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Esquema de R$ 5 milhões: prefeita de Guajará-Mirim é afastada novamente em operação da Polícia Civil

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O objetivo é desarticular organização criminosa envolvida na prática dos crimes de usurpação da função pública, fraudes à licitações e contratos, corrupção, violação do sigilo funcional, dentre outros crimes.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 3 afastamentos do cargo público em Guajará-Mirim e Porto Velho. Foto: assessoria

Uma nova operação da Polícia Civil, com apoio do Ministério Público do estado afastou novamente do cargo a prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Paes Bento, que havia retornado a função na última semana.

A operação Suseranos, desencadeada nesta terça-feira (16), é realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 2), GAECO do MP, com apoio do Departamento de Estratégia e Inteligência – DEI, e Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos – DERF. O objetivo é desarticular organização criminosa envolvida na prática dos crimes de usurpação da função pública, fraudes à licitações e contratos, corrupção, violação do sigilo funcional, dentre outros crimes.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 3 afastamentos do cargo público em Guajará-Mirim e Porto Velho. A investigação apura fraudes à licitação de combustíveis e da reforma do mercado municipal, valores em contratos que superam R$ 5 milhões.

Raissa foi afastadada pelo Tribunal de Justiça no começo do ano, durante a deflagração da Operação Avatar, e retornou à Prefeitura após a colheita de todas as provas e apresentação de denúncia formal ao Judiciário.

Marido envolvido: operação em Guajará investiga fornecimento de combustível e pagamentos para reforma de mercado

Na Operação Suseranos, que novamente afastou a prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Paes Bento, novamente nesta terça-feira (16) cumpre 12 mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas, bem como três afastamentos de suspensão da função pública, determinados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia. Além de Raissa foram afastados dois servidores da Câmara Municipal. A determinação do afastamento da prefeita é de 180 dias, como o mandato termina antes, não pode mais reassumir o Executivo.

Os fatos ensejadores do início da investigação foram informações de usurpação da função pública da prefeita por parte de seu marido, o ex-prefeito Antônio Bento do Nascimento. Foto: assessoria

Segundo o Ministério Público, a operação visa instruir investigação materializada em inquérito policial em curso na 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 2), em parceria com o Centro de Atividades Extrajudiciais (CAEX) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRO (GAECO)

A Polícia investiga suposta prática de crimes de constituição ou integração de organização criminosa, fraude a licitações e contratos, falsidade ideológica, corrupção, violação do sigilo funcional e lavagem de dinheiro, em tese praticados no âmbito do Poder Executivo do Município, tendo sido constatado o suposto envolvimento de servidores públicos e empresários locais, inclusive Raissa.

O marido

Os fatos ensejadores do início da investigação foram informações de usurpação da função pública da prefeita por parte de seu marido, o ex-prefeito Antônio Bento do Nascimento, bem como suposta fraude na contratação e execução do contato de fornecimento de combustível para a Prefeitura, no valor homologado de R$ 4.950.067,85 e do contrato de reforma do prédio do Mercado Municipal, com valor adjudicado de R$ 1.421.272,04, obra que está parada, em cronograma manifestamente incompatível com os pagamentos já realizados.

 

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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