Cotidiano
Fenaj: Brasil registra uma agressão a jornalista por dia em 2022
Relatório aponta que o número de casos registrados chegou a 376
Em 2022, foram registrados 376 casos de agressões a jornalistas e veículos de comunicação no Brasil, o que equivale a praticamente um caso por dia. Os dados são do Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2022, divulgado hoje (25) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
De acordo com o levantamento, os números, apesar de elevados, são menores que os de 2021, ano recorde desde o início da série histórica feita pela federação, quando foram registrados 430 casos. Apesar da queda de 12,53% em relação ao ano anterior, o relatório constata que as agressões diretas a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país.
O relatório aponta que a descredibilização da imprensa voltou a ser a violência mais frequente, em 2022, apesar de ter diminuído em 33,59% em comparação com o ano anterior. Foram 87 casos de ataques genéricos e generalizados, que buscaram desqualificar a informação jornalística. Em 2021, foram 131 episódios.
Segundo o estudo, houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de ameaças, hostilizações e intimidações, que foi a segunda categoria com maior número de ocorrências em 2022, com 77 casos (44 a mais que os 33 registrados em 2021).
Em seguida, aparece a censura, que foi a categoria de violência com maior número de casos, em 2021, e caiu para a terceira posição, em 2022. “A queda foi de 54,96% e muito provavelmente se deu pela diminuição no número de denúncias e não dos episódios propriamente ditos, a grande maioria na Empresa Brasil de Comunicação (EBC)”, diz a Fenaj.
As agressões verbais tiveram queda de 20,69%, em comparação com o ano anterior. Mas as agressões físicas aumentaram 88,46%, passando de 26 para 49. Os impedimentos ao exercício profissional cresceram 200%: foram sete casos em 2021 e 21, em 2022.
Também tiveram crescimento significativo (125%) os ataques cibernéticos a veículos de comunicação, passando de quatro para nove episódios.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro, assim como nos três anos anteriores, foi o principal agressor. Sozinho, ele foi responsável por 104 casos (27,66% do total), sendo 80 episódios de descredibilização da imprensa e 24 agressões diretas a jornalistas (10 agressões verbais e 14 hostilizações)”, afirma a Fenaj.
De acordo com a presidenta da Fenaj, Samira de Castro, esse resultado pode ser explicado pela tensão política no país. “A sociedade passa nesse momento de tensionamento político a questionar as instituições estabelecidas. A imprensa é uma dessas instituições. Então a gente precisa de um discurso institucional que valorize o jornalismo profissional a partir de agora, para poder a própria sociedade entender, que quando ela agride um jornalista, ela está retirando dela mesma o direito de ser informada.”
Samira aponta meios para reverter a situação. “É preciso campanhas de sensibilização, a instalação do próprio Observatório Nacional da Violência contra o Jornalista, um protocolo nacional de segurança com as forças policiais porque também são forças agressoras da imprensa. E a partir de tudo isso, a sociedade voltar a compreender que o jornalismo é, sim, uma forma de conhecimento imediato da realidade e que estabelece um direito humano, que é você ser informado e poder saber da sua realidade imediata a partir do trabalho das repórteres, dos repórteres, enfim, de todos os jornalistas.”
Ainda de acordo com a presidenta da Fenaj, os jornalistas não devem naturalizar as agressões sofridas e precisam procurar imediatamente os sindicatos de classe e as delegacias de polícia ao serem vítimas de algum tipo delas. “A impunidade é um combustível para toda a violência contra a categoria.”
A Região Centro-Oeste continua a mais violenta para os profissionais de imprensa. O Distrito Federal é o líder no número de casos, com 30,57% dos registros, o que equivale a 88 ocorrências. “Lá é a sede do poder central. Depois do resultado do segundo turno da eleição presidencial ocorreram muitas agressões a jornalistas”, disse Samira.
O relatório ainda destaca o brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, em uma emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte, no Amazonas. “O assassinato de Dom Phillips foi o único ataque fatal a jornalista registrado em 2022, mas a repercussão internacional mostrou ao mundo a gravidade da situação brasileira no quesito violência contra jornalistas e outros defensores dos direitos humanos”, diz a Fenaj.
Edição: Fabio Massalli
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Quinarí vence as Damas de Aço e conquista o título do Torneio Raimunda Carneiro

Foto PHD: AVQ provou ser um dos times mais fortes do vôlei acreano na atualidade
A equipe do Quinari (AVQ) derrotou as Damas de Aço por 2 sets a 0, com parciais de por 18×9 e 18×12 e conquistou nesse domingo, 27, na AABB, o título do Torneio Raimunda Carneiro de Vôlei Feminino. 10 equipes disputaram a competição promovida pela desportista Maria Luíza Melo.
“Conseguimos promover uma bela competição e o nosso objetivo é valorizar a modalidade e as atletas. Aproveitamos para homenagear a professora Raimunda, uma veterana do nosso vôlei”, disse Maria Luíza Melo.
Destacou apoiadores
Segundo Maria Luíza Melo, os apoios da Papelaria Globo, vereador Neném Almeida, Cimec, Wallacy Souza/Personal, Ótica Xaimã, FDUA, Bom Dia/Gazeta, FEAV, Churrascaria do Oscar e AABB foram fundamentais para a realização do evento.
“A premiação do torneio foi em dinheiro e isso, sem dúvida, aumentou a disputa. Tivemos um domingo com muito voleibol”, afirmou a coordenadora.
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Diretoria do Galvez fecha programação para jogos em Manaus

Foto Jhon Silva: Triunfo na Arena garantiu ao Galvez a possibilidade de lutar pela classificação
O presidente do Galvez, Igor Oliveira, confirmou os detalhes do embarque e da permanência do elenco em Manaus, no Amazonas, para os dois jogos da primeira fase do Campeonato Brasileiro A3 contra Tarumã e Recanto da Criança.
“A delegação viaja na próxima quinta e ficaremos em Manaus por 12 dias para cumprir as duas partidas da primeira fase do Brasileiro. Fechamos a programação e agora é trabalhar forte visando o confronto de sábado”, declarou Igor Oliveira.
Volta aos treinos
O elenco do Galvez voltou aos treinamentos nesta segunda, 28, no Sesc, e inicia a preparação para o duelo contra o Tarumã. O duelo de líderes do grupo A1 será no sábado, dia 3, às 14 horas (hoar Acre), no estádio Carlos Zamith.
Lili é dúvida
A atacante Lili sofreu uma lesão na panturrilha e é dúvida para a partida contra o Tarumã. A atleta iniciou o tratamento no fim de semana e será reavaliada na quinta, dia 1º.
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Inscrições para o Encceja 2025 terminam sexta-feira
O período de inscrições do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2025 termina nesta sexta-feira (2).
Os interessados devem se inscrever diretamente no site do Sistema Encceja com o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).
O prazo vale também para as solicitações de atendimento especializado e para tratamento pelo nome social, que é como a pessoa se autoidentifica e que expressa sua identidade de gênero diferente do nome que consta nos documentos de registro civil.
Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o exame é uma oportunidade gratuita e voluntária para jovens e adultos que não concluíram o ensino básico na idade apropriada e que buscam a certificação do ensino fundamental ou médio.
Provas
As provas são aplicadas em um único dia, nos turnos matutino e vespertino. Neste ano, o Inpe marcou a realização do Encceja para 3 de agosto.
O exame obedece aos requisitos básicos, estabelecidos pela legislação em vigor, para o ensino fundamental e para o ensino médio. Ao todo, são quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma prova de redação.
As provas objetivas avaliam as seguintes áreas de conhecimento:
ensino fundamental: ciências naturais; matemática; língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação; história e geografia;
ensino médio: química, física, biologia, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física, redação, história, geografia, filosofia e sociologia.
Encceja
Desde 2002, o Encceja é usado como instrumento para a certificação dos conhecimentos de jovens e adultos adquiridos tanto no ambiente escolar, quanto em experiências de vida e de trabalho.
Os resultados são usados pelas secretarias de Educação e pelos institutos federais como base para emissão dos certificados de conclusão do ensino fundamental e médio.
As informações do Encceja também ajudam a planejar e implementar programas educacionais mais eficazes e adequados às necessidades específicas desse público, com objetivo de melhorar a formação integral e a inserção social e profissional dessas pessoas.
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