Acre
Estudantes lamentam fechamento de única biblioteca pública que estava funcionando em Rio Branco: ‘Me sinto injustiçado’
A capital acreana está sem bibliotecas públicas abertas a menos de um mês do Enem. Mesmo com o governo informando o fechamento do local por meio de nota no site oficial na segunda-feira (17), muitos disseram que não sabiam.
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Biblioteca Pública está fechada por tempo indeterminado — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Muitos estudantes que foram até a Biblioteca Estadual Adonay Barbosa, que fica no Centro de Rio Branco, se depararam com as portas fechadas nessa terça-feira (18). Mesmo com o governo informando o fechamento do local por meio de nota no site oficial na segunda-feira (17), muitos disseram que não sabiam.
A Fundação Elias Mansour (FEM) informou que o local deve ficar fechado devido a problemas de ordem técnica, mas não detalhou quais são os problemas especificamente. O local é ponto de encontro de estudantes, amantes da leitura e muito utilizado para pesquisas e o único nesse formato que ainda estava aberto, já que a Biblioteca da Floresta está fechada desde 2019. Ou seja, a capital acreana está sem bibliotecas públicas abertas a menos de um mês do Enem.
Na terça, Igor Caleb Cordeiro, que vai ao local todos os dias foi pego de surpresa. “Não deixaram nenhuma informação falando que estava fechada, porque semana passada eu tava conseguindo entrar tranquilo. Me sinto injustiçado, porque poderia estar lá dentro, lendo um livro e me divertindo”, disse.
A Camile Souza, que vai fazer o Enem nos dias 13 e 20 deste ano, diz que os prejuízos são grandes para quem depende da biblioteca. Na reta final de preparação, ela se sente prejudicada, já que a biblioteca era onde ela conseguia boa parte dos materiais para estudar.
“Não avisaram nada e isso afeta não só a mim, mas outros estudantes que às vezes precisam vir ler um livro que não tem em casa ou porque não tem acesso à internet”, reclama.
Além de auxiliar na alfabetização, a biblioteca, inaugurada em 1979, funciona como espaço para construção de conhecimento, disponibilizando os recursos necessários para a pesquisa e o descobrimento de novas ideias, realidades, culturas e perspectivas.
Mesmo assim, as duas bibliotecas públicas da capital acreana estão fechadas e sem previsão para reabertura.
“Só tinha essa biblioteca, tem gente que não tem como comprar um livro caríssimo ou simplesmente mora em uma zona rural e não tem acesso a internet”, desabafa.
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Biblioteca Pública em Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
A biblioteca foi inaugurada em 1979 e, em 2008, precisou passar por uma reforma. Em dezembro de 2108 a antiga equipe do governo informou que o espaço ia ser fechado para ser modernizado, adaptado e ampliado e com acessibilidade. A obra tinha prazo para durar quatro meses e estava avaliada em R$ 740 mil.
Um mês depois do anúncio da reforma, a biblioteca continuava fechada e não havia uma data prevista para iniciar a reforma. O espaço chegou a ficar dez meses fechado e foi reinaugurado no dia 15 de outubro de 2019.
A biblioteca ficou mais de um ano fechada devido à pandemia de Covid-19 e foi reaberta no dia 8 de setembro de 2021.
Uma nota, assinada chefe da Divisão de Livro Leitura e Literatura da FEM e coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Acre, Cláudia Valéria Martins Jorge, informa oficialmente o fechamento do espaço.
Colaborou Consuela Conzalez, da Rede Amazônica Acre
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Acre
Operação do Ibama em Brasiléia combate venda de animais silvestres pela internet e aplica multas de R$ 430 mil
Ação “Feira Virtual”, em Brasileia, identificou grupos que usavam redes sociais para caça e comércio ilegal de fauna amazônica. Equipamentos como câmera trap na Reserva Chico Mendes foram apreendidos

De acordo com o órgão, investigações conduzidas por meio de monitoramento online permitiram identificar grupos e perfis dedicados à caça, maus-tratos e venda de animais silvestres. Foto: ilustrativa
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) aplicou multas superiores a R$ 430 mil durante a Operação Feira Virtual, realizada em Brasileia, no Acre. A iniciativa, parte do Plano Nacional de Proteção Ambiental (Pnapa/2025), combateu crimes contra a fauna amazônica divulgados em plataformas digitais.
De acordo com o órgão, investigações por meio de monitoramento online identificaram grupos e perfis dedicados à caça, maus-tratos e venda de animais silvestres. Durante as diligências, foram apreendidos registros audiovisuais, equipamentos e materiais usados para documentar e promover as atividades ilegais. Uma câmera trap instalada irregularmente dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes foi destacada entre os itens recolhidos.

Nas diligências, os agentes recolheram registros audiovisuais, equipamentos e materiais usados para documentar e promover essas atividades ilícitas. Foto: ilustrativa
Com base nas evidências, equipes do Ibama e da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, coletando provas físicas e digitais que fundamentaram as sanções aplicadas.
As penalidades aplicadas estão relacionadas à captura e abate de espécies sem permissão, maus-tratos, uso comercial indevido de imagens de animais e exploração irregular de áreas protegidas. Foram identificadas ocorrências envolvendo espécies como paca, tatu, cateto, cutia, jacaré-açu e diversas aves nativas, muitas delas mantidas em cativeiro ou abatidas de forma clandestina.
Além das autuações, o instituto promoveu atividades de conscientização ambiental, reforçando junto à população local os riscos do tráfico e da caça predatória para os ecossistemas amazônicos e destacando as consequências legais dessas práticas.

Com base nas evidências coletadas, equipes do Ibama, em conjunto com a Polícia Federal, realizaram inspeções e apreensões em diferentes endereços ligados aos suspeitos. Foto: captada
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Acre
Acre é o segundo estado com melhor atuação do sistema de Justiça Criminal

O Acre conquistou a segunda colocação no ranking dos estados com melhor atuação do sistema de Justiça Criminal no Brasil, segundo levantamento divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) na quinta-feira (06). O indicador mede a proporção da população prisional acusada de homicídio em relação ao número de homicídios registrados no estado, quanto maior a porcentagem, mais eficiente é considerada a atuação do sistema de justiça na responsabilização dos crimes.
De acordo com o estudo, o Acre apresenta 9,04% da população prisional acusada de homicídio em comparação com o total de mortes violentas intencionais (MVIs), ficando atrás apenas do Distrito Federal, líder do ranking nacional. O índice coloca o estado à frente de todas as demais unidades da Região Norte e o destaca entre os cinco primeiros do país.
A análise foi elaborada a partir de dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen/Infopen) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), utilizados pelo CLP no Ranking de Competitividade dos Estados 2025. O cálculo considera tanto homicídios dolosos e culposos quanto mortes decorrentes de intervenção policial, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
Segundo o CLP, a metodologia multiplica a população prisional pela participação dos crimes de homicídio no total de infrações registradas, e depois divide o resultado pelo número total de mortes violentas intencionais em cada estado. O objetivo é medir a capacidade do sistema de justiça em responsabilizar autores de crimes graves e, assim, contribuir para a redução da impunidade.
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Acre
Rio Acre segue em baixa e permanece longe da cota de alerta, informa Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/arquivo ac24horas
O nível do Rio Acre em Rio Branco registrou nova queda nesta sexta-feira (07). De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal, às 5h16, o rio marcou 2,26 metros, apresentando leve recuo em relação à medição anterior.
Nas últimas 24 horas, não houve registro de chuva, o acumulado foi de 0,00 mm. A situação segue sob controle e distante das cotas de alerta e transbordamento, fixadas em 13,50 metros e 14,00 metros, respectivamente.

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