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EUA: Café sobe 40%, roubo de cargas cresce e setor ganha guia anti-ladrão

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Preço ao consumidor atingiu recorde histórico de US$ 8,872 a libra em agosto e Associação Nacional do Café distribui guia para empresas

EUA são líderes mundiais no consumo de café, mas a produção local praticamente não existe • Valter Campanato/Agência Brasil

Sean McLain é gerente de vendas de uma importadora de café no Colorado, nos Estados Unidos. Há alguns meses, o executivo ficou famoso na indústria cafeeira americana por ter ido à internet para alertar concorrentes sobre o roubo de cargas.

“Um caminhão nosso cheio de café foi roubado e quero compartilhar minha história para que você possa aprender com ela e proteger suas operações”, escreveu no site da empresa Desert Sun Coffee, ao detalhar o passo a passo dos ladrões.

O caso não é isolado.

Em março, a Associação Nacional do Café (NCA, na sigla em inglês) discutiu os roubos de caminhões na conferência anual do setor em Houston, no Texas. O setor cita “dezenas” de roubos nos últimos meses – algo inédito no país.

A empresa de gestão de risco logístico Overhaul estima que os roubos de carga de alimentos e bebidas cresceram 41% em um ano, sendo lideradas pelo café e bebidas energéticas. Um caminhão com 20 toneladas de café tem carga estimada em mais de US$ 180 mil – ou cerca de R$ 1 milhão.

Os EUA são líderes mundiais no consumo de café, mas a produção local praticamente não existe. Por isso, precisam importar quase 100% de tudo o que enche as xícaras e canecas.

O processo é quase sempre o mesmo: um navio vem dos grandes produtores – como Brasil, Colômbia ou Vietnã, descarrega em um porto e, então, caminhões levam os grãos a todo o país. É aí que ocorrem os roubos.

Esse fenômeno parece ter ganhado ainda mais força com a disparada dos preços em meio ao tarifaço de Donald Trump. A guerra comercial torna a carga ainda mais valiosa – um verdadeiro ouro negro em grãos.

Dados do Departamento de Estatísticas dos EUA mostram que o preço médio do café torrado e moído no varejo atingiu o recorde de US$ 8,872 a libra (453,6 gramas) em agosto.

Só no mês passado, o preço médio subiu 5,4% na comparação com julho. Em 12 meses, a disparada alcança 40,6%.

Com esse pano de fundo, a Associação Nacional do Café enviou na semana passada a cartilha “Combatendo a fraude e o roubo de café” aos quase 300 associados – que vão desde gigantes como Nestlé e Starbucks a pequenos torrefadores.

O documento de oito páginas tem dicas de várias naturezas. Entre as recomendações, estão protocolos para escolher empresas lícitas e que ofereçam ferramentas de segurança, como frota monitorada por satélite.

A NCA também sugere fortemente que “em nenhuma circunstância as cargas deverão ser desviadas” do caminho programado entre o vendedor e comprador. Indica ainda o uso de “lacres mais espessos, embora mais caros, são mais difíceis de violar ou romper e podem diminuir a atratividade” da carga.

“Não espere que o desastre aconteça. Tome medidas agora, reavaliando seus contratos, revisando seu seguro e mantendo-se vigilante”, resume Sean McLain, o executivo que ficou famoso pelo roubo da carga.

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Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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PF prende filho do “careca do INSS” em nova fase de operação contra fraudes

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Foto: reprodução/TV SENADO

A PF (Polícia Federal) prendeu, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,  em mais uma fase da operação Sem Desconto, que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os alvos da operação também está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações da PF ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

 

Fonte: CNN

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MP do Amapá aciona Estado e parceiros por danos a pacientes em mutirão de catarata

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Ação civil pública pede indenização de ao menos R$ 9 milhões e pensão vitalícia a vítimas que perderam a visão após surto de infecção

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ajuizou uma Ação Civil Pública para responsabilizar o Estado do Amapá, o Centro de Promoção Humana Frei Daniel Saramate (Capuchinhos) e a empresa Saúde Link pelos danos causados a pacientes durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado em 2023. A ação requer indenização por danos morais e materiais coletivos, além do pagamento de pensão vitalícia aos pacientes que tiveram perda total da visão.

Ao todo, 141 pessoas foram afetadas por um surto de endoftalmite após os procedimentos. Destas, 17 perderam completamente a visão e dezenas sofreram sequelas graves à saúde. O mutirão ocorreu no Centro de Promoção Humana – Capuchinhos, dentro de um programa socioassistencial do governo estadual.

De acordo com o MP-AP, inspeções realizadas pela Vigilância em Saúde identificaram condições higiênico-sanitárias inadequadas, falhas no controle de infecção e riscos à segurança dos pacientes. Um relatório do EpiSUS-Avançado concluiu que o episódio foi resultado de uma falha sistêmica e evitável, apontando negligência e imprudência por parte dos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina também havia emitido alertas prévios sobre os riscos existentes nas instalações.

Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, o MP-AP pede o reconhecimento da responsabilidade civil solidária dos envolvidos, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 9 milhões e a concessão de pensão vitalícia às vítimas que perderam totalmente a visão.

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