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Fé e devoção: Municípios do Alto Acre celebraram a festa do Padroeiro São Sebastião

Chamada de “Princesinha do Acre”, Xapuri tem o Santo como padroeiro e realiza a tradicional procissão pelas ruas da cidade.
Por Wesley Cardoso – especial para oaltoacre
Os municípios de Xapuri e Epitaciolândia que compõem a regional do Alto Acre, tem como padroeiro o mártir São Sebastião.
São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus. Sua história é conhecida somente pelas atas romanas de sua condenação e martírio. Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem. Essas atas eram expostas ao público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.
O dia de São Sebastião é comemorado em vários lugares do Brasil. Em Xapuri teve o seu início no início do século XX, sendo influenciado por comerciantes e seringalistas locais. Ela é uma celebração sagrada que agrega elementos dentre os quais o comércio popular, que existe desde que a festa foi implantada na cidade. A primeira imagem de São Sebastião veio da Itália. Ainda de acordo com o jornal “A Tribuna” (2017), o responsável pela doação foi o poeta e escritor Gabrielle D’Annuzio, autor da peça musical “Il martirio di San Sebastiano”, em conjunto com o compositor francês Claude Debussy, que narra o martírio de São Sebastião.
Em Epitaciolândia não se sabe ao certo de quando exatamente a tradição religiosa começou, porem segundo relatos de moradores antigo afirmam que: As procissões, quermesses e novenas já eram realizadas ainda nos tempos que esta localidade sediava o Seringal Bela Flor e nos tempos da Vila Epitácio Pessoa.

Epitaciolândia, distante 75km de Xapuri, também mantém a tradição da procissão que é seguida por fieis.
Durante as décadas de 60 à 90, a Festa de São Sebastião viveu seu auge principalmente no comércio, era ponto de encontro para os povos da cidade e moradores das áreas rurais fazer suas compras de vários artigos inclusive roupas. Isso sem falar nas festas populares que atraia muita gente.
Aos poucos essa modalidade comercial foi perdendo força devido a diversificação do comercio, porem a parte religiosa permanece forte até hoje, mesmo com um número bem menor de participantes em relação ao ano de 2019 antes da pandemia da covid-19, esse ano o retorno na procissão nas ruas, Xapuri contou com milhares de fiéis que vieram de diversos lugares para pagar votos e promessas, ou simplesmente para participar do evento religioso.
Em Epitaciolândia pelo 2º ano consecutivo após a pandemia, o evento concentrou com a parte religiosa no Espaço Cultural da Paróquia de São Sebastião, e outra parte no Parque Municipal de Eventos onde acontece os Rodeios, Torneios de Futebol, instalações de parques infantis etc.
A procissão na tarde desta sexta 20, milhares de fiéis incluindo visitantes da cidade de Cobija, percorreram as ruas do centro de Epitaciolândia para celebrar a data e honrar seus votos feitos ao santo padroeiro.
Paróquia de São Sebastião em Epitaciolândia promove uma extensa programação para celebrar o dia do seu padroeiro.
Cidade d eXapuri também mantém sua tradição reunindo milhares de fieis durante sua programação e procissão.
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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.














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