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Funcionários dos Correios entram em greve em todo o Brasil

Agência dos Correios de Brasiléia e Epitaciolândia não abrirão nesta terça-feira, dia 18 – Foto/arquivo
Cerca de 100 mil funcionários dos Correios em todos os Estados do Brasil decidiram entrar em greve a partir das 22h desta segunda-feira (17). A paralisação ocorre por tempo indeterminado, em protesto contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus, informou a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares).
Em nota, a federação afirma ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do atual acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021. Segundo a entidade, 70 cláusulas com direitos foram retiradas, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.
Sobre as ações da empresa para enfrentamento da pandemia, a federação relata que teve de acionar a Justiça para garantir aos empregados equipamentos de proteção individual, álcool em gel, testagem e afastamento daqueles integrantes de grupos de risco e dos que coabitam com crianças em idade escolar. A entidade afirma que se trata de estratégia para precarizar e privatizar a empresa.
“O governo Bolsonaro busca a qualquer custo vender um dos grandes patrimônios dos brasileiros, os Correios. Somos responsáveis por um dos serviços essenciais do País, que conta com lucro comprovado, e com áreas como atendimento ao e-commerce que cresce vertiginosamente e funciona como importante meio para alavancar a economia”, disse o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.
Em nota, os Correios informaram ter um plano de continuidade de negócios para manter o atendimento à população em qualquer situação adversa. A estatal informou que o objetivo primordial é cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, de forma a retomar a capacidade de investimento e sua estabilidade, e manter os empregos dos funcionários.
Leia mais: Bolsonaro autoriza estudo para privatização dos Correios
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Chuva adia abertura do rodeio na Expoacre 2025 por segurança de peões e animais
Arena ficou encharcada após temporal, e organização optou por transferir início da competição para terça-feira (29)
A abertura oficial do rodeio da 50ª edição da Expoacre, marcada para esta segunda-feira (28), precisou ser adiada devido à forte chuva que atingiu a Arena de Rodeios durante a noite. O evento, que atraiu grande público e contou com show pirotécnico, teve a presença do governador Gladson Cameli, da vice-governadora Mailza Assis, além de autoridades e convidados.
Com a arena tomada por lama e poças d’água, a organização decidiu adiar o início da competição entre peões e touros para esta terça-feira (29), visando preservar a segurança dos competidores e dos animais.
De acordo com o secretário de Agricultura do Estado, Luiz Tchê, que falou ao consórcio de veículos Colab (formado pelos portais AcreNews, AcreMais, Correio Online e O Alto Acre), a decisão foi tomada após avaliação das condições do local.
Apesar do adiamento, as arquibancadas estavam lotadas, evidenciando a expectativa do público para o início das disputas. A nova programação será divulgada ainda nesta terça-feira.
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EXCLUSIVO: Jorge Viana anuncia em primeira mão evento internacional com mais de 15 países no Acre
Encontro será em setembro e reunirá compradores estrangeiros interessados na bioeconomia amazônica; mais de 80 empresas locais vão expor produtos da floresta. Anúncio oficial será feito durante visita de Lula ao estado.
MARCELA JANSEN
O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, revelou com exclusividade ao Portal Correio OnLine, durante entrevista na Expoacre 2025, que o Acre sediará em setembro uma edição especial do programa Exporta+, reunindo mais de 15 países interessados em adquirir produtos da bioeconomia amazônica.
O anúncio oficial será feito pelo presidente Lula durante sua visita ao Acre, marcada para o dia oito de agosto. Segundo Viana, o evento será uma virada histórica na posição do estado frente ao mercado internacional e contará com mais de 80 empresas locais, que vão apresentar e comercializar produtos sustentáveis da floresta, como biojoias, madeira legalizada, café especial, cosméticos naturais e alimentos nativos.
“Vamos trazer compradores de mais de 15 países. Serão mais de 80 empresas locais mostrando, vendendo os produtos da nossa economia, da bioeconomia da Amazônia. É isso que a gente, com a Apex, pode fazer junto com o Setraca”, afirmou Jorge Viana.
Bioeconomia como nova fronteira comercial
A iniciativa está alinhada à estratégia de internacionalização da bioeconomia brasileira, fortalecendo negócios sustentáveis com identidade amazônica. Segundo Viana, o Acre tem potencial de exportar valor agregado e cultura, indo além das commodities.
O evento também visa aproximar micro e pequenos empreendedores da floresta de compradores estrangeiros. A previsão é que empresas de moda, design, alimentos regionais, tecnologia verde e artesanato estejam entre as participantes.
“Nós queremos mostrar que a Amazônia é especial para o mundo, mas principalmente para quem vive aqui. Precisamos gerar renda e oportunidades para que as pessoas permaneçam no território com dignidade e prosperidade”, ressaltou.
O que é o Exporta+?
O Exporta+ Brasil é uma estratégia coordenada pela Apex em parceria com o governo federal para aumentar a participação de empresas brasileiras no comércio internacional, com foco em sustentabilidade e inovação.
A edição no Acre será a primeira da história voltada exclusivamente à bioeconomia da Amazônia, colocando o estado como vitrine internacional da floresta produtiva.
Entre os produtos que devem atrair a atenção dos compradores internacionais estão as biojoias e acessórios artesanais, o café robusta clonal produzido no Acre, cosméticos naturais com insumos amazônicos, alimentos da sociobiodiversidade como castanhas, polpas e mel, peças de moda autoral com identidade indígena e ribeirinha, além da madeira legalizada e do design sustentável inspirado na floresta.
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Degustações, prêmios e exportações: Robusta Acreano é destaque absoluto da Expoacre 2025
MARCELA JANSEN
O Acre já é referência na América. A afirmação é de Rina Suárez, coordenadora de negócios do Sebrae no estado, durante entrevista ao Correio OnLine no espaço Robusta Acreano Cafeteria, um dos grandes destaques da Expoacre 2025. O local, que integra o Pavilhão do Sebrae, tem chamado a atenção do público pelas degustações noturnas de cafés especiais produzidos por agricultores locais — uma verdadeira experiência sensorial que revela o potencial da cafeicultura regional.
Segundo Rina, a cafeteria se tornou um dos pontos de maior sucesso da feira já no primeiro dia de programação. A cada noite, são servidos cafés diferentes, cultivados por produtores das regiões do Alto Acre, Baixo Acre e Purus, muitos deles já reconhecidos nacionalmente por sua qualidade. “Estamos testando cafés a cada noite, tanto os tradicionais quanto os especiais. A ideia é valorizar o trabalho dos nossos produtores e mostrar que temos um produto competitivo, agradável e premiado”, afirmou.
O café robusta clonal produzido no Acre tem se destacado em eventos nacionais e internacionais. Em 2024, amostras acreanas ficaram entre as 30 melhores do país na Semana Internacional do Café, realizada em Belo Horizonte, Minas Gerais. O reconhecimento abriu portas para o mercado externo. “Hoje já estamos exportando para a China, para os Estados Unidos. O mundo está começando a conhecer o nosso café”, comemorou Rina.
Além da qualidade do grão, o diferencial está na identidade amazônica do produto. “Nós temos tudo ao nosso redor: solo fértil, clima favorável e produtores empenhados. Com o apoio do Sebrae e investimentos na estrutura de beneficiamento, como o que foi feito no Juruá, estamos prontos para avançar ainda mais”, disse a coordenadora.
A presença do Acre em eventos estratégicos e a instalação de novas indústrias de café, como a que recentemente foi inaugurada em Mâncio Lima, reforçam a meta de transformar o estado em uma referência nacional e internacional no segmento. “Estamos mostrando que o café do Acre não deve nada aos grandes centros produtores do Brasil. Nosso potencial é infinito”, destacou.
Rina encerra a entrevista convidado a população para conhecer o espaço na Expoacre. “Venham nos visitar. Degustem nossos cafés. Conheçam os produtores e o trabalho que estamos fazendo. O Robusta Acreano é mais que uma bebida — é a cara do Acre sendo servida em cada xícara.”
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