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Brasil

Estudantes do Acre encaram nova realidade com a proibição de celulares durante as aulas

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Rede particular de ensino de Rio Branco iniciou o ano letivo de 2025 adotando a lei que proíbe o uso dos smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos, em todas as etapas da educação básica, com algumas exceções.

Estudantes se adaptam sem o uso do celular dentro da sala de aula — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

As alunas Nicole Caetano e Giovanna Moncada tiveram uma surpresa ao chegar na sala de aula este ano. A classe foi informada de que o uso do celular está proibido durante as aulas. Com o ano letivo de 2025 iniciado, as escolas particulares da capital começam também a aderir as determinações da Lei Federal nº 15.100.

Sancionada pelo presidente Lula em 15 de janeiro, a lei que estabelece essa proibição abrange todas as turmas de educação básica (ou seja, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). A lei também determina que cada uma das redes de ensino e escolas, públicas e privadas, devem definir suas próprias estratégias de implementação.

Celulares ficam guardados em um espaço reservado pela escola. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A legislação surgiu como uma resposta a crescente preocupação de pais, especialistas e a população em geral sobre o uso desses aparelhos nas escolas por conta de possíveis impactos negativos no aprendizado, na concentração e na saúde mental do ser humano.

Na escola onde Nicole e Giovanna estudam, por exemplo, foram espalhadas placas por todos os corredores do prédio orientando os estudantes sobre a lei. A instituição fez ainda uma espécie de área de depósito para que os alunos deixem os aparelhos no local.

“No início a gente achou uma mudança bem drástica porque a gente já estava acostumada a andar o tempo todo com o celular. Mas, aqui na escola quando começou, a gente se viu mais produtivo. Então, ao invés de a gente ter o celular ali como ajuda, a gente foi, de certa forma, obrigada a anotar, a pesquisar mais por conta própria”, disse a estudante Nicole Caetano

De um modo geral, agora o uso do celular é proibido, com apenas algumas exceções. As amigas reconhecem que no início foi difícil aceitar e entender a restrição, mas depois observaram que, até agora, trouxe benefícios.

Além das mudanças nas interações e relacionamentos, houve também a mudança na metodologia de trabalho. Antes, alguns exercícios eram enviados pelos celulares. Agora os alunos precisam anotar tudo.

Mudança de rotina

A lei, inclusive, modificou a rotina dos professores. Antes, os docentes mandavam listas com questões e exercícios para resolução na sala por aplicativos de mensagens. “Então, a questão da adaptação ainda está sendo um pouco difícil, mas já vejo muita mudança, de fato. Aumentou muito a nossa produtividade e a gente debate entre a gente”, contou Giovanna Moncada.

O diretor da instituição, Tony de Luca, informou que a mudança é um processo de aprendizado. Mas os alunos já estão se adequando a essa nova rotina. “Aqui na escola não retemos os aparelhos, temos um recurso para guardar o celular. Quando o aluno chega na escola já é orientado para que desligue o telefone e, na sala, deposite no dispositivo que criamos para ficar armazenado, mas fica em sala”, explicou.

A proibição dos aparelhos celulares não ocorre em todas as aulas. Em casos que são necessárias pesquisas e extensão dos estudos, a utilização é permitida. Os professores confirmam que os alunos acharam estranho no início, mas com poucos dias de mudança, até a forma de interação melhorou.

A coordenadora pedagógica Priscila Melo destacou que os alunos estão sugerindo opções de entretenimento para passar o tempo durante os intervalos e e reinventando a cada novo momento. Eles têm me surpreendido porque, apesar de serem dependentes de certa forma do aparelho, também estão contribuindo com um leque de opções. Tenho um aluno que está pintando, outro trouxe algumas cartas, estão interagindo de outras formas sem usar o recurso digital”, celebrou.

Rede pública

Na rede pública, as aulas só retornam na próxima segunda-feira (10). Mas a Secretaria de Educação (SEE) já preparou as escolas para essas mudanças e deve emitir uma instrução normativa orientando sobre as regras do uso dos aparelhos.

Os alunos serão proibidos de utilizarem o celular dentro de sala. As regras valem para todas as unidades de ensino e quem descumprir será advertido. O secretário de Educação, Aberson Carvalho, afirmou que a orientação repassada é que o professor do primeiro horário já oriente os alunos a desligarem os aparelhos e guardarem na mochila.

“Se tocar ou receber mensagem, algum barulho sonoro, o professor tem a orientação de levar para a direção da escola para o aluno ser advertido e se isso ocorrer de forma rotineira, esse aluno pode até ser suspenso. Essa proibição ocorrerá no horário aula, ou seja, quando o aluno entra na escola, na sala de aula, até o final do seu horário aula. No intervalo também será suspensa a utilização”, pontuou.

A psicóloga Letícia Rodrigues alerta que a utilização exacerbada do uso de celular impacta de forma negativa no cérebro, visto que muito tempo nas redes sociais, que tem com o entretenimento vídeos curtos de 15 a 30 segundos, por exemplo, faz com que o jovem tenha dificuldade de manter a concentração durante muito tempo.

“Na verdade, não só os jovens, todo ser humano. Até porque isso ativa a área do cérebro, que é a área de motivação, fazendo com que a pessoa tenha uma dificuldade de se manter concentrada em determinadas tarefas”, ressaltou.

Escola espalhou placas e cartazes com orientações para alunos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O que prevê a nova lei

A lei sancionada pelo presidente Lula (PT) proíbe o uso dos smartphones durante a aula, no recreio e nos intervalos entre os cursos, em todas as etapas da educação básica, com algumas exceções.

Os aparelhos podem ser acessados em situações de perigo, necessidade ou casos de força maior. Os celulares também são permitidos para:

  • garantir a acessibilidade;
  • garantir a inclusão;
  • atender às condições de saúde dos estudantes;
  • garantir os direitos fundamentais.

Além disso, nas salas de aula, o uso de celulares é autorizado “para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação”.

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Enchentes isolam comunidade boliviana na fronteira com município de Plácido de Castro; falta água e luz

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Rio Rapirran transborda e deixa Puerto Evo Morales sem acesso por terra, energia elétrica e água potável; situação é crítica

A Defesa Civil boliviana alerta que o nível do rio continua alto e que novas chuvas podem agravar a situação. Foto: captada 

A comunidade de Puerto Evo Morales, no município de Bella Flor (Pando, Bolívia), próximo à fronteira com Plácido de Castro (Acre, Brasil), enfrenta uma crise humanitária devido às fortes enchentes que atingiram a região.

O transbordamento do rio Rapirran deixou a localidade totalmente isolada, sem energia elétrica, água potável e acesso por terra a ambos os lados da fronteira. Moradores relatam dificuldades para obter alimentos e atendimento médico, enquanto autoridades buscam soluções emergenciais.

Com estradas alagadas e pontes interditadas, equipes de resgate tentam chegar à área com auxílio de barcos. Enquanto isso, famílias desabrigadas aguardam ajuda em abrigos improvisados.

A Defesa Civil boliviana alerta que o nível do rio continua alto e que novas chuvas podem agravar a situação. Do lado brasileiro, o governo do Acre monitora os impactos na região de fronteira.

Situação atual:

Isolamento total – As águas subiram a ponto de cortar as vias terrestres que ligam a comunidade tanto ao território boliviano quanto ao Brasil.
Falta de serviços básicos – Sem energia elétrica e distribuição de água, os moradores enfrentam dificuldades para armazenar alimentos e garantir condições mínimas de higiene.
Risco de desabastecimento – Com as estradas alagadas, o transporte de suprimentos está comprometido, aumentando o risco de falta de alimentos e medicamentos.

Impactos na população:
  • Famílias estão utilizando botes para se locomover dentro da comunidade.
  • Há relatos de casas alagadas e prejuízos a pequenos agricultores e comerciantes.
  • Autoridades locais ainda não confirmaram se há desabrigados, mas a situação é considerada grave.

Moradores relatam dificuldades para obter alimentos e atendimento médico, enquanto autoridades buscam soluções emergenciais. Foto: captada 

Próximos passos:

As prefeituras de Bella Flor (Bolívia) e Plácido de Castro (Brasil) estão em contato para avaliar medidas emergenciais. A Defesa Civil boliviana e equipes de resgate devem ser acionadas para:

Avaliar a necessidade de evacuação
Distribuir água potável e alimentos
Restabelecer o acesso assim que o nível do rio baixar

Enquanto isso, a população local aguarda ajuda humanitária. A situação deve se agravar caso as chuvas persistam na região.

Veja vídeo com a TVU Pando:

O transbordamento do rio Rapirran deixou a localidade totalmente isolada, sem energia elétrica, água potável e acesso por terra a ambos os lados da fronteira

Acompanhado do prefeito de Plácido de Castro, da época, e do prefeito de Bella Flor, e populares, Gladson caminhou do Centro da cidade até a nova ponte para descerrar a placa de inauguração em 2022. Foto: assessoria 

A integração social e comercial entre Plácido de Castro e o município de Bella Flor, na Bolívia, foi garantido com a entrega da ponte sobre o Rio Rapirrã, pelo governador Gladson Cameli, em 2022. Os 46 metros da ponte demandaram um investimento de quase R$ 1 milhão por parte do Governo do Acre, em parceria com a gestão do município boliviano de Bella Flor. Também todo o acesso à ponte do lado acreano foi pavimentado pelo Deracre.

Acompanhado do prefeito de Plácido de Castro, da época, e do prefeito de Bella Flor, Gary Von Boeck, e populares, Gladson caminhou do Centro da cidade até a nova ponte para descerrar a placa de inauguração. Havia um clima de união e confraternização entre as autoridades acreanas e bolivianas pela concretização de uma obra de grande importância para a região de fronteira que hoje passa por momentos difícil com a elevação do rio que corta os dois lados.

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Anvisa monitora lesões e inflamações após nova fórmula de creme dental da Colgate

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Órgão recebeu denúncias de 13 pessoas, que relataram sintomas após uso do produto

Pedro relatou ainda que o incômodo o impediu de se alimentar corretamente por quase uma semana, em função das dores e lesões na boca. Foto: Arquivo Pessoal e Colgate Divulgação

Jornal O Tempo/Simon Nascimento 

A mudança na fórmula de cremes dentais da Colgate tem gerado críticas de consumidores, que relataram reações alérgicas e inflamatórias após o uso do produto na higiene bucal. O problema foi registrado nas pastas da linha ‘Total 12’, que passaram a ser chamadas de ‘Proteção Ativa’. O caso é avaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na plataforma ReclameAqui, a empresa recebeu mais de mil queixas sobre alergias relacionadas ao uso. O processo de alteração na formulação dos cremes dentais foi realizado no final de 2024, com lançamento em novembro. À época, a Colgate afirmou que tratava-se da ‘melhor fórmula da história para prevenção de doenças bucais’. “A fórmula superior de Colgate Total, como nenhuma outra, destroi as bactérias e cria uma poderosa barreira de proteção por até 24 horas, e previne que elas voltem”, diz a empresa, em vídeo publicitário.

A principal alteração se deu na troca do fluoreto de sódio para o fluoreto de estanho. De acordo com a Anvisa, entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, foram oito notificações e 13 casos registrados. A agência classificou os registos como “eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca Colgate que, recentemente, passaram por mudanças em sua formulação”.

Os principais sintomas relatados incluem inchaço nas amígdalas, lábios e na mucosa oral, acompanhados de sensação de queimação, ardência e sensibilidade nas gengivas, presença de aftas e vermelhidão nos lábios. A advogada e influenciadora Luiza Guimarães foi uma das pessoas com problemas após o uso do creme dental. Ela notou ferimentos na boca, que só começaram a cessar quando deixou de usar o produto.

“E o pior é que você nunca vai imaginar que é uma pasta de dente que está te dando alergia, principalmente porque é uma que a gente sempre usa, usou a vida inteira”, disse ela, em storie publicado no perfil @ocasaldebh, nesta segunda-feira (24), para mais de 1 milhão de seguidores. “Quando eu ia escovar dente me dava até vontade de chorar e é a pasta de dente, pensa bem. Que absurdo!”, criticou a advogada ao mostrar feridas na língua e na gengiva.

Quem também passou por problemas foi o estudante Pedro Maciel, de 25 anos. Em janeiro, ele observou o surgimento de dezenas de aftas na gengiva, nos lábios, além de ferimentos na língua. “Eu nunca tive tantas aftas na boca, foram mais de 50, sem nenhum exagero, e várias ao mesmo tempo. Isso durou quase um mês, fui em quatro médicos e nenhum soube dar um diagnóstico, suspeitaram de estomatite e candidíase e me passaram remédios para tratar os sintomas”, contou ele que deixou de fazer o uso do creme dental.

Pedro relatou ainda que o incômodo o impediu de se alimentar corretamente por quase uma semana, em função das dores e lesões na boca. “Tudo que eu comia era gelado, um sorvete, açaí e até mesmo uma sopa eu não aguentava comer quente”, completou. Procurada, a Colgate confirmou que a nova fórmula da Colgate Total possui o fluoreto de estanho.

“Um ingrediente seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais em todo o mundo. A nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil, para proporcionar às pessoas uma excelente saúde bucal. Nossos produtos e seus ingredientes passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo. No entanto, uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes – como fluoreto de estanho, corantes ou sabores”, disse a empresa.

A Colgate recomendou que consumidores afetados com alguma reação devem interromper o uso para alívio dos sintomas. “Nossa equipe monitora atentamente esses tipos de relatos e acompanha cada situação individualmente. Para consumidores com dúvidas, contamos com um canal de atendimento por meio do 0800 703 7722”, reiterou a nota.

A reportagem também procurou o Conselho Federal de Odontologia (CFO) que, em nota, afirmou que não recebeu reclamações relacionadas ao uso do produto. “O CFO está aguardando informações da empresa fabricante para que possa se manifestar. O Conselho reforça o compromisso com a proteção integral da saúde bucal da população”, disse.

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Governador e prefeito de Rio Branco participam de inauguração do Pronto Atendimento 24h em clínica particular no Acre

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“Aperta o Peito”: durante visita, governador participa de aula de massagem cardíaca em campanha de saúde da unidade

Em cerimônia realizada nesta segunda-feira (24), o governador Gladson Cameli e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participaram da inauguração do Pronto Atendimento 24 horas da Clínica Silvestre Santé. O novo empreendimento privado visa complementar a rede de saúde da capital acreana, oferecendo atendimento emergencial à população.

Destaques da inauguração:

Aula prática de emergência: Cameli participou ativamente de uma demonstração de massagem cardíaca, parte da campanha “Aperta o Peito” criada pela clínica para conscientizar sobre primeiros socorros

Reconhecimento aos empreendedores: O governador elogiou os proprietários Carlos e Odilson, naturais de Brasileia:

“Dois acreanos que nos orgulham com sua coragem de investir, gerar empregos e melhorar nossa saúde. Contem com nosso apoio”

Infraestrutura ampliada: A nova unidade oferece:

  • Atendimento emergencial 24h
  • Equipe médica especializada
  • Exames complementares

Impacto regional:

A clínica particular surge como alternativa à rede pública, com potencial para:
✓ Desonerar o SUS local
✓ Gerar novos postos de trabalho
✓ Oferecer atendimento rápido

“Tive a honra de prestigiar a inauguração do Pronto Atendimento 24h da Clínica Silvestre Santé, uma nova opção de acesso à saúde no Acre”. disse o prefeito de Rio Branco, Bocalom
Durante a visita do governador Gladson o mesmo participou de uma aula de massagem cardíaca, um procedimento que pode salvar muitas vidas. Essa demonstração faz parte de uma campanha da clínica, chamada “Aperta o Peito”.
“Meus parabéns aos proprietários, Carlos e Odilson, dois acreanos de Brasileia, que nos orgulham. Parabéns pela coragem de empreender, ampliar a oferta de serviços de saúde e gerar mais empregos à população acreana. É Sucesso! Contem com o apoio do governo do Acre, um parceiro de quem empreende e acredita nesse estado” finalizou o governador.
A Silvestre Santé inicia suas atividades imediatamente, com planos de expansão para outras especialidades médicas nos próximos meses.

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