agora estamos fazendo essa aproximação com a PM, além de uma verificação nas instalações da unidade de saúde mista. A cidade ainda segue muito agitada, então vamos nos esforçar com um plano de fiscalização e a criação de um disk-denúncia”, conta Adwagner.

Crise na fronteira

Assis Brasil é hoje palco de uma nova crise migratória, onde quase 400 pessoas de diversas nacionalidades, principalmente haitianos, tentam sair do Brasil em direção ao Peru, que fechou sua fronteira. Os imigrantes então montaram um acampamento na Ponte da Integração, na Estrada Intereoceânica, e se recusam a sair dali.

Desde o último final de semana o clima tem sido tenso na região. No lado peruano, dezenas de policiais e soldados do Exército estão em barricada contra o avanço dos imigrantes. No lado brasileiro, a Força Nacional e a Polícia Federal ajudam a manter a ordem, enquanto a prefeitura tenta ajudar com refeições e distribuição de água, mas já operando no limite orçamentário.

Objetivo da equipe multidisciplinar é unir esforços no combate à doença no município. Foto: Samuel Bryan.

Segundo a secretária municipal de Saúde de Assis Brasil, Luciene de Araújo, mesmo com a fronteira fechada e sem uma expectativa de travessia, mais imigrantes chegam todos os dias, a maioria estrangeiros que vieram para o Brasil há quase uma década e que hoje planejam deixar o país com o objetivo de chegar ao México para poder entrar nos Estados Unidos ou mesmo seguir por outros países da América do Sul.

“Eles abandonaram o abrigo dentro da cidade e agora estão com um acampamento sobre a ponte. São muitas pessoas e embora ainda não tenhamos tido nenhuma notificação de Covid-19, é questão de tempo. Além disso, já estamos tendo que prestar assistência médica principalmente para mulheres grávidas e crianças que ficam desgastadas pela viagem e as condições precárias”, conta a secretária.

Ainda nesta segunda-feira, sensível à situação dos imigrantes, o governador Gladson Cameli solicitou mediação junto ao governo federal para eles possam entrar no Peru.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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