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Cotidiano

Fique Atento: Existe um limite de consumo de álcool considerado seguro?

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Por Arthur Guerra

Esta é uma pergunta que muitos me fazem. Lamento dizer que a resposta não é simples. E falo isso não apenas porque dediquei toda a minha carreira ao estudo dos problemas gerados pelo álcool, mas também como alguém que sempre acompanhou as pesquisas que tratam desse assunto e que, apesar de nos trazerem muitas observações interessantes e valiosas, não permitem afirmar com absoluta certeza se determinado malefício causado pelo consumo de bebidas alcoólicas se deve apenas ao álcool e não ao álcool associado a uma predisposição genética, ou ao álcool associado ao sedentarismo ou outra coisa qualquer.
Consumo de álcool deve ser zero em situações específicas

© Getty Images Consumo de álcool deve ser zero em situações específica

O que sabemos é que o consumo deve ser zero nestas situações:

1) quando alguém vai dirigir – é sabido que o álcool reduz a capacidade motora de resposta, essencial quando alguém está dirigindo. Embora cada país tenha estipulado um limite considerado seguro para dirigir, absolutamente todos os dados mostram que beber um drinque está ligado não só à maior chance de causar um acidente, mas de morrer por causa dele e também ferir outras pessoas. Embora os dados sejam indiretos, temos uma prova de que a decisão do Brasil de impor a Lei Seca de forma tão rigorosa foi acertada. Desde 2012, quando a lei ficou mais rígida, os números de mortes por lesões de trânsito passaram a cair, ano após ano depois de 2012;

2) menores de idade – também é sabido que o cérebro continua a se desenvolver até por volta dos 20 anos de idade; e o álcool afeta especialmente cérebros não completamente desenvolvidos. Quanto mais cedo esse jovem começa a beber, e quanto mais ele bebe, maiores as chances de, no futuro, ele ter uma série de problemas. E não são só físicos, como alterações importantes no funcionamento do fígado, dos hormônios e da habilidade de memória e pensamento, mas também sociais e emocionais. Quando adultos, eles vão apresentar problemas familiares, no trabalho, enfim, em vários aspectos da vida;

3) grávidas – mesmo pequenas quantidades – e isso vale também para bebidas menos alcoólicas, como cerveja – são capazes de afetar o desenvolvimento do bebê porque o álcool passa diretamente do sangue da mãe para o bebê através do cordão umbilical. Crianças cujas mães consumiram álcool durante a gestação nascem com uma série de dificuldades físicas, comportamentais e intelectuais;

4) pessoas que fazem uso de remédios para dormir, sedativos, antidepressivos – o álcool tem efeito calmante. Não é preciso dizer o que a mistura com um remédio sedativo pode causar, potencializando o efeito do medicamento a níveis potencialmente perigosos e até fatais.

Estimulantes, pelo contrário, mascaram o efeito tranquilizante do álcool, e a pessoa fica sem ter noção de se já bebeu além da conta. Isso pode levar a uma situação chamada de envenenamento pelo álcool.

Uma bebida misturada a um antidepressivo vai afetar não só a coordenação motora e a capacidade de resposta daquela pessoa, sendo ainda mais perigoso quando se dirige, como reduz a atenção e a capacidade de julgamento. Não é preciso ser médico para perceber que essa mistura tem tudo para dar errado.

O que é importante, em se tratando de bebidas alcoólicas, é balancear riscos e possíveis benefícios. Sim, pouquinha quantidade de álcool (eu insisto nisso) traz uma sensação gostosa e um certo relaxamento, por isso ele é consumido há milhares de anos. Claro que para uma grávida e alguém que já sofre com problemas de fígado, qualquer quantidade, ainda que pequena, só trará malefícios e nenhum potencial benefício.

Outra coisa importante é saber como é esse consumo. Um drinque por noite, ou seja, 7 por semana, não é a mesma coisa do que sair com os amigos e tomar 7 porções em uma só noite. O impacto para a saúde muda da água para o vinho (desculpem-me o trocadilho).

Como os efeitos do álcool no corpo dependem de uma série de outros fatores – alguns deles genéticos – e como cada pessoa bebe por variadas razões – muitas, porque nasceram em culturas em que o consumo é alto, como na Rússia -, é muito difícil fazer uma recomendação que valha para todo mundo.

Assim, os riscos que ele pode trazer são muito individuais. Uma pessoa que pode ajudar você a pesar prós e contras é o seu médico. Mas vale a dica: se você nunca bebeu, não há necessidade nenhuma de começar.

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Cotidiano

Erick Rodrigues vai fazer avaliações no Rio e na Fazendinha

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Foto Sueli Rodrigues: Erick Rodrigues quer colocar o Vasco na Copa São Paulo em 2026

É oficial. Erick Rodrigues vai comandar a equipe do Vasco na disputa do Campeonato Estadual Sub-20. O treinador vai realizar avaliações nesta quarta, 5, no Rio de Janeiro, e na sexta, 7, na Fazendinha, para começar a montar o elenco para a disputa da competição.

“Esse é um projeto importante para o Vasco. A ideia é selecionar dez atletas no Rio de Janeiro e fechar o grupo com os garotos acreanos. Teremos uma equipe competitiva no Estadual Sub-20”, declarou Erick Rodrigues.

4 atletas

Os laterais Rafael e Andrey, o volante Bernardo e o meia Pedrinho estão no elenco profissional do Vasco e seguirão no Sub-20.

“O Rafael, o Andrey e o Pedrinho estão treinando e jogando. O Bernardo sofreu uma lesão no joelho na fase de preparação ainda no Rio e vem realizando tratamento. Vamos ter um time forte”, afirmou o treinador.

Vaga na Copa SP

Segundo Erick Rodrigues, o principal objetivo é colocar o Vasco na Copa São Paulo 2026.

“Vai ser um torneio duríssimo, mas temos a nossa meta muito clara”, declarou o técnico.

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Cotidiano

102 atletas estão confirmados na disputa do 1º Aquathlon

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Foto Jhon Silva: Patrícia Maciel vem realizando treinamentos para a primeira prova da temporada

102 atletas irão disputar o 1º Aquathlon, competição programada para abrir a temporada de 2025 da Federação Acreana de Triathlon (FATRI). A prova terá 1.000 metros de natação, no açude do BOPE, e 5 quilômetros de corrida no Parque do Tucumã.

“Fechamos as inscrições com um número excelente. Os atletas irão se desafiar e teremos uma grande prova na abertura da temporada”, comentou a presidente da FATRI, Cláudia Pinho.

Mais de 150

Segundo Cláudia Pinho, mais de 150 pessoas estarão envolvidas na competição.

“Teremos os treinadores e as equipes de apoio. Vamos começar o ano com um evento bastante movimentado e números expressivos”, avaliou a presidente.

Premiação em dinheiro

A FATRI vai distribuir premiação em dinheiro para os cinco primeiros colocados, no feminino e no masculino.

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Cotidiano

Programa do governo do Acre beneficia mais de duas mil pessoas por ano com aparelhos auditivos

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Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas

Programa Saúde Auditiva é uma iniciativa do governo do Acre. Foto: Felipe Freire/Secom

A capacidade de ouvir é essencial para a comunicação, o aprendizado e a convivência em sociedade. Dificuldades nesse sentido podem comprometer a qualidade da vida humana, tornando a troca de informações desafiadora, prejudicando o desempenho social e afetando o bem-estar emocional. Por isso, em 3 de março comemora-se o Dia Mundial da Audição, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do cuidado e da prevenção à perda auditiva. A escolha da data faz referência à forma dos algarismos “3.3”, que lembram a anatomia de duas orelhas.

Comprometido com essa necessidade, o governo do Acre instituiu o programa Saúde Auditiva, responsável por realizar atendimentos a cidadãos que sofrem com a perda da capacidade de ouvir ou que nasceram com essa deficiência, promovendo a inclusão nas atividades diárias, na interação familiar e social.

Durante um período, o projeto deixou de receber investimentos e só voltou a atuar de maneira promissora a partir de 2019, primeiro ano de mandato do governador Gladson Camelí, que solicitou o retorno das atividades.

Sobre o programa

O Saúde Auditiva é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e o governo federal. Atualmente, os atendimentos são realizados no Centro Especializado em Reabilitação (CER III), em Rio Branco. Por meio do programa, em 2024 quase dez mil pessoas foram acompanhadas.

De acordo com a gerente-geral do CER III, Cinthia Brasil, os serviços oferecidos visam à avaliação, ao diagnóstico, à protetização e à reabilitação dos pacientes que têm a perda de audição comprovada.

“A pessoa passa pela consulta com o especialista, que geralmente a encaminha para alguns exames complementares para dar o diagnóstico. Tendo a perda comprovada, a gente faz a solicitação do aparelho. Dependendo do tipo de prótese, a gente também realiza o molde e encaminha à empresa, que fica em São Paulo, para poder adaptar corretamente, Após isso, realizamos as terapias fonoaudiológicas”, explica a gestora.

Cinthia Brasil é gerente-geral do CER III. Foto: Felipe Freire/Secom

Além disso, os recém-nascidos que falharam na Triagem Auditiva Neonatal (TAN), popularmente conhecida como “teste da orelhinha”, já possuem vaga garantida para realizar o reteste pelo Estado. “O paciente não fica desassistido”, destaca Cinthia.

Por serem realizados por intermédio da Sesacre, todos os serviços oferecidos são gratuitos. Para garantir o atendimento especializado em otorrinolaringologia no CER III, o paciente deve, inicialmente, procurar uma unidade básica de saúde (UBS) em seu município. Dessa forma, o médico fará o encaminhamento ao especialista. Após isso, todo o tratamento subsequente é realizado no Centro Especializado em Recuperação.

Pacientes de todo o estado realizam consultas no Centro Especializado em Reabilitação. Foto: Felipe Freire/Secom

Aparelho auditivo

Apesar da grande variedade de atendimentos oferecidos, o principal serviço presente no programa se dá por meio dos aparelhos de amplificação sonora individual (Aasi). Dados levantados pela administração da unidade mostram que mais de sete mil pares foram entregues entre 2021 e 2024.

Mais de sete mil pares de aparelhos de amplificação sonora individual foram entregues entre 2021 e 2024. Foto: Felipe Freire/Secom

Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas que sofrem com alguma complicação na escuta.

“O impacto é sensacional, porque os pacientes, principalmente os idosos, quando começam a ter uma perda de audição, se isolam. Esse isolamento não traz só o problema social, mas também o cardíaco e o psicológico. Com o advento do aparelho, o cidadão volta para a sociedade e para o convívio com a família, que é o principal”, observa o médico.

O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.

A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

O programa também oferece manutenção aos Aasi. Foto: Felipe Freire/Secom

O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.

A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

Raimundo Nonato ressaltou a importância do Saúde Auditiva em sua vida. Foto: Felipe Freire/Secom

Promoção de dignidade

O aposentado Raimundo Nonato nasceu com o canal auricular estreito e, desde a infância, tinha dificuldades para ouvir. Ao saber do programa Saúde Auditiva, identificou a oportunidade de escutar com mais clareza e, pela primeira vez, passar a conviver em sociedade com mais conforto e dignidade.

“Eu fui orientado a comprar um aparelho, só que não tenho condições financeiras suficientes. O programa facilitou muito, porque logo fiz o molde e já vim retirar. O tempo de espera foi bastante rápido”, contou.

Ao garantir o equipamento sonoro, o aposentado afirmou que sua vida será transformada, pois a comunicação com as pessoas, algo fundamental para todo ser humano, vai melhorar: “Tenho certeza que sim”.

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