Acre
Gehlen Diniz e Lourival trocam acusações sobre o sumiço do milho
Nelson Liano Jr.
A denúncia do desaparecimento de 600 toneladas de milho, segundo o deputado estadual Gehlen Diniz (PP), de um silo em Brasiléia esquentou o clima entre governistas e a oposição. O líder do PT, deputado Lourival Marques Filho (PT) acusou o denunciante da oposição de “irresponsável”. O petista também alegou que não foram 600, mas 200 toneladas de milho que foram vendidos fiado pela Cooperativa responsável pelo silo graneleiro do Alto Acre. Os dois deputados trocaram farpas e acusações durante a sessão desta quinta, 29, na ALEAC.
Assista em vídeo ao pinga-fogo pra lá de quente entre Lourival Marques e Gehlen Diniz.
A força governista na ALEAC
A base de governo conseguiu aprovar sem dificuldade o projeto que cria 724 cargos para o DEPASA. Isso mesmo diante de uma das piores crises econômicas que o Estado já atravessou na sua história. Aspectos técnicos fizeram até deputados da oposição votarem a favor da proposta.
Tudo tem o momento certo
Não vou entrar em detalhe ao aspecto técnico da criação desses cargos no DEPASA. Mesmo porque é um órgão importante para o Estado. Mas cabe uma pergunta: Se o DEPASA operou até hoje sem um corpo funcional efetivo por que foram criar esses postos logo num momento de crise?
O passado te condena
O Governo do PT acabou de passar pelo desgaste de uma greve de professores que saíram do movimento de mãos abanando. Os empresários e terceirizados reclamam dos atrasos de pagamento. Criar novos cargos públicos num momento assim é temerário.
Papel cumprido
O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) cumpriu bem o seu papel de filiado ao PC do B. Afinal, o cargo mais importante do partido no Acre é o do presidente do DEPASA, Edvaldo Malgalhães (PC do B). Jenilson defendeu com unhas e dentes a criação dos cargos na autarquia governamental.
Dependência perigosa
Enquanto o PC do B continuar operando politicamente para manter seus cargos no Governo não crescerá. Apesar das críticas de alguns comunistas, o desejo de mudança esbarra na manutenção dos empregos dos militantes. E o partido continuará como um apêndice do PT até o final dos tempos.
Vergonha
A denúncia de que o prefeito do Bujari, Tonheiro (PT), está deixando uma piscina olímpica, que custou R$ 500 mil aos cofres públicos, se deteriorar é uma vergonha. Não é possível que com tantos funcionários na prefeitura Tonheiro não conseguisse colocar um para fazer a manutenção da piscina à comunidade.
Chororô de sempre
A culpa da deteriorização da piscina do Bujari não é da crise econômica. Mas da falta de gestão e cuidados com os bens públicos. O prefeito precisa entender que a piscina não é dele, mas da comunidade.
A preguiça é pior do que a crise
Tenho visto vários prefeitos do Acre pedirem emendas aos deputados federais e senadores para depois perde-las por falta de projeto ou inadimplência. A maioria não sabe usar os recursos humanos disponíveis para fazer uma boa gestão. Se perdem na urgência eleitoral.
Baixo nível
Não sei mesmo por que políticos querem ser prefeitos. A maioria é apenas por vaidade pessoal. Acabam saindo das prefeituras com processos jurídicos para responderem pelo resto da vida. Sono tranquilo nunca mais.
Cagado de arara
A população de Acrelândia não tem tido sorte na escolha dos seus prefeitos. Já faz algumas gestões que ou são presos ou retirados do cargo. Com Jonas Dale (PT) não está sendo diferente. Em 2016, o povo de Acrelândia terá mais uma chance de corrigir essa distorção.
Tempo ruim
Segundo uma pesquisa que me mostraram a avaliação popular do prefeito de Rodrigues Alves, Burica (PT), não é das melhores. O interessante é que quem encomendou a pesquisa é um forte aliado do prefeito. Imagine se fosse um adversário.
O propagador
O deputado estadual Jonas Lima (PT) não perde uma oportunidade para divulgar a candidatura da deputada Eliane Sinhasique (PMDB) à prefeitura de Rio Branco. No afã de criticar a adversária política sempre coloca a sua intenção na pauta. É aquele negócio, falem mal, mas falem de mim.
O poder das mulheres
Uma fonte bem próxima ao gabinete do governador Tião Viana (PT) me revelou que a secretária Márcia Regina é quem cuida na prática da gestão. Ela tem um enorme poder de decisão. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Abraço de tamanduá
Definitivamente não é a oposição que tem provocado os maiores problemas à gestão atual do Estado. Mas pessoas muito próximas de Tião Viana que na frente rasgam elogios, mas por trás “detonam”. É aquele história, desconfie de quem te faz elogios fáceis.
Fogo amigo
Desde que estou no Acre nunca tinha visto um Governo com tantas divergências internas. Empresários e políticos da cozinha do governador que não perdem a oportunidade de exalar veneno quando se encontram com jornalistas. O descontentamento é muito maior do que se imagina. E por algumas moedas de prata muitos estão cumprindo o papel kármico de Judas. Só não vê quem não quer ver.
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Acre
Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada
Saimo Martins
A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.
A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.
Déficit de servidores e violações de direitos básicos
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.
Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.
Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação
O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).
O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.
Decisão determina ações imediatas
Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.
Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.
O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.
A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.
O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.
“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.
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Acre
Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.
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Acre
Prefeito de Rio Branco anuncia Natal com árvore maior, drone show e iluminação em LED em todas as regionais
Tião Bocalom apresentou as novidades do “Acender das Luzes do Natal de Vida, Esperança e Dignidade 2025” e garantiu decoração em bairros e programação cultural intensa, com Festival de Drones marcado para 20 de dezembro

Bocalom também adiantou que o município prepara atividades especiais para o Réveillon, mantendo o padrão dos anos anteriores. Foto: captada
O prefeito Tião Bocalom apresentou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) na Praça da Revolução, as principais novidades da decoração e programação natalina de Rio Branco para 2025. Com o tema “Natal de Vida, Esperança e Dignidade”, o evento trará iluminação em LED e uma árvore de Natal 4 metros maior que a do ano passado.
— Agora trabalhando com muito LED. A nossa árvore de Natal esse ano tem 4 metros a mais do que o ano passado. A população vai ver, vai ficar muito bonito — afirmou Bocalom.
A iluminação não se restringirá ao Centro: todas as dez regionais da cidade receberão itens decorativos reutilizados de anos anteriores, e avenidas importantes serão embelezadas com novos equipamentos. O prefeito relacionou o investimento ao espírito natalino e ao compromisso da gestão com a população.
A programação cultural prevê cantatas, corais locais, artistas regionais e, como ponto alto, o Festival de Drones, marcado para o dia 20 de dezembro.
— Eu prefiro gastar o dinheiro com o Festival de Drones, que tem o quê? 3, 4 anos que o mundo conheceu esse trabalho, do que gastar com um artista só que sempre está vindo aqui para o Acre levando o nosso dinheiro embora — declarou Bocalom.
As luzes natalinas permanecerão acesas até 10 de janeiro, e o município prepara também atividades especiais para o Réveillon. Sobre o transporte público durante o período festivo, o prefeito adiantou que a gestão divulgará em breve os detalhes para garantir mobilidade e segurança.

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