Acre
Estado assina protocolo de intenções com o Banco da Amazônia para garantir desenvolvimento econômico no Acre
A governadora em exercício, Mailza, e o presidente do Banco da Amazônia (Basa), Valdecir Tose, realizaram a assinatura do protocolo de intenções entre o governo e a instituição financeira. O evento, que ocorreu no Palácio Rio Branco, na capital acreana, na manhã desta segunda-feira 13, marca o compromisso entre o Acre e o Banco da Amazônia em prol dos recursos provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
O FNO é um fundo do governo federal, que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento da Região Norte do país, e é administrado pelo Basa, que há mais de 30 anos atua nos sete estados da região.

O superintendente e o presidente do Basa (à esquerda), a governadora e o secretário de Planejamento (à direita). Foto: Marcos Vicentti/Secom
De acordo com o presidente Valdecir Tose, a atuação do Banco da Amazônia nas áreas de fomento ao agronegócio e ao produtor familiar é um dos compromissos firmados entre o banco e os estados.
“Estamos voltados para quem quer empreender. Àqueles que têm empresa, micronegócios ou aos produtores rurais que queiram fazer um investimento. Nós atendemos quem quer ampliar a produção, fazer o custeio da safra. Temos ampliado o acesso ao crédito. O Acre não aplicava todo o investimento do FNO, mas hoje é o contrário. O estado tem ampliado suas obras de infraestrutura e financiado os pequenos negócios. O fundo permite essa mobilidade por meio de suas linhas de crédito”, explicou.
Em 2023 o banco vai disponibilizar ao setor produtivo acreano o montante de mais de R$ 600 milhões, em que R$ 455 milhões são fruto do FNO, e R$ 150 milhões de carteira comercial, para aplicação em ações que se enquadrem nos programas de financiamento do Banco da Amazônia.

O protocolo é um importante passo para o desenvolvimento econômico no Acre. Foto: Marcos Vicentti/Secom
“O Basa é uma instituição muito forte e presente no nosso estado. O êxito que o banco teve suprindo a demanda de crédito da população é importante para nós, e o governo sempre vai se colocar à disposição para ampliar o crescimento dos setores que necessitam desses investimentos. Esses setores serão fortalecidos. Vamos buscar mais tratativas para consolidar o trabalho que já vinha sendo realizado pelo governador Gladson Cameli na gestão anterior”, frisou a governadora Mailza.
O banco realiza ações que impactam positivamente não só o pequeno, médio e grande produtor, mas também o meio ambiente. Por meio de políticas de governança, implementação do chamado crédito verde, que é voltado para projetos que não causam impacto nos biomas, e do fortalecimento da agricultura familiar, o Basa desenvolve as regiões mais desassistidas da Região Norte.

A parceria entre Banco da Amazônia e os estados da Região Norte fazem parte da política do governo federal para desenvolver economicamente a localidade. Foto: Marcos Vicentti/Secom
“A parceria entre o governo do Estado e o Banco da Amazônia tem sido fortalecida ano após ano. Isso prova a capacidade dos nossos produtores rurais, que conseguem captar recursos e transformá-los em uma boa safra, uma boa produção. Nosso objetivo é ofertar aos produtores e empresários o acesso ao crédito de forma fácil, além de gerar economia, emprego e renda dentro do Acre”, disse o secretário de Planejamento, Ricardo Brandão.
Participaram também da reunião o superintendente do Banco da Amazônia, José Luiz Cordeiro, e gerentes da instituição bancária, e a secretária adjunta estadual de Planejamento (Seplan), Kelly Lacerda.
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Fonte interativa da Praça Revolução é desativada para reforma

Imagem/ Reprodução Júnior Nascimento
Inaugurada em 5 de julho de 2024 pela prefeitura de Rio Branco, a fonte luminosa e interativa instalada na Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, está passando por reforma pouco mais de um ano depois de aberta ao público.
A estrutura, que se tornou atração turística e ponto de lazer para famílias, foi isolada por tapumes enquanto operários realizam trabalhos de restauração.
O local foi projetado com 50 bicos de água, iluminação de LED e sistema de som sincronizado, permitindo que o público interagisse e até tomasse banho durante as apresentações, conhecidas como “dança das águas”.
Imagens divulgadas nas redes sociais pelo internauta Júnior Nascimento mostram que, atualmente, o piso da fonte apresenta afundamento e rachaduras em vários pontos.
“Aquela fonte interativa que custou meio milhão de reais, enquanto já sofríamos com a falta de água na cidade. Será que esse recurso não teria mais utilidade se aplicado no saneamento básico ou no abastecimento de água?”, questionou o morador em vídeo publicado nas redes sociais.
Com investimento de R$ 400 mil, a fonte apresentou problemas desde os primeiros dias de funcionamento. Logo após a inauguração, foi registrado desnível na estrutura, que provocava desperdício de água em um período de crise hídrica na capital acreana.
Menos de um mês depois, a base precisou ser aberta para reparos emergenciais. Em julho de 2024, uma falha hidráulica subterrânea exigiu nova intervenção, e, em outubro do mesmo ano, apenas 10 dos 50 bicos de água funcionavam, com baixa pressão.
Imagem/ Reprodução Júnior Nascimento
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Brasileia tem nomes aprovados para Conferência Nacional das Mulheres

Foto: Secom/Brasileia
O município de Brasileia esteve representado nessa segunda (11), na 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, realizada em Rio Branco, com delegadas escolhidas na conferência municipal que ocorreu em junho.
O município contou com uma comitiva de cinco delegadas, dentre elas a gerente do Organismo de Política para as Mulheres, Edilania Braga, a representante do governo, Rosimari Ferreira e as representantes da Sociedade civil, Débora Rocha, Catarina Moreira e Laura André.
A conferência estadual teve como objetivo reunir representantes da sociedade civil, dos movimentos de mulheres e do poder público para avaliar, propor e fortalecer políticas públicas voltadas à promoção da igualdade de gênero, à garantia dos direitos das mulheres e ao enfrentamento de todas as formas de violência e discriminação, além de debater os desafios e avanços na implementação das políticas para as mulheres no estado.

Foram formuladas propostas para o plano estadual e nacional de políticas para as mulheres, bem como elaboradas propostas para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada em Brasília, no mês de setembro.
“Estar na 5ª Conferência Estadual e garantir que Brasileia tenha três representantes na etapa nacional é motivo de muito orgulho. Isso mostra que nosso município está comprometido com a defesa dos direitos das mulheres e com a construção de políticas públicas mais justas e efetivas. Vamos levar para Brasília a voz e as demandas das mulheres de Brasileia, com a certeza de que cada proposta é fruto de um trabalho coletivo e de muita luta”, destacou Edilânia Braga, gerente do Organismo de Política para as Mulheres.

Foto: Secom/Brasileia
Brasileia saiu fortalecida com a participação da delegação na conferência, pois terá três representantes na Conferência Nacional, Edilania Braga, Rosimari Ferreira e Catarina Moreira.
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Exportação de gado vivo do Acre dispara 85% em 2025, enquanto abate cresce apenas 11%
Dados do Idaf revelam sangria do rebanho para outros estados; comercialização entre proprietários diferentes teve salto de 146%, enquanto transferências caíram 32

Os números mostram que o percentual de crescimento de abate dos frigoríficos do Acre é muito menor do que o crescimento de saída de bovinos vivos. Foto: internet
O Acre vive um paradoxo em sua pecuária em 2025: enquanto a exportação de bovinos vivos para outros estados disparou 85% nos primeiros sete meses do ano, o abate local cresceu apenas 11%, segundo dados oficiais do Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) analisados pelo Fórum Empresarial de Desenvolvimento e Inovação.
O Fórum, mostra que continua alto o volume de saída de bovinos vivos do Acre para outros estados. Entre janeiro a julho de 2025, houve crescimento de 85% da saída de bovinos vivos do Acre, comparada ao mesmo período do ano passado. A análise de fluxo é assinada pelo professor Judson Valentim, pesquisador da Embrapa/AC.
Os dados do Idaf mostram que não houve nenhum mês de 2025 que tenha havido recuo na saída (comercialização + transferência) de bovinos vivos.
Veja a tabela:
Sangria do rebanho acreano
Os números revelam uma mudança preocupante no fluxo da pecuária:
183.379 cabeças foram comercializadas para outros estados entre janeiro e julho (aumento de 146% em relação a 2024)
25.738 animais foram transferidos para o mesmo proprietário em outros estados (queda de 32%)
88% do gado que saiu do Acre foi vendido para terceiros
“Os dados mostram uma migração acelerada do rebanho para outros estados, com os frigoríficos locais absorvendo apenas parte pequena desse crescimento”, explica o professor Judson Valentim, pesquisador da Embrapa/AC que assina a análise.
Abate local não acompanha ritmo
Enquanto o estado exporta mais animais vivos, os frigoríficos acreanos apresentaram desempenho modesto:
379.885 cabeças abatidas em 2025 (aumento de 11%)
Abril foi o único mês com queda no abate comparado a 2024
Impacto econômico e regulatório
O relatório destaca que as medidas da Sefaz no início do ano não inibiram o comércio interestadual, como demonstra o crescimento recorde das vendas. A disparidade entre os números de exportação e abate local levanta questões sobre:
Capacidade de processamento da indústria frigorífica acreana
Competitividade dos preços praticados nos outros estados
Estratégias para reter mais valor agregado no estado
Com a tendência de alta nas exportações, especialistas alertam para a necessidade de políticas que equilibrem a balança comercial e estimulem o abate local, garantindo maior retorno econômico para o Acre. Os próximos meses serão cruciais para avaliar se o estado conseguirá reter mais seu rebanho ou se continuará como exportador de matéria-prima pecuária.
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