Cotidiano
Fluxo migratório: Ordem dos Advogados participa de reunião com representantes dos governos do Acre e do Brasil
O governo do Estado convidou a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB/AC) e várias entidades jurídicas e de assistência social para uma reunião nesta sexta-feira, 16, na Casa Civil. O encontro abordou a situação dos imigrantes venezuelanos no Acre e o fluxo migratório nas fronteiras com a Bolívia e o Peru. Angela Vidal Gandra, secretária nacional da Família, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, também esteve presente.
Após uma visita de membros do Ministério e da Defensoria Pública da União (DPU) à região do Alto Acre, onde se encontram parte dos municípios fronteiriços – Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil -, a Diretoria de Estado de Direitos Humanos e Políticas Públicas para as Mulheres convidou as entidades para dialogarem sobre os problemas que envolvem a pauta: regularização da documentação dos imigrantes, fiscalização das autoridades, fluxo migratório, saúde básica, estrutura de acolhida, entre outras demandas.
Para a secretária nacional, cada fronteira tem sua especificidade e precisa ter um tratamento adequado à sua realidade. “Aqui no Acre nos chamou atenção a saúde básica. É necessário viabilizar vacinas e outras questões que amparem o bem-estar dos imigrantes. Estamos aqui exatamente para saber no que podemos ajudar”, pontuou Gandra durante o encontro.
Isabela Fernandes, diretora da OAB/AC, explicou a contribuição da Seccional para o coletivo. “A OAB tem papel fundamental na busca da dignidade desses seres humanos, em especial na fiscalização das políticas públicas voltadas para essa população em estado de vulnerabilidade. Com o apoio da rede formada por todos os órgãos públicos e filantrópicos poderemos atingir um mínimo de equilíbrio nessa questão tão delicada e nos prepararmos para o crescimento exponencial de imigrantes que passam pelo Acre”, disse.
Assistência
Na última semana a OAB/AC esteve no abrigo destinado aos venezuelanos da etnia indígena Waraos, localizado no bairro Cidade do Povo. A instituição foi convidada pela Diretoria do Estado para fornecer orientação jurídica às mulheres. “De 2010 até hoje, o Acre recebeu 44.259 imigrantes de 36 nacionalidades. Sem a parceria com as entidades seria difícil gerir este fluxo. Ficamos muito gratos pelo empenho de cada um”, enfatizou a diretora de Direitos Humanos e Políticas Públicas para as Mulheres, Isnailda Gondim.
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Atlético Ferreira e Baixa Verde disputam título da Taça Cidade Brasiléia de Futebol Feminino 2025
Final acontece na próxima quinta-feira (7), às 18h, no Estádio José Guiomard; evento gratuito marca consolidação do futebol feminino no município

Após uma campanha de destaque na fase classificatória e nas semifinais, Atlético Ferreira e Baixa Verde garantiram suas vagas na decisão com atuações sólidas e grande apoio das torcidas. Foto: cedida
O Estádio José Guiomard dos Santos, em Brasiléia, será palco de um duelo emocionante na próxima quinta-feira (7/8), quando Atlético Ferreira e Baixa Verde decidem o título da Taça Cidade Brasiléia de Futebol Feminino 2025.
A partida, que começará às 18h, promete coroar a equipe que apresentou a melhor campanha na competição que consolida o crescimento do esporte feminino na região de fronteira.
As finalistas chegaram à decisão após desempenhos destacados na fase classificatória e nas semifinais, mostrando qualidade técnica e competitividade. Além do troféu, estarão em jogo os títulos de artilheira e melhor goleira do campeonato.
“Essa final é fruto do trabalho sério desenvolvido com o futebol feminino em nosso município. Queremos ver o estádio lotado para celebrar esse momento histórico”, afirmou Clebson Venâncio, gerente municipal de Esportes.
A Prefeitura de Brasiléia organiza o evento e oferece entrada gratuita para incentivar a torcida
O confronto promete equilíbrio entre as equipes, que contam com jogadoras experientes e jovens talentos. Para as atletas, mais que a vitória, a final representa a valorização do futebol feminino em Brasiléia, como no acre, que ganha cada vez mais espaço e reconhecimento. A população é convidada a prestigiar esse marco esportivo feminino.

A emoção do futebol feminino vai tomar conta do Estádio José Guiomard dos Santos na próxima quinta-feira, 07 de agosto, com a realização da grande final da Taça Cidade Brasiléia de Futebol Feminino 2025. Foto: cedida
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Acre tem mais de 13 mil crianças e adolescentes fora da escola; 87% são negros ou indígenas
Dados da Busca Ativa Escolar revelam que exclusão educacional atinge principalmente populações historicamente marginalizadas; iniciativa busca reintegrar estudantes ao sistema de ensino

A exclusão educacional está relacionada a racismo estrutural, falta de políticas públicas eficientes e dificuldades de acesso em áreas remotas segundo dados. Foto: captada
O Acre registra 13.090 crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos fora da escola, segundo levantamento da estratégia Busca Ativa Escolar (BAE), desenvolvida pelo Unicef e pela Undime com base em dados da PNAD Contínua/IBGE. Desse total, 11.392 (87%) pertencem a grupos étnico-raciais historicamente marginalizados — pretos, pardos ou indígenas.
O cenário se repete em outros estados da Amazônia Legal, como Roraima, Rondônia, Pará e Amazonas, onde a maioria das crianças e adolescentes fora da escola também são negras, indígenas ou de comunidades tradicionais. A exclusão educacional está relacionada a racismo estrutural, falta de políticas públicas eficientes e dificuldades de acesso em áreas remotas.
Busca Ativa Escolar: tecnologia e ação social para reintegrar estudantes
A estratégia Busca Ativa Escolar foi criada para combater a evasão, utilizando metodologia social e tecnologia digital para identificar e reinserir alunos no sistema de ensino. Municípios podem acessar uma plataforma integrada (com participação de Educação, Saúde e Assistência Social) para monitorar casos e promover ações intersetoriais. Em locais sem internet, o trabalho é feito por meio de formulários impressos.
A iniciativa visa fortalecer políticas públicas baseadas em evidências, garantindo que nenhuma criança ou adolescente fique sem acesso à educação. Os dados reforçam a urgência de medidas direcionadas a populações vulneráveis, especialmente em regiões com altos índices de desigualdade.
Especialistas apontam que o abandono está ligado a:
Racismo estrutural
Falta de políticas públicas eficazes
Dificuldades de acesso em áreas remotas
Tecnologia no combate à evasão
Criada para enfrentar o problema, a Busca Ativa Escolar utiliza uma plataforma digital que integra profissionais de Educação, Saúde e Assistência Social. O sistema permite:
- Identificação de estudantes fora da escola
- Acompanhamento personalizado
- Rematrícula facilitada
- Ações intersetoriais
Em locais sem internet, a estratégia funciona com formulários impressos. “O objetivo é criar políticas baseadas em evidências, garantindo o direito à educação para todos”, explica um representante do Unicef.
Desafios persistentes
Os números mostram a urgência de medidas que considerem as desigualdades regionais e raciais. Enquanto isso, a iniciativa segue como ferramenta crucial para reduzir os impactos da exclusão educacional na Amazônia.

Desse total, 11.392 pertencem a grupos étnico-raciais historicamente marginalizados — pretos, pardos ou indígenas — o que representa cerca de 87% dos casos. Foto: captada
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Acre avança na criação de doutorado em Direito em parceria com USP e Ufac
Procuradoria-Geral do Estado articula convênio para implantação do curso, que visa qualificar profissionais e fortalecer o ensino jurídico no Acre; governador Gladson Cameli apoia a iniciativa

O procurador de Justiça Sammy Barbosa ressaltou o impacto duradouro do programa para a educação jurídica no estado. Foto: captada
Com PGE
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) deu o primeiro passo na quarta-feira (30) para a implantação de um programa de doutorado em Direito no estado, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Acre (Ufac). A iniciativa, que conta com o apoio do governador Gladson Cameli, tem como objetivo ampliar a qualificação de profissionais da área jurídica e fortalecer a pós-graduação no Acre.
A reunião de alinhamento foi conduzida pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo, e contou com a participação dos procuradores de Justiça Sammy Barbosa e Oswaldo D’Albuquerque. O projeto será coordenado pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, que já possui estrutura consolidada para ações de formação.
“É um passo importante na concretização de uma proposta voltada à capacitação dos profissionais de Direito no Acre. Nosso Centro de Estudos Jurídicos terá papel central nesse processo”, afirmou Janete Melo. Ela lembrou que a PGE tem histórico em parcerias acadêmicas, como o curso de especialização em Direito Público realizado em 2002 com instituições de Pernambuco.
O procurador Sammy Barbosa destacou o legado duradouro da iniciativa. “O projeto deixará um acervo bibliográfico e impulsionará a produção de conhecimento, beneficiando toda a comunidade acadêmica”, disse. A proposta agora segue para formalização do convênio entre as instituições.
A medida representa um avanço na formação jurídica de alto nível no Acre, reduzindo a necessidade de deslocamento para outros estados e incentivando a pesquisa local.
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