Cotidiano
Estados pretendem diminuir o intervalo entre doses das vacinas
São Paulo está entre as Unidades da Federação que não vai antecipar a aplicação da segunda injeção do imunizante
Alguns estados brasileiros e o Distrito Federal anunciaram que pretendem diminuir o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas contra a Covid-19. No DF, por exemplo, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, disse que o intervalo vai passar a ser de 60 dias entre as duas aplicações dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer/BioNTech.
Estados como Maranhão, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás também trabalham com a possibilidade de adiantar a segunda dose das vacinas. Entre os argumentos para a medida está o avanço da pandemia e a chegada da variante delta do novo coronavírus ao Brasil.
A situação levanta uma questão sobre o que seria melhor opção: aumentar o número de vacinados com imunização completa ou expandir a quantidade de pessoas vacinadas com a primeira dose.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou ao portal Brasil61.com que “acompanha a evolução das diferentes variantes do SARS-CoV-2 no território nacional e está atento à possibilidade de alterações no intervalo recomendado entre doses das vacinas Covid-19 em uso no Brasil”.
Ainda de acordo com a pasta “o tema foi discutido amplamente na Câmara Técnica Assessora em Imunizações, em reunião realizada no dia 2 de julho deste ano. O parecer foi a de manutenção deste intervalo”. O MS também pontuou que “vale reforçar a importância de completar o esquema vacinal da Covid-19 para que o caráter pandêmico da doença seja superado”.
O governo do estado de São Paulo resolveu não adiantar a segunda dose da vacina. De acordo com a coordenadoria geral do Plano Estadual de Imunização (PEI), após reuniões com grupo de especialistas, foi decidido que a antecipação não seria adotada. Segundo o governador João Doria, a Unidade da Federação vai manter a atualização do calendário anunciado no último domingo (11).
“Temos mais 1,3 milhão de doses que chegam até o dia 30 de julho. Com essas 4 milhões de doses da vacina prontas, vamos garantir o cumprimento desse novo cronograma de imunização em São Paulo. Daqui a 40 dias, todos os adultos que vivem em São Paulo e que podem ser vacinados, estarão com, pelo menos, uma dose da vacina no braço”, afirma.
Na avaliação da infectologista Ana Helena Germoglio, como o Brasil ainda não conta com a disponibilidade de doses suficientes para imunizar toda a população com as duas etapas, seria interessante que a primeira dose fosse amplamente distribuída, antes de antecipar a aplicação da segunda dose.
“Se, em outro cenário, tivéssemos o estoque de vacina suficiente para vacinar todo mundo com a primeira dose, seria plausível adiantarmos a segunda dose. Mas, como não temos, talvez seria mais interessante adiarmos essa segunda dose e vacinar mais pessoas com a primeira dose, para reduzir a mortalidade geral da população”, considera.
Recomendações da bula
Questionada pela reportagem do portal Brasil61.com sobre a intenção dos estados, a Anvisa respondeu que orienta o respeito ao esquema terapêutico e que a segunda dose seja aplicada no tempo adequado.
De acordo com a agência, o intervalo para a aplicação da segunda dose de uma vacina está definido na bula do produto, a partir dos estudos apresentados à Anvisa.
“No caso da vacina da AstraZeneca, a segunda injeção pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira. Já a segunda dose da Pfizer deve ser aplicada com um intervalo maior ou igual a 21 dias após a primeira”.
A Anvisa destacou ainda, que não foram apresentados estudos conclusivos sobre maior ou menor efetividade com intervalos diferentes daqueles avaliados pela Anvisa.
Verifique aqui as informações disponíveis nas bulas de cada vacina
Ainda segundo a agência, a definição de calendário e grupos prioritários dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI) é competência dos gestores e vai levar em consideração, além dos dados de bula, dados epidemiológicos e populacionais.
Fonte: Brasil 61
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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