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Cotidiano

Fim do auxílio pode levar a desigualdade de volta ao patamar dos anos 80

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O auxílio diminuiu a diferença de renda entre os mais pobres e os mais ricos, o que pode ser verificado pela redução do índice de Gini, que mede a desigualdade no Brasil

Aplicativo do auxílio emergencial: fim do benefício pode amentar desigualdade – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Daniel Weterman, do Estadão Conteúdo

O fim do auxílio emergencial pode levar a desigualdade no país de volta ao patamar dos anos 1980.

O índice de pobreza, situação de quem recebe até um terço do salário mínimo (hoje, R$ 348), caiu de 18,7% em 2019 para 11% em setembro de 2020. Sem os benefícios pagos pelo governo federal, esse indicador pode disparar e alcançar 24%, ou seja, quase um quarto de toda a população, nos cálculos do sociólogo Rogério Barbosa, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Com o auxílio emergencial e o benefício pago para quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso, a renda média da população brasileira foi de R$ 1.321 em setembro, quando já houve flexibilização do isolamento social e retorno das pessoas às atividades. Sem a ajuda do governo, seria de R$ 1.187.

Entre os 40% mais pobres, a renda aumentou, recuperando uma perda observada desde 2014. Ou seja, as pessoas não saíram efetivamente da pobreza, mas experimentaram uma situação que não era observada há pelo menos seis anos.

De acordo com Barbosa, o auxílio diminuiu a diferença de renda entre os mais pobres e os mais ricos, o que pode ser verificado pela redução do índice de Gini, que mede a desigualdade. Com o fim do benefício, a economia ainda não recuperada e o aumento na fila do desemprego, porém, a desigualdade no país pode voltar ao patamar de 1980, segundo o pesquisador.

Pelas contas dele, a informalidade – que está em torno de 40% – pode alcançar mais da metade da população. A pesquisa Pnad-Covid do IBGE indica 15,3 milhões de pessoas não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por falta de trabalho na localidade em setembro. Na avaliação do especialista, esse grupo tentará voltar ao mercado de trabalho no próximo ano e o universo de desempregados pode chegar a 30 milhões de pessoas, mais do que dobrar o número atual.

Nesse cenário, um quarto da população pode ficar na pobreza, situação parecida com a dos anos 1990, de acordo com o pesquisador (os números desse indicador não são comparáveis com a década de 1980). “Quando a pandemia passar, nem sabemos quando vai acontecer, os pequenos negócios não voltarão a funcionar automaticamente. Se não houver um tipo de auxílio para segurar as pessoas que ficarão fora do mercado de trabalho, podemos ter problemas muito graves com a desigualdade”, afirmou Barbosa.

Prorrogação. No mês passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial se houver uma segunda onda de covid-19. Logo depois, o chefe da pasta afirmou que o governo vai manter o Bolsa Família como está se não houver uma nova medida com solidez fiscal. Setores do próprio Executivo e do Congresso Nacional, porém, querem tirar do papel um programa de renda mínima.

O governo prevê gastar um total de R$ 322 bilhões com o auxílio emergencial neste ano. Até ontem, foram pagos R$ 275,8 bilhões em benefícios de R$ 600 e R$ 300 para 68 milhões de beneficiários. Um benefício do mesmo tamanho é considerado inviável a partir do próximo ano, quando o governo volta a ter de respeitar o teto de gastos, regra que proíbe o crescimento real de despesas. Em 2020, os gastos relacionados à crise ficaram fora dessa limitação.

O efeito que o auxílio causou na economia aumentou a pressão para a elaboração de um programa social mais robusto do que o Bolsa Família a partir do ano que vem. O presidente Jair Bolsonaro, que teve índices de popularidade impulsionados pelo benefício ao longo do ano, planeja lançar um programa de renda, mas ainda não anunciou uma fonte de financiamento e quais despesas serão cortadas para abrir espaço para o pagamento deste eventual novo programa. O governo tem prometido deixar tudo dentro do teto.

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Gracyanne critica Belo após ‘Domingão’: ‘Onde o ego existe, o amor desiste’

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Gracyanne Barbosa, de 40 anos, não gostou da participação de Belo no Domingão com Huck no último domingo (28). A musa fitness falou ao colunista Lucas Pasin que, embora tenha se emocionado, reprovou a falta de um posicionamento do pagodeiro diante da abordagem do fim do casamento.

“Achei lindo, fiquei feliz, emocionada e esperançosa. Embora eu acredite, de verdade, que onde há amor, há esperança, não tenho certeza se o amor suporta tanto. Onde o ego existe, o amor desiste. Afinal, Belo escolheu se calar, quando poderia ter sido claro sobre não estarmos juntos”, declarou ela, nesta segunda-feira (29).

Gracyanne criticou também a postura de Luciano Huck, acreditando que ele fez brincadeiras indelicadas sobre a separação conturbada. “O resto do programa foi de uma indelicadeza absurda, uma falta de empatia. Difícil para mim ver um colega do casal simplesmente ignorar o fato de existir dor, de sermos reais. Ele preferiu brincar com isso. Eu realmente não esperava [as brincadeiras]. Luciano é nosso amigo de anos. Ele não precisa disso por ibope. Faltou só comemorar”, pontuou.

Fonte: revistaquem

Fonte: TOP FAMOSOS

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Elenco do Rio Branco volta aos treinos no José de Melo

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Foto Manoel Façanha: Carrapeta (7) tem a possibilidade de voltar à equipe no sábado

Depois da derrota para o Manauara por 3 a 1 no sábado, 27, no estádio Ismael Benigno (Colina), em Manaus, no Amazonas, na estreia do Campeonato Brasileiro da Série D, o elenco do Rio Branco volta aos treinamentos na tarde desta segunda, 29, no José de Melo.

“Fechamos a nossa programação e agora é trabalhar. Temos uma semana importante e o objetivo é conquistar a recuperação no torneio nacional”, disse o técnico Wemerson Rambinho.

Duelo no sábado

O próximo compromisso do Rio Branco na Série D será no sábado, 4, às 17 horas, no Florestão, contra o Princesa do Solimões, do Amazonas.

Avaliação médica

Os volantes Joel, Márcio e Jackson e o atacante Carrapeta seguem no departamento médico. Os atletas devem ser avaliados para saber se poderão jogar contra o Princesa.

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Kinho Brito comanda treino e pode definir Humaitá para estreia

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Foto Manoel Façanha: Kinho quer um elenco capaz de lutar pela classificação

O elenco do Humaitá reapresenta-se na tarde desta segunda, 29, no campo do Airton, e o técnico Kinho Brito pode definir os titulares para a estreia no Campeonato Brasileiro da Série D. A partida contra o Porto Velho, de Rondônia, será disputada na quarta, 1º, às 15 horas, no Florestão.

“Estamos remontando o elenco. Vamos saber no treinamento com quem poderemos contar para esse primeiro jogo”, comentou Kinho Brito.

Vencer em casa

Para Kinho Brito, o Humaitá precisa começar o Brasileiro com uma vitória.

“Nossa meta é a classificação. Ganhar os jogos em casa é fundamental para podermos conquistar o nosso objetivo. O torneio é muito forte e não permite erros”, avaliou o treinador.

Base mantida

Mesmo com muitas baixas em relação ao Estadual, Kinho Brito afirmou ter uma boa base para o início da Série D.

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