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Filmes Acreanos ganham destaque na 3ª etapa do Festival Pachamama

Ascom Pachamama / Fotos: Hannah Lydia
A 12ª edição do Festival Pachamama: da Floresta aos Andes celebra não apenas o cinema latino-americano, mas também o talento acreano, dando espaço a produções locais que traduzem a diversidade e riqueza cultural do estado. Durante esta etapa, que ocorre de 10 a 14 de dezembro em Rio Branco e Senador Guiomard, quatro filmes produzidos no Acre ocupam lugar de destaque na programação.
Entre os destaques está o curta-metragem “A Trégua da Flauta”, dirigido por Sílvio Margarido, que será exibido no dia 11 de dezembro, às 18h, no Cine Teatro Recreio. A obra, com 17 minutos de duração, explora temas contemporâneos e promete emocionar o público com sua sensibilidade artística.
O diretor fala sobre a expectativa para o festival. “Minha expectativa é que o festival, após alguns anos sem acontecer, volte a ser um evento onde possamos apreciar a produção cinematográfica do Acre e de outras regiões. Além disso, é um momento de encontro entre produtores e público, para vivermos juntos essa experiência maravilhosa que é o cinema. Apesar de termos recursos provenientes da Lei Paulo Gustavo, o cenário audiovisual no Acre ainda é tímido, com uma produção desorganizada e diversos problemas, como a falta de formação técnica e de investimento financeiro”.
Outro curta em evidência é “Rami Rami Kirani”, com 33 minutos de duração, dirigido por Lira Mawapal Huni Kuin e Luciana Txira Huni Kuin. O filme será exibido também no dia 11 e destaca as tradições e saberes do povo Huni Kuin, oferecendo uma perspectiva única sobre a cultura indígena acreana.
Lira comenta com entusiasmo sobre a participação. “É o primeiro festival no Acre do qual participamos, embora já tenhamos exibido nossos filmes em outros estados. Estou muito feliz, especialmente pelo espaço dado às mulheres no audiovisual. Esse filme é uma oportunidade de compartilhar a visão e a realidade dos povos indígenas, algo ainda pouco conhecido, mesmo no Acre, onde existem vários povos indígenas. Participar deste festival é uma chance de mostrar nossa cultura e empoderar as mulheres nesse cenário”.

No dia 12 de dezembro, será a vez do longa-metragem “Peregrina”, dirigido por Juliana Barros, ganhar a tela do Cine Recreio. A obra, filmada em paisagens acreanas, convida o público a refletir sobre jornadas pessoais e coletivas.
A diretora Juliana diz que está animada por fazer a primeira exibição pública de Peregrina dentro do Festival Pachamama. “Esse documentário foi produzido ao longo de cinco anos e só foi exibido dentro da comunidade do Alto Santo, onde foi filmado. Será interessante ver como o público recebe essa história acreana sobre Madrinha Peregrina, uma liderança espiritual que manteve viva a doutrina do Mestre Raimundo Irineu Serra mesmo diante de tantas dificuldades. Com a Lei Paulo Gustavo e a PNAB, o setor audiovisual está em um momento fértil, com recursos que possibilitam a produção de mais filmes e o fortalecimento da cadeia produtiva local. Em 2025, vamos lançar seis filmes por meio da Seiva Colab Amazônica, que reúne quatro produtoras lideradas por mulheres e traz histórias de mulheres acreanas, indígenas, extrativistas e outras. Ainda temos desafios, como melhorar o investimento no setor, mas estamos caminhando para um lugar melhor”.
Ainda na mesma data, o público poderá conferir a “Première Velande”, um curta de 20 minutos dirigido por Letícia Mamed, Altino Machado e Tiago Melo. A produção promete ser um dos momentos mais esperados do festival, reforçando a força do cinema acreano na cena cultural.
O festival, realizado pela Saci Filmes com recursos da Lei Paulo Gustavo e apoio do Governo do Acre por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), reafirma seu papel como um espaço de integração e valorização das produções locais no contexto latino-americano.
Para saber mais, siga o Festival Pachamama no Instagram: @festivalpachamama.
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Rio Tarauacá sobe mais de 3 metros em 24 horas e começa a atingir as primeiras áreas da cidade

O Rio Tarauacá registrou elevação superior a três metros em apenas 24 horas e já começou a atingir as primeiras áreas urbanas do município. A rua Simão Leite Damasceno foi a primeira a ser alcançada pelas águas após a elevação repentina do nível do rio.
De acordo com o prefeito Rodrigo Damasceno, na sexta-feira, 26, o rio estava com 6,64 metros. Na última medição realizada neste sábado, 27, o nível chegou a 9,62 metros, ultrapassando a cota de transbordamento no município, que é de 9,50 metros.
“Estamos acionando toda a nossa equipe para ficar monitorando a situação e, se for o caso, iniciar as ações necessárias”, afirmou o prefeito.
Segundo ele, as equipes da Defesa Civil e da Assistência Social do município estão acompanhando de perto o cenário. A expectativa é que o rio comece a dar sinais de vazante a partir da manhã deste domingo.
VEJA O VÍDEO:
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Defesa Civil emite alerta de alto risco de inundação no Acre neste domingo

Foto: Sérgio Vale
A Defesa Civil do Acre emitiu um alerta de alto risco hidrológico para este domingo, 28, diante da previsão de fortes chuvas em Rio Branco e em outras regiões do estado. O aviso aponta alta possibilidade de transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes, o que pode provocar inundações em áreas urbanas e rurais.
De acordo com o órgão, o cenário é de atenção máxima, especialmente nas localidades ribeirinhas e em áreas historicamente atingidas por cheias. A previsão indica volumes elevados de chuva, capazes de provocar elevação rápida dos níveis dos rios.
Em Rio Branco, a situação já é considerada crítica. O Rio Acre encontra-se aproximadamente meio metro acima da cota de transbordamento, medindo 14,40m ao meio-dia, com vários bairros atingidos e os abrigos começaram a ser montados no Parque de Exposições Wildy Viana.
A Defesa Civil reforça que a população dessas áreas deve permanecer atenta aos comunicados oficiais e seguir as orientações de segurança.
O alerta permanece válido enquanto persistirem as condições de chuvas intensas previstas para o estado.
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Regularização fundiária beneficia quase 40 mil pessoas e reforça protagonismo feminino

A entrega de títulos definitivos de propriedade no Acre vai além da garantia documental e representa um impacto social direto para milhares de famílias. Levando em consideração dados do IBGE, que apontam que na região norte a média é de três pessoas por família, o número de títulos entregues pelo governo do Estado alcança um benefício indireto para quase 40 mil pessoas, que passam a viver com mais segurança jurídica, dignidade e acesso a políticas públicas.
A regularização fundiária assegura direitos fundamentais, fortalece a cidadania e possibilita que famílias tenham acesso a crédito, investimentos, herança legal e valorização de seus imóveis. Cada título entregue representa uma transformação concreta na vida de quem há anos aguardava o reconhecimento oficial de sua moradia ou área produtiva.

Esse trabalho segue os princípios da Lei nº 13.465, de 2017, conhecida como Lei da Regularização Fundiária, que trata da regularização urbana e rural em todo o país. A legislação estabelece, de forma clara, a preferência pela mulher no registro do título de propriedade, especialmente quando ela é chefe de família, reconhecendo seu papel central na manutenção e organização do lar.
A escolha do governador Gladson Camelí (PP) e da vice-governadora Mailza (PP) de montar um time majoritariamente feminino para conduzir esse processo no Acre reforça o compromisso com a Constituição Federal e com a promoção da justiça social. À frente do Iteracre está uma mulher, Gabriela Câmara, acompanhada por mulheres em posições estratégicas, como a chefia do cadastro, do patrimônio, do gabinete, da regularização urbana e da regularização rural. Um time forte, técnico e sensível à realidade das famílias acreanas.

Os dados nacionais reforçam a importância dessa política. Segundo o Censo do IBGE 2022, o Brasil registrou cerca de 7,8 milhões de mulheres vivendo com filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes. Esse tipo de composição familiar estava presente em 11,6% das famílias em 2000 e passou para 13,5% em 2022, demonstrando que, a cada ano, mais mulheres assumem a chefia dos lares brasileiros.
Nesse contexto, a política de regularização fundiária executada no Acre ganha ainda mais relevância ao garantir que essas mulheres tenham seus direitos assegurados, promovendo autonomia, segurança e estabilidade para milhares de famílias. A entrega de títulos, portanto, não é apenas um ato administrativo, mas uma ação concreta de transformação social e valorização do papel da mulher na construção de um Acre mais justo e regularizado.





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