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Falso médico é preso em Manaus após atender crianças e assumir plantões em hospitais públicos e privados
Estudante de educação física se passava por ortopedista, pediatra e clínico geral; ele já havia sido preso por falsificar identidade militar.

A Polícia Civil do Amazonas prendeu, nesta terça-feira (29), em Manaus, Gabriel Ketzel da Silva, estudante de educação física suspeito de exercer ilegalmente a medicina em hospitais públicos, clínicas particulares e instituições que prestam atendimento gratuito a crianças em situação de vulnerabilidade. Mesmo sem formação na área, ele se apresentava como ortopedista, pediatra e clínico geral.
De acordo com as investigações, Gabriel atuava há pelo menos dois anos, inclusive como voluntário em uma fundação que oferecia serviços médicos à população. Em um dos episódios mais graves, ele atendeu uma menina de 7 anos no Hospital e Pronto-Socorro da Criança, na Zona Oeste da capital, utilizando o nome de um médico verdadeiro no prontuário — fato confirmado por imagens de câmeras de segurança.
As autoridades apontam ainda que Gabriel fazia parte de um esquema em que médicos formados o pagavam para cobrir seus plantões. Um dos investigados é o médico Israelson Taveira, cujo nome aparece nas apurações como possível cúmplice nas fraudes.
Na casa do suspeito, a polícia apreendeu diversos materiais utilizados na atuação ilegal: crachás falsificados de médico, uniformes usados em plantões, carimbos com nomes de terceiros, uma arma falsa e até um distintivo das Forças Armadas. Em 2020, Gabriel já havia sido preso por se passar por tenente do Exército.
Ele deverá responder pelos crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estelionato contra vulnerável, falsidade de atestado médico e falsa identidade. O caso está sob responsabilidade do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde Gabriel Ketzel prestará depoimento.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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