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Festival de dança O Corpo Negro oferece 60 atrações gratuitas no Rio

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O início do festival de dança O Corpo Negro, um dos maiores do gênero no país, será marcado por uma performance na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, no próximo domingo (28), às 16h, em alusão ao Dia Mundial da Dança, comemorado em 29 de abril. Na ocasião, os dançarinos do grupo DeBonde ocuparão o calçadão da praia, na altura da Rua Figueiredo Magalhães, com o espetáculo Debandada, uma intervenção que atravessa e é atravessada pela rua.

“A gente queria destacar e celebrar essa data junto com a cidade do Rio de Janeiro e a sociedade, antes da nossa abertura oficial, e apresentar uma pílula da nossa programação que vai acontecer ao longo do mês de maio”, disse à Agência Brasil o analista técnico de Artes Cênicas do Serviço Social do Comércio do estado (Sesc RJ), André Gracindo.

O festival chega à sua quarta edição este ano e é realizado pelo Sesc, englobando espetáculos criados e executados por artistas negros, selecionados por um edital. A programação gratuita se estenderá até 31 de maio nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Barra Mansa, Volta Redonda, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis.

Abertura oficial

Os espetáculos serão apresentados em unidades do Sesc RJ, escolas e universidades e espaços públicos, totalizando obras de 32 companhias e grupos de dança, oriundos dos estados do Rio de Janeiro, da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão e de São Paulo. A abertura oficial do projeto está marcada para terça-feira (30), às 20h, no Sesc Tijuca. O evento contará com a presença dos artistas da programação, dos curadores convidados Diego Dantas, Gal Martins e Jaílson Lima, e do público em geral.

Na oportunidade, será feita homenagem a Mestre Manoel Dionísio, criador da Escola de Mestres-Salas, Porta-Bandeiras e Porta-Estandartes, em atividade no Rio de Janeiro, que forma novos bailarinos e preserva os repertórios da dança e do carnaval há cerca de 33 anos. André Gracindo salientou que Mestre Dionísio é um dos baluartes de um dos saberes da dança no Brasil, que são os movimentos relacionados ao samba e, mais especificamente, ao carnaval. Durante o encontro, será lançado o curta-metragem Dionísio, um Mestre, realizado pela coreógrafa, diretora de teatro e realizadora audiovisual Carmen Luz.

Serão mais de 60 atrações gratuitas e 200 atividades, englobando espetáculos de dança, shows, mostra audiovisual, oficinas e debates, que ocorrerão o longo de um mês. “A gente tem dois espetáculos de samba, um que fala mais especificamente do samba gafieira. Ao mesmo tempo, a gente tem espetáculos de hip-hop, espetáculos de dança afro, de dança contemporânea, performances. É uma variedade bastante grande de oferta que o público vai poder conhecer um pouquinho do que esses artistas estão produzindo na contemporaneidade e experimentar esses sabores, percebendo, ao mesmo tempo, essa variedade da cultura brasileira, de criações e estética”, destacou Gracindo.

Protagonismo

André Gracindo salientou que, nesta quarta edição, o Sesc continua com o objetivo de reforçar a importância e o papel dos artistas negros na cultura brasileira, especialmente na dança, a partir do princípio de que o artista pode criar o que quiser, seja na dança contemporânea, no samba, no hip-hop, no funk etc. “Não existe um lugar próprio. A ideia do projeto é desconstruir também esse estereótipo de que boa parte da sociedade tem quando fala da cultura negra, de um lugar já construído. A gente quer justamente bagunçar isso e dizer ‘a pessoa está trabalhando, produzindo, criando e cada um tem a sua trajetória, inclusive a trajetória que vem de culturas de África’.”

O festival vai oferecer ao público dez espetáculos inéditos, selecionados por meio de edital lançado no ano passado pelo Sesc RJ para a programação do evento. Entre as estreias nacionais, está O Som do Morro, no qual o coreógrafo carioca Patrick Carvalho narra a própria história. Entre os becos e vielas, o premiado bailarino apresenta seu jeito genuíno de coreografar. Outra estreia é a da performance Vogue Funk, que mistura baile funk com os elementos da cultura ballroom, trazendo a periferia negra e LGBTQ+ para o centro do palco. A história de personalidades da dança brasileira também está representada em Isaura, espetáculo idealizado e performado por Aline Valentim. O trabalho conta a história da bailarina, professora e coreógrafa Isaura de Assis, uma das grandes referências das danças negras no estado.

Crianças

Pela primeira vez, o festival terá uma programação dedicada ao público infantil, concentrada no Sesc Tijuca. A ideia é conversar sobre questões da estrutura do racismo na sociedade brasileira. “A gente acredita que ter representatividade dentro do palco, contando histórias sobre personagens negros, com corpos negros dançando, alguns vocabulários oriundos da África, é muito importante. Quanto mais cedo a gente conversa sobre isso, menos oportunidade se dá para que o racismo continue estabelecido no seio da sociedade”, disse Gracindo.

Por isso, o analista técnico de Artes Cênicas do Sesc RJ acredita que olhar para o segmento infantil é fundamental para que haja uma aproximação desse assunto como uma experiência estética, de dança, para que a criança possa conhecer outros corpos com os quais não está acostumada e outras histórias sendo contadas. Entre os destaques, a estreia do espetáculo A Menina Dança, que apresenta a menina Maria Felipe, com ritmos e danças africanas e cantigas, em uma coreografia que aborda o enfrentamento à colonização do país. Outra estreia é o espetáculo Gbin, da Cia Xirê (RJ), que aborda matrizes afrodescendentes na cena da dança contemporânea.

Programação paralela

Apesar de o destaque ser a dança, o festival O Corpo Negro terá programação paralela com música, filmes e outras atividades integradas. Haverá shows de música com Jonathan Ferr, um dos nomes mais celebrados da nova geração do jazz brasileiro, na abertura, além do dançante Baile Black Bom, e rodas de samba em várias unidades.

Já a mostra audiovisual vai oferecer ao público mais de 65 sessões de filmes. Entre eles, o documentário Othelo, O Grande, que aborda a vida e obra do comediante e ator Grande Otelo, que rompeu barreiras para um ator negro na primeira metade do século 20, trabalhando com nomes do cinema mundial. Também será exibido Diálogos com Ruth de Souza, que apresenta rico material da vida de uma das grandes damas da dramaturgia nacional, a primeira artista brasileira indicada ao prêmio de melhor atriz em um festival internacional de cinema.

Embora a programação audiovisual se estenda até 31 de maio, o evento de encerramento do festival ocorrerá no dia 26, a partir das 14h, no Viaduto de Madureira, zona norte do Rio, região conhecida como disseminadora da cultura negra pelo tradicional Baile Charme.

Fonte: EBC GERAL

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BR-364 volta a ter problemas graves e deixa caminhões atolados entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul

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Motoristas enfrentam trechos intransitáveis; DNIT atribui atraso em obras à liberação tardia de recursos federais

Motoristas enfrentam atolamentos na BR-364; DNIT culpa deputados por atrasar liberação de verba. Foto: cedia 

A BR-364, no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, voltou a apresentar sérios problemas de trafegabilidade neste domingo (27). Vídeos que circulam nas redes sociais mostram caminhões atolados em trechos danificados da rodovia, evidenciando a precariedade da via.

Em um dos registros, um motorista desabafa enquanto tenta atravessar a pista destruída: “Estrada de Sena Madureira sentido Cruzeiro do Sul, o caminhão está atolando no asfalto. O negócio aqui não é fácil não, viu?”.

O superintendente do DNIT no Acre, Ricardo Araújo, afirmou que a recuperação da estrada foi prejudicada pelo atraso na liberação de verbas federais. Segundo ele, apenas manutenções emergenciais estão sendo realizadas.

“A verba só foi liberada recentemente pelos deputados, o que atrasou significativamente o cronograma e prejudicou a conservação da estrada. Uma equipe já atua no trecho, mas as obras de recuperação mais robustas devem começar na próxima semana”, explicou.

A expectativa é que, com o início dos trabalhos intensificados ainda em maio, os transtornos para quem trafega pela rodovia sejam minimizados. Enquanto isso, motoristas seguem enfrentando dificuldades na principal ligação entre as duas cidades.

“Estrada de Sena Madureira sentido Cruzeiro do Sul, o caminhão está atolando no asfalto. O negócio aqui não é fácil não, viu?”.

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Seminário Internacional Txai Amazônia vai reunir lideranças no Acre para discutir bioeconomia

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O evento se propõe a aprofundar a compreensão da dimensão da bioeconomia amazônica e discutir estratégias eficazes para o seu fomento

Entre os dias 25 e 28 de junho de 2025, o espaço e_Amazônia da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco (AC), sediará o Seminário Internacional TXAI Amazônia, um evento crucial para impulsionar a bioeconomia e valorizar a sociobiodiversidade como pilares do desenvolvimento econômico na Amazônia Legal Brasileira.

Realizado pelo Instituto SAPIEN – Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) dedicada à pesquisa e gestão para o desenvolvimento regional –, em colaboração com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o Governo do Estado do Acre, por meio das Secretarias de Estado de Povos Indígenas (SEPI), Planejamento (SEPLAN), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (FAPAC) e mais de 20 instituições acreanas, o seminário reunirá líderes e representantes de diversos setores dos nove estados da Amazônia Legal, além de membros da Bolívia e Peru.

O TXAI Amazônia é um Seminário Internacional dedicado a promover a bioeconomia e o desenvolvimento econômico no maior ecossistema tropical do mundo. Se apresenta como uma plataforma para a formulação de soluções inovadoras, integrando conhecimento técnico-científico, inovação e sabedoria ancestral.

A iniciativa pretende impulsionar a bioeconomia e os serviços ambientais, fomentando a sociobiodiversidade da Amazônia brasileira através de um diálogo produtivo que estabeleça uma conexão robusta entre o rigor do conhecimento técnico e científico e a riqueza dos saberes tradicionais.

Nesse contexto, o evento se propõe a aprofundar a compreensão da dimensão da bioeconomia amazônica e discutir estratégias eficazes para o seu fomento. Adicionalmente, o TXAI Amazônia visa contribuir ativamente para a construção de um Plano Nacional de Bioeconomia, buscando acelerar o desenvolvimento de mercados tanto no âmbito público quanto no privado.

A promoção da sociobiodiversidade é outro pilar fundamental, com o intuito de atrair investimentos tanto nacionais quanto internacionais para a região. Em consonância com essa visão, o seminário valoriza profundamente os conhecimentos e as práticas tradicionais dos povos da floresta, buscando integrá-los de maneira sinérgica com as mais recentes inovações tecnológicas, reconhecendo a importância da sabedoria ancestral para um futuro promissor e de possibilidades diversas.

Ao longo de quatro dias de programação intensa, o Seminário TXAI Amazônia1 explorará seus eixos temáticos por meio de painéis dinâmicos, nos quais serão apresentados casos de sucesso emblemáticos da bioeconomia regional. Paralelamente, o público vivenciará uma Mostra Artística vibrante, concebida para fomentar a interação e o diálogo entre povos tradicionais, a comunidade acadêmica, o público em geral e as autoridades presentes, a partir da apresentação de artistas enraizadamente amazônidas.

O seminário reunirá líderes e representantes de diversos setores dos nove estados da Amazônia Legal, além de membros da Bolívia e Peru. Foto: internet 

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Deputada defende fornecimento de rastreador para pessoa com Alzheimer

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A estimativa é que cerca de 50 milhões de pessoas vivem com a doença, número que deve aumentar nos próximos anos, devido ao envelhecimento da população

A deputada estadual Joana Darc (União Brasil) propõe que o contribuinte pague o fornecimento de dispositivo de rastreamento para famílias de pessoas com a doença do Alzheimer no Amazonas. O equipamento, conforme o Projeto de Lei nº 348/2025 apresentado pela parlamentar, será fornecido pelo Estado.

Joana Darc alega que se trata de ação preventiva e humanitária. O dispositivo é destinado a famílias de baixa renda e que tenham integrantes com Alzheimer que necessitam de constante acompanhamento.

“Recebemos pedidos de ajuda para divulgar imagens de pessoas com Alzheimer perdidas e, por isso, protocolamos essa proposta para proteger vidas, promover segurança e fortalecer a rede de cuidado desse público”, justificou.

A deputada alega que o aparelho possibilita o rastreamento em tempo real e viabilizando a localização mais rápida evitando desaparecimentos ou graves acidentes. Segundo ela, o uso dos “AirTags” proporciona apoio emocional aos familiares, que passam a viver com mais tranquilidade diante de situações cotidianas.

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

Os sinais que podem indicar o diagnóstico de Alzheimer variam, sendo os problemas de memória que afetam o dia a dia o mais comum. Contudo, vale ressaltar que a dificuldade na fala e no raciocínio, desorientação no tempo e no espaço, alterações de humor e comportamento também fazem parte da doença.

Segundo a Agência Brasil, a condição afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos e é o principal tipo de demência no mundo, sendo responsável por aproximadamente 70% dos casos da doença. A estimativa é que cerca de 50 milhões de pessoas vivem com a doença, número que deve aumentar nos próximos anos, devido ao envelhecimento da população.

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