Acre
Estudantes de Medicina na Bolívia reclamam de descaso em universidade e cobram soluções do governo boliviano
Da redação, com ac24horas
Os universitários brasileiros que estudam medicina na Bolívia vão promover na segunda-feira (13) a partir das 9 horas (horário de Santa Cruz/ Bolívia) na Universidade Udabol um protesto que tem como objetivo de cobrar do governo boliviano, principalmente das administrações das universidades, uma explicação sobre demora em marcar o exame de grado e o tratamento que eles recebem dentro das universidades particulares.
A estudante da Udabol, Lidiane Borges, relata que os estudantes levam ate um ano para conseguir marcar o exame de grado (requisito) para obtenção da carteira de medico boliviano. Ela diz que os alunos precisam pagar um advogado para acelerar o processo.
“O curso de medicina tem algumas etapas, estudamos cinco anos de universidade, 1 ano de internato e 3 meses de província ( prestação de serviço ao governo), depois de cumprir todas essas etapas temos que fazer um exame de grado para poder finalizar o processo e por fim obter o diploma! O que acontece e que nessa ultima etapa, as universidades demoram 1 ano ou mais para poder marcar o exame de grado e se o estudante não paga um bom advogado para agilizar essa espera pode ser maior e isso e uma coisa que não deveria existir pois estamos com todos os requisitos em dia, todas as contas da faculdade pagas e mesmo assim isso vem acontecendo”, explica.
Além da demora, os brasileiros recebem tratamento diferenciado dos demais, muitos funcionários humilham e praticam até xenofobia. Longe do seu país de origem, os universitários ficam amedrontados.
“Várias universitários acreanos, paulistas, goianos, brasileiros, estão nessa situação. Buscamos a universidade atrás de informações sobre datas e o que está acontecendo e os mesmos nos tratam com descaso já estamos a 7 meses parados por conta da boa vontade da universidade! E o mais revoltante e que está saindo lista com nomes de alunos mas somente de nacionalidade boliviana para fazer o exame”, relata a estudante.
No ano passado o presidente da Bolívia, Evo Morales, garantiu que iria eliminar a burocracia na qualificação de novos profissionais em universidades, aumentar a entrega de títulos imediatamente após da defesa de tese, mas, a promessa não foi cumprida pelo presidente cocaleiro.
“Cego, surdo e mudo, assim fica também o governo brasileiro que esta ciente de que isso acontece aqui na Bolívia, mais infelizmente não faz nada”, conclui.
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Acre
TJAC mantém condenação de companhias aéreas por extravio de bagagem de jogador profissional
Decisão reconhece dano moral presumido e reafirma a responsabilidade solidária de empresas que operam voos em regime de codeshare pelo extravio temporário de bagagem
A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de companhias aéreas ao pagamento de indenização por danos morais a um jogador de futebol profissional que teve a bagagem extraviada temporariamente durante uma viagem com voos operados em regime de parceria, conhecido como codeshare.
De acordo com os autos, o passageiro adquiriu um único bilhete para trechos operados por empresas diferentes. No entanto, ao chegar ao destino final, sua bagagem — que continha instrumentos essenciais para o exercício da profissão — não foi entregue, sendo localizada apenas três dias depois. Em primeira instância, as companhias foram condenadas, de forma solidária, ao pagamento de R$ 5 mil a título de danos morais.
Ainda assim, uma das empresas recorreu alegando, entre outros pontos, a inexistência de responsabilidade solidária, a caracterização do episódio como mero aborrecimento e a desproporcionalidade do valor fixado. Os argumentos, porém, não foram acolhidos pelo colegiado.
Ao relatar o caso, o desembargador Júnior Alberto destacou que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o voto, a compra de passagem única para voos operados em codeshare cria uma cadeia de fornecimento, na qual todas as empresas envolvidas respondem solidariamente por falhas na prestação do serviço, independentemente de qual delas tenha operado o trecho em que ocorreu o problema.
O relator também ressaltou que o extravio temporário de bagagem contendo itens indispensáveis ao trabalho do passageiro ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Para o colegiado, a privação dos instrumentos profissionais por três dias gerou angústia e frustração suficientes para caracterizar dano moral presumido, nos termos do artigo 14 do CDC.
Quanto ao valor da indenização, a Câmara entendeu que o montante de R$ 5 mil é razoável e proporcional, levando em consideração a gravidade do dano, a capacidade econômica das empresas e a função pedagógica da condenação, estando em consonância com a jurisprudência adotada em casos semelhantes.
Com a decisão, o recurso de apelação foi negado e a sentença de primeiro grau mantida integralmente. A tese firmada pelo colegiado reforça o entendimento de que companhias aéreas que atuam em regime de parceria respondem solidariamente por falhas no serviço, como o extravio de bagagem, garantindo maior proteção aos direitos dos consumidores.
Apelação Cível n. 0707775-86.2021.8.01.0001
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Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco
Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes
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Acre
Rua da Baixada da Sobral é tomada pela água após forte chuva em Rio Branco

Foto: Instagram
A Rua 27 de Julho, no bairro Plácido de Castro, na região da Baixada da Sobral, ficou tomada pela água após a forte chuva que se iniciou na noite de terça-feira, 16, e segue até a manhã desta quarta-feira, 17.
O volume de água acumulado dificultou a circulação de veículos e pedestres na área e invadiu residências.
Um vídeo publicado pelo perfil Click Acre no Instagram mostra a rua completamente tomada pela água e os quintais das casas alagados.
De acordo com a Defesa Civil Municipal, nas últimas 24 horas já foram registrados 71,8 milímetros de chuva em Rio Branco. Para efeito de comparação, a cada hora tem chovido o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro.
Ainda segundo a Defesa Civil, o volume de precipitação já ultrapassou o esperado para todo o mês de dezembro até a data de hoje.


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