Extra
Familiares denunciam sequestro de brasileiro por policiais bolivianos na fronteira do Acre
Alexandre Lima
Familiares do acreano Sebastião Nogueira do Nascimento (33), estão tentando descobrir desde a noite deste sábado, dia 11, o motivo pelo qual policiais bolivianos ligados à Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC), foram até a casa localizada no lado brasileiro durante a noite, e o levaram por volta das 21h40.
O caso foi presenciado pelo pai de Sebastião, senhor Lau Chaves do Nascimento (72), que conta do susto que levou. “Nos estávamos deitados quando eles chegaram e bateram na porta e quando abri, eles foram entrando e foram logo para o quarto do meu filho que estava deitado. Não falaram e não apresentaram nada e foram logo algemando e quando tentei fazer alguma coisa, eles me agrediram ferindo minha mão e deram dois tiros”, conta.

Cápsulas de calibre 9 milímetros e .40 encontradas na casa após os policiais irem embora e furo na cobertura.
Depois que invadiram a casa do Seu Leu, conta ainda que essa não seria a primeira vez em que teriam ido até o Bairro. “Não é a primeira vez que isso acontece por aqui. Aqui está cheio de boliviano morando. Toda hora é policial andando armado por aqui atrás de alguém”, denuncia uma moradora que pediu para não ser identificada por medo de represália.
O bairro onde fica localizada a casa, é o José Hassem, que faz a divisa com os dois países pelo Igarapé Bahia e não tem qualquer meio que impeça qualquer pessoa de entrar e sair sem ser incomodado, que ajuda o tráfico de drogas e faz imperar a lei do silêncio.
Cerca de 32 horas após levarem o brasileiro, a equipe de imprensa conseguiu registrar a chegada de Sebastiao no prédio da FELCC, após ter sido levado para interrogatório em outro lugar. O mesmo ainda estava com a mesma roupa e estaria numa sala onde sequer dá para deitar.
Nem mesmo com a chegada de um advogado, senhor Herbam Ricardo E. Rivero, se pode saber o motivo pelo qual Sebastião foi preso e levado para o lado boliviano. Em conversa com um agente federal na delegacia em Epitaciolândia, a PF sequer foi avisada do caso.
De primeira vista, os policiais (se for), cometeram ao menos, três violações; invasão e realização de operação em território estrangeiro, porte ilegal de armas e sequestro de pessoas. O que deveriam ter feito, caso exista, terem entregado o inquérito policial às autoridades do Brasil, para em seguida, um juiz determinasse que o brasileiro fosse preso e respondesse em seu país.
Foi mostrado pelos familiares, um documento onde mostra que Sebastião não possui antecedente criminal no lado brasileiro. Já do lado boliviano, até o momento nada foi divulgado para que levasse a Justiça mandar prender o brasileiro.
As autoridades da FELCC foram procuradas, mas, somente por volta das 16 horas poderiam receber a imprensa e até mesmo o advogado. Nenhum policial pôde informar o motivo pelo qual Sebastião foi preso pelos agentes da corporação em solo estrangeiro.
O caso foi registrado na delegacia de Epitaciolândia e seria comunicado na PF e Consulado Boliviano no Brasil. “Meu filho está sendo acusado de algo que não sabemos. Quero respostas deles. Sebastião está sendo maltratado e sequer retiram as algemas deles para comer dentro de uma pequena sala. Estou sem dormir direito desde sábado quando fui avisada na colônia do ocorrido”, disse Dona Francisca Nogueira da Silva (60).
Segundo foi informado pelos familiares, estão receosos de que Sebastião seja julgado e condenado sumariamente como o caso de Ítalo, e seja enviado para o presídio de San Pedro de Chanchocoro, na região de La Paz, considerado o terror para os condenados na Bolívia.
Foi informado pelos familiares que, caso as autoridades não tomem providencias sobre o caso, irão se organizar para fechar pontes na fronteira como forma de denunciar as truculências da policia boliviana no lado brasileiro, sem que ninguém tome providencias e este não seria o primeiro caso registrado.
Comentários
Extra
Polícia apreende pistola da Polícia Boliviana e prende suspeitos em Epitaciolândia
Arma calibre 9mm furtada em Cobija foi trazida ilegalmente para o Brasil e revendida; envolvidos foram identificados e apresentados à Justiça
A Polícia Civil, por meio da equipe de investigação da Delegacia Geral de Epitaciolândia, apreendeu na manhã desta quinta-feira (18) uma pistola calibre 9mm furtada em território boliviano. Segundo as autoridades, a arma pertence à Polícia Nacional da Bolívia e havia sido subtraída na cidade de Cobija, sendo posteriormente levada para o Brasil.
De acordo com as investigações, o furto foi cometido por um cidadão brasileiro, que atravessou a fronteira com o armamento e o revendeu a um terceiro. O homem detido em Epitaciolândia foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Em depoimento, ele afirmou ter adquirido a pistola na própria cidade pelo valor de R$ 7 mil.
A ação policial também possibilitou a identificação de outros envolvidos tanto no furto quanto na receptação da arma, revelando a existência de uma rota de circulação ilegal de armamentos na região de fronteira. Os suspeitos foram apresentados à Justiça e submetidos à audiência de custódia, permanecendo à disposição do Poder Judiciário.
As forças de segurança destacaram que a apreensão reforça o trabalho integrado e contínuo no combate aos crimes transfronteiriços, especialmente aqueles relacionados ao tráfico e à circulação ilegal de armas de fogo na fronteira entre Brasil e Bolívia.
Comentários
Extra
Policial Civil “NEGÃO DA CIVIL” é condenado por vazamento a facções criminosas e crimes sexuais no Acre
Em uma decisão histórica para a segurança pública da fronteira, o Poder Judiciário do Estado do Acre decretou a perda do cargo público do agente de polícia civil Jaelson dos Santos Silva (foto), conhecido como “Mima”. A sentença, assinada pelo juiz Guilherme Muniz de Freitas Miotto em 16 de dezembro de 2025, condena o agora ex-policial por traição à instituição e por se valer do cargo para cometer crimes sexuais contra uma adolescente.
Traição funcional e colapso da segurança
A investigação revelou que, em novembro de 2022, Jaelson utilizou seu acesso privilegiado a sistemas de informação da Delegacia de Assis Brasil para beneficiar a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Ao visualizar um relatório sigiloso contendo fotos de armas e denúncias contra faccionados, o réu — sem qualquer ordem de missão — dirigiu-se à residência de familiares dos investigados para alertá-los sobre a ação policial.
O impacto dessa “entrega” de informações foi devastador: as vítimas da denúncia, uma mãe e sua filha, passaram a sofrer ameaças de morte, tiveram pertences roubados e foram expulsas de seu domicílio por membros da facção. O magistrado destacou que a conduta de Jaelson “frustrou a operação policial e abalou severamente a credibilidade da Polícia Civil”.
O Predador disfarçado de protetor
O caso ganha contornos ainda mais graves no âmbito pessoal. Aproveitando-se do caos gerado pela expulsão da família das vítimas — crise que ele próprio ajudou a causar — Jaelson ofereceu uma falsa “proteção policial” a uma adolescente de 16 anos.
Segundo os autos, o réu levou a menor para sua residência, onde praticou atos libidinosos contra a jovem por quatro vezes. A sentença sublinha que Jaelson agiu com “abuso de poder e violação de dever inerente ao cargo”, utilizando a vulnerabilidade de uma vítima que via nele a última esperança de segurança.
A condenação e a perda do distintivo
Somadas as penas pelos crimes de divulgação de segredo funcional e importunação sexual em continuidade delitiva, o réu foi sentenciado a:
- 3 anos, 7 meses e 22 dias de reclusão pelo crime sexual;
- 2 anos e 15 dias de detenção pelo vazamento de dados;
- Perda imediata e definitiva do cargo de Agente de Polícia Civil.
O juiz fixou o regime semiaberto para o início do cumprimento da pena, citando a reincidência específica do réu, que já possuía condenação anterior por crime sexual dentro da delegacia local. Contudo, foi permitido que ele recorra da sentença em liberdade.
Horizonte sombrio em 2026: Júri Popular por tentativa de homicídio
Embora a sentença recente encerre um capítulo importante, o histórico de Jaelson dos Santos Silva ainda enfrentará o crivo final da justiça no próximo ano. Para 2026, está previsto o julgamento de um processo de tentativa de homicídio ocorrido durante uma briga de trânsito em seu dia de folga.
Neste caso específico, o ex-policial é acusado de perseguir e atentar contra a vida de um cidadão após um incidente de trânsito. Consta na denúncia que Jaelson agrediu a vítima de forma violenta enquanto esta estava inconsciente no chão após uma queda de motocicleta.
Vale ressaltar que, embora tenha recebido medidas cautelares restritivas em 2023 — como o afastamento do cargo e a entrega da arma —, tais medidas foram posteriormente revogadas antes do julgamento final. Contudo, a nova sentença proferida nesta semana impõe agora a sanção definitiva de exclusão dos quadros da Polícia Civil, encerrando sua trajetória na instituição sob graves condenações de abuso de poder.
Matéria baseada nos Autos n.º 0004147-62.2023.8.01.0001 da Vara Única Criminal de Assis Brasil.
Comentários
Extra
Prefeito Jerry Correia viabiliza retorno do empréstimo consignado junto à Caixa Econômica Federal
A Prefeitura de Assis Brasil comemora uma importante conquista para os servidores municipais. Por meio de articulação e trabalho contínuo, o prefeito Jerry Correia viabilizou o retorno do empréstimo consignado junto à Caixa Econômica Federal, ampliando as opções de crédito com taxas de juros mais baixas.
Em gestões anteriores, o município havia perdido o contrato de consignação com a Caixa devido ao não repasse de valores que já eram descontados dos servidores, o que gerou uma dívida significativa e impediu Assis Brasil de operar essa modalidade de crédito por um longo período. Desde que assumiu a administração, o prefeito Jerry Correia vem dialogando e buscando soluções para regularizar a situação e restabelecer a confiança institucional.
Com o retorno do convênio, os servidores da Prefeitura de Assis Brasil passam a contar novamente com a Caixa Econômica Federal, somando-se às opções já disponíveis, como o Banco do Brasil, garantindo mais concorrência, melhores condições e juros reduzidos.
Microcrédito rural para fortalecer a produção local
Durante visita à Caixa Econômica Federal, o prefeito também tratou da implantação do Microcrédito Rural, que será levado a Assis Brasil nesta terça-feira, com foco no fortalecimento dos produtores rurais do município.
A iniciativa representa um avanço significativo para a economia local, facilitando o acesso ao crédito, incentivando a produção rural e promovendo desenvolvimento com responsabilidade e inclusão.
A gestão do prefeito Jerry Correia segue comprometida em recuperar parcerias, garantir direitos aos servidores e criar oportunidades para a população de Assis Brasil.
















Você precisa fazer login para comentar.