Acre
Fundhacre reintegra pacientes ao serviço de hemodiálise do Estado
Desde o início da reorganização do serviço, a Fundhacre manteve o setor de Nefrologia em funcionamento, atendendo pacientes internados no complexo hospitalar. Novos pacientes seguirão encaminhados às clínicas parceiras

Maria Nilsa é atendida pelo setor de Nefrologia há cinco anos. Foto: Luanna Lins/Fundhacre
Luanna Lins, da Agência de Notícias do Acre
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), anuncia o retorno de 24 pacientes ao serviço de hemodiálise no setor de Nefrologia do complexo hospitalar. A medida foi tomada após uma análise criteriosa e um diálogo próximo com os pacientes, atendendo a uma demanda de assistência mais integrada, especialmente para aqueles que realizam tratamentos paralelos na Fundhacre.
Desde o início da reorganização do serviço, a Fundhacre manteve o setor de Nefrologia em funcionamento, atendendo pacientes internados no complexo hospitalar. Novos pacientes seguirão encaminhados às clínicas parceiras, enquanto a Fundhacre avalia a implantação de uma nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no espaço hoje ocupado pelo Serviço de Nefrologia, buscando ampliar a oferta de leitos no estado.
Maria Nilsa de Oliveira, de 62 anos, que faz tratamento de câncer e hemodiálise na Fundhacre, falou sobre os benefícios do retorno: “Além da hemodiálise, faço tratamento na Unacon [Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Acre], e tinha dificuldade de conciliar as sessões de hemodiálise para ir às terapias. Agora aqui está bem melhor; quando preciso de um exame ou consulta, a equipe aqui resolve pra mim. Não tem lugar melhor para mim. Estou há cinco anos nesse tratamento e é maravilhoso ser atendida aqui”.
José Correia da Silva, 64 anos, também compartilhou seu alívio com a mudança: “Estou na Fundhacre desde 2014 e sempre escolhi o atendimento aqui, onde me sinto amparado. Quando perguntaram se eu queria continuar na clínica, disse que preferia voltar. Fomos bem assistidos lá, mas prefiro o tratamento do Estado, onde sempre estive”, afirmou José, que trata insuficiência renal há uma década.

José vem de Senador Guiomard fazer tratamento pela Fundação. Foto: Luanna Lins/Fundhacre
O secretário de Saúde do Estado, Pedro Pascoal, esclarece que foi feito um processo de escuta ativa com os pacientes. “Avaliamos, conversamos com todos os 64 pacientes, fizemos uma escuta ativa para entender quais eram os receios que eles tinham, e demos a eles a opção de retornar. Desses pacientes que dialisavam nas clínicas parceiras, 24 optaram por retornar ao Serviço de Nefrologia da Fundação. Também tivemos a participação do Ministério Público Estadual e do Conselho Estadual de Saúde durante o processo. Apresentamos dados e, após essa conversa, esses pacientes retornaram para o tratamento de hemodiálise na Fundhacre, a partir desta segunda-feira, 11”, afirmou Pascoal.
A presidente da Fundhacre, Soron Steiner, frisou que mudanças fazem parte da gestão de saúde. “A Saúde é dinâmica e precisamos constantemente nos adaptar às novas realidades. Então, diante do cenário em que estamos, decidimos fazer essas mudanças, sempre garantindo que os pacientes tenham seu tratamento assegurado. E, futuramente, o Estado contará com mais uma nova UTI, onde atualmente funciona o serviço de nefrologia, pois essa também é uma demanda urgente que precisa da nossa atenção”, destacou.
Os outros 40 pacientes optaram por permanecer nas clínicas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde também têm recebido atendimento qualificado. Com a reintegração dos pacientes ao serviço de hemodiálise da Fundhacre, o governo do Estado reforça seu compromisso com o bem-estar dos usuários e a melhoria do atendimento.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, esclareceu que foi feito um processo de escuta ativa com os pacientes. Foto: Izabelle Farias/Sesacre
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Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência
A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.
O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.
Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.
Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.
Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.
“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco
Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.
A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.
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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco
Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.
Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.
Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.
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Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco
Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes
O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.
De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.
Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.
Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.













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