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Estados gastaram com funcionalismo R$ 64 bilhões a mais do que calcularam em 2015
Dados da Secretaria do Tesouro Nacional, compilados pelo economista José Roberto Afonso, indicam que os entes subestimaram despesas no ano passado
Época
Uma das contrapartidas do projeto original da renegociação de dívida dos estados com a União, acertado em junho, era uma definição mais rigorosa de gastos com pessoal dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa rubrica responde por grande parte da despesa dos entes federativos, que se afundaram em dívidas nos últimos anos. No caso dos estados, a lei fixa um limite de gasto de 60% baseado na receita corrente líquida. Dentro de gasto com pessoal, estão contemplados os ativos (incluindo adicionais, gratificações horas extras e outras vantagens), inativos e pensionistas. Também estão incluídos terceirizados, quando substituem servidores públicos, e contribuições recolhidas às entidades de previdência. Apesar de ter definições claras, a LRF recebeu interpretações diversas.
Por isso, a contabilidade criativa de alguns Tribunais de Contas estaduais resultou em uma diferença de R$ 64 bilhões entre o apurado com gasto de pessoal pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e os próprios entes federativos. Os dados do governo federal apontam para R$ 318 bilhões em comparação com os R$ 254 bilhões dos estados, segundo dados compilados pelo economista José Roberto Afonso, da Fundação Getulio Vargas (FGV). O cálculo exclui os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul por falta de informações.
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O número menor levantado pelos estados ocorre devido a uma série de exceções que eles assumem em relação à LRF – desconsideradas no cálculo da Fazenda. Entre as mais comuns, está a retirada de gastos com inativos e pensionistas. Alguns entes alegam que eles são custeados por fundo previdenciário ou que a previdência é atribuição do Executivo. “Em geral, essa criatividade para sumir com inativos é mais observada no âmbito do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público (MP). Ironicamente, são os poderes que deveriam zelar pelo cumprimento da lei”, alerta Afonso. Entre os malabarismos contábeis também estão a contratação de pessoal fora do ente para a realização de uma tarefa típica do Estado, uso de consórcios públicos para omitir despesas, terceirizações indevidas e o aumento de indenizações concedidas de forma atípica. Outras práticas costumeiras são a exclusão do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) dos servidores e de diversos tipos de auxílios, como moradia, educação, paletó.
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Nos últimos anos, cada um dos 27 estados contabilizou os gastos com pessoal a sua maneira. Entre 2009 e 2015, a folha de pagamentos dos entes passou de R$ 240 bilhões para R$ 318 bilhões com um aumento real médio anual de 4,7%. A ideia do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa era endurecer a aplicação da LRF para pôr fim à gastança, que levou estados como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro a quebrar. A questão, considerada de extrema importância, foi deixada de lado. O atual comandante da Fazenda, Henrique Meirelles, optou por apresentar um projeto à parte, com regras uniformes para a LRF não só para os estados, mas também para a União e municípios. A ideia era também dar celeridade à aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) da renegociação da dívida com a União no Congresso. “Por se tratar de uma questão estrutural, e não conjuntural, foi prudente deixá-la para um segundo momento”, concorda Raul Velloso, especialista em contas públicas. Em 2015, segundo um estudo de Velloso, 21 estados comprometeram mais de 65% das receitas com pessoal e serviço da dívida. Na liderança, estão Rio de Janeiro (94%), Rio Grande do Sul (91,4%) e Minas Gerais (88,4%). No limite, os entes ficam sem dinheiro para pagar salários e fazer investimentos.
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A farra fiscal é possível graças a uma relação de “cumplicidade” entre os poderes. Para que suas contas não sejam reprovadas, os governadores não intervêm nos Tribunais de Contas, que fazem vistas grossas às irregularidades. Assim, também se poupam de um eventual processo de impeachment aberto pela Assembleia Legislativa. Afinal, ninguém quer seguir o exemplo da presidente afastada, Dilma Rousseff. Como os órgãos que, em tese, deveriam ser os guardiões fiscais da LRF são ocupados por indicados políticos, o acerto é simples. “Após 16 anos de vigência da LRF, aprendemos que é preciso mudar a estrutura e, sobretudo, a cultura dos órgãos de regulação. Não faltam regras, mas rigor em cumpri-las”, afirma a economista Selene Peres Nunes, que foi servidora da STN por 22 anos. Nesse período de vigência da LRF, nunca um governador foi punido por estourar limite de gastos.
![Entre 2009 e 2015, a folha de pagamentos dos estados passou de R$ 240 bilhões para R$ 318 bilhões (Foto: Thinkstock)](https://oaltoacre.com/wp-content/uploads/2016/08/thinkstockphotos-497410109topo.jpg)
Entre 2009 e 2015, a folha de pagamentos dos estados passou de R$ 240 bilhões para R$ 318 bilhões (Foto: Thinkstock)
“Como se pode fazer quando quem fiscaliza, denuncia, legisla e julga é quem toma a iniciativa de sumir com parte de sua folha salarial?”, diz Afonso. Entre as mudanças sugeridas pelo economista na LRF está a criação de um Conselho de Gestão Fiscal, órgão independente para explicitar problemas e universalizar regras. Para a União, ele diz que seria importante estabelecer um limite para o endividamento, hoje inexistente. “A lei precisa ser refundada e a austeridade deve ser cobrada de todos os governos – federal, todos os estaduais, todos os municipais”, avalia.
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A situação falimentar dos estados, com as finanças no fundo do poço, não impediu que eles continuassem contratando empréstimos, internos e externos, para aumentar salários de servidores. Se tivessem feito a lição de casa, os recursos teriam sido mais bem aproveitados se investidos em inovação e infraestrutura, por exemplo. No círculo vicioso da dívida, os governadores recorriam à União para equilibrar suas contas. Resultado: a dívida dos estados e do Distrito Federal com a união já ultrapassa os R$ 420 bilhões.
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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale
O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.
Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.
Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.
“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.
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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população
IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.
Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.
“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.
Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.
Violência psicológica
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.
O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).
“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.
Violência física
A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.
Violência sexual
Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.
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