Brasil
Erro no projeto pode comprometer cronograma de ponte no Madeira
Pilastra estava concretada, mas base não suportou impacto
Adaílson Oliveira – Foto: Josenir Melo
A empresa responsável pela construção da ponte sobre o Rio Madeira que interliga Rondônia ao Acre teve que mexer no projeto original para consertar um erro cometido pelos engenheiros que não avaliaram a força dos restos ou árvores inteiras que descem o rio no período de cheia. Os “balseiros” como são conhecidos esses materiais trazidos pela força das águas destruíram duas bases dos pilares que seriam levantados no meio do leito do Madeira.
As bases não suportaram os impactos. Uma delas já estava concretada, mas, não resistiu, e foi danificada: um dos lados empenou. A outra ainda estava com os anéis de ferro que quase foram arrancados.
O engenheiro responsável pela obra nos informou que um novo projeto foi elaborado e as três últimas bases das estacas ou pilares da ponte serão retirados. Como estão perto uma da outra, acumulam os balseiros e podem ser um risco no futuro para a segurança da ponte que está orçada em R$ 128 milhões.
Na nova concepção, as estacas serão reforçadas e colocadas distantes 170 metros uma da outra. Assim, o meio do leito do Rio Madeira fica livre. Quanto ao prejuízo, o engenheiro do Dnit, Antônio Carlos Figueiredo, explicou que será da empresa, que é obrigada pelo contrato a entregar a ponte com toda segurança.
“Ela é quem deverá arcar com a construção e reforço de novas estacas. Infelizmente eles não verificaram corretamente a força da água e as condições do rio”, alegou.
Com as mudanças, a obra com previsão de término para 2018 deve aumentar ainda mais. Outro ponto que deve alterar a data de entrega é o corte de repasses. A empresa não parou os serviços, no entanto, o ritmo está lento.
Eram 160 trabalhadores, agora são 120. O governo federal cortou 40% dos recursos para esse ano. A Arteleste quer, ao menos, concluir esse um dos lados da ponte onde a primeira parte da rampa está concluída. Até o final do ano 300 metros da obra estão concluídos.
Do outro lado a primeira rampa está recebendo os blocos de concreto. Duas bases de pilares ainda não foram levantadas porque no ano passado, uma das balsas, que faz a travessia desceu o rio e bateu contra as anilhas de ferro. A obra só pode ser refeita quando o rio secar. Esse incidente está sendo investigado pela marinha.
O Dnit explicou que, apesar do ritmo da obra ser mais lento, esse ano os poucos recursos garantem que ela não pare.
Ao todo, a ponte terá um vão de um quilômetro, e, com o novo projeto, que prevê colunas mais distantes uma das outras, a base e as rampas serão reforçadas.
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Lula veta aumento de número de deputados na Câmara
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. O despacho foi publicado, nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial da União.
Em mensagem ao Congresso, Lula justificou o veto por contrariedade ao interesse público e por inconstitucionalidade. Os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda, do Planejamento e Orçamento e a Advocacia-Geral da União manifestaram-se contrários à medida, citando diversos dispositivos legais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Ao prever a ampliação do número de parlamentares, a medida acarreta aumento de despesas obrigatórias, sem a completa estimativa de impacto orçamentário, de previsão de fonte orçamentária e de medidas de compensação, onerando não apenas a União, mas também entes federativos (Constituição Federal, art. 27, caput). Ademais, o art. 6º, parágrafo único, do Projeto de Lei Complementar está em dissonância com o art. 131, IV, da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, já que prevê a possibilidade de atualização monetária de despesa pública”, diz a mensagem da Presidência
O texto foi aprovado pelos parlamentares no fim de junho como resposta à uma exigência do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte julgou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional, atualizada pelo censo demográfico a cada dez anos. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A última atualização foi em 1993.
O STF, então, determinou que o Congresso votasse uma lei para redistribuir a representação de deputados federais em relação à proporção da população brasileira em cada estado e no Distrito Federal. A Constituição determina que nenhuma unidade da Federação tenha menos de oito ou mais de 70 deputados.
Na ocasião, os deputados não quiseram reduzir o número de parlamentares de algumas unidades da Federação seguindo o critério proporcional. Se essa regra fosse seguida, Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Alagoas poderiam perder cadeiras.
No lugar, o projeto aprovado na Câmara aumenta o número de vagas para os estados que tenham apresentado crescimento populacional e poderia gerar um custo de R$ 65 milhões por ano com novas estruturas. Outro impacto seria de emendas parlamentares que os novos representantes passam a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.
Além disso, com o aumento no número de deputados federais, a quantidade de deputados estaduais também teria alterações, de acordo com a previsão constitucional. As assembleias legislativas devem ter o triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados, com uma trava de 36. Com isso, o impacto nos orçamentos estaduais seria de R$ 2 milhões a R$ 22 milhões anuais.
A partir do veto do presidente Lula, os parlamentares terão 30 dias para analisar a medida, podendo manter ou derrubar o veto. Caso seja mantido, a redistribuição das vagas será feita pelo Tribunal Superior Eleitoral, até 1º de outubro, conforme decisão do STF.
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Quaest: Parcela contrária à candidatura de Lula em 2026 cai para 58%; Bolsonaro tem 62% contrários
Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (17) mostra que caiu para 58% a parcela de eleitores contrários à candidatura de Lula (PT) à reeleição em 2026. No último levantamento, realizado de 29 de maio a 1 junho, 66% tinham essa opinião.
Agora, 38% acham que Lula deve se candidatar – um aumento de seis pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada em junho (32%). Os que não souberam ou não responderam são 4%.
Veja os números:
Sim: 38% (eram 32% em junho);
Não: 58% (eram 66%);
Não sabe ou não respondeu: 4% (eram 2%).
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 10 a 14 de julho. Foram ouvidas 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em 120 municípios do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
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MDB de Rio Branco renovará comando com posse de ex-prefeito Marcus Alexandre
Convenção municipal desta sexta (18) oficializa nova direção partidária a dois anos das eleições municipais

Um dos principais destaques da convenção será a posse do ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, como novo presidente do diretório municipal. Foto: captada
O MDB de Rio Branco prepara uma significativa mudança em sua estrutura de poder. Nesta sexta-feira (18), o partido realizará sua Convenção Municipal para empossar oficialmente o ex-prefeito Marcus Alexandre como novo presidente do diretório municipal. O evento, marcado para as 8h na sede partidária no bairro Village Waldemar Maciel, representa um realinhamento estratégico da sigla na capital acreana.
Principais pontos da renovação partidária:
Marcus Alexandre assume o lugar de Chagas Romão, que se afastou voluntariamente
Transição ocorreu de forma pacífica e consensual entre as lideranças
Mudança acontece em momento-chave do calendário eleitoral
A posse do ex-prefeito à frente do MDB municipal sinaliza a preparação do partido para as eleições de 2026. “Esta é uma renovação necessária que fortalece nosso projeto político”, afirmou uma fonte do diretório. A unanimidade em torno do nome de Marcus Alexandre demonstra a aposta do partido em uma liderança experiente para conduzir os rumos da sigla na capital.
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