Acre
Equipamento de braquiterapia com cobalto oferece tratamento completo contra câncer no Acre
Com um equipamento de quase R$ 4 milhões, o governo do Acre, por meio da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), oferece tratamento completo contra o câncer no estado. O avanço marca a volta do tratamento de braquiterapia, uma modalidade de radioterapia interna que permite a aplicação de radiação diretamente no tumor, aumentando a eficácia no combate à doença.

Serviço foi restabelecido este ano e já proporcionou tratamento a pelo menos 50 pacientes. Foto: Pablo Charife/Sesacre
Desde fevereiro de 2024, quando o serviço foi restabelecido, a Saúde já realizou mais de cem sessões, proporcionando maior autonomia e agilidade para os pacientes que antes precisavam ser transferidos para outros estados.
A tecnologia por trás do tratamento
A braquiterapia é amplamente usada para tratar cânceres em regiões como colo do útero, próstata, mama e pele. O grande diferencial do equipamento adquirido pelo Acre é que utiliza uma fonte de cobalto, única no país. Essa fonte dura cinco anos, enquanto os demais equipamentos brasileiros precisam de troca a cada três meses.

Enquanto é submetido ao tratamento, paciente assiste a imagens de sua preferência em retroprojetor, obtendo uma assistência mais humanizada. Foto: Asscom/Sesacre
Para o médico rádio-oncologista Melk Hadad, a chegada desse equipamento significa um avanço sem precedentes para a saúde no Acre: “A última braquiterapia que a gente tinha feito aqui foi em 2014. Desde então, nossos pacientes precisavam ser encaminhados para Rondônia ou outros estados. Agora estamos conseguindo atender por aqui mesmo, sem que eles precisem passar por essa jornada exaustiva”, ressalta.

Avanço marca volta do tratamento de braquiterapia, proporcionando maior conforto e agilidade para pacientes que antes precisavam ser transferidos para outros estados. Foto: Cássia Veras/Sesacre
O físico médico Luiz Manso explica como funciona o tratamento. “Realizamos a braquiterapia em duas etapas, iniciando com a teleterapia [uma modalidade da radioterapia em que a fonte emissora de radiação encontra-se a certa distância do paciente] e, em seguida, complementando com a braquiterapia. O tratamento é feito em aplicações, cada uma durando entre 12 e 18 minutos, com a inserção de aplicadores diretamente no paciente. Para garantir o conforto e a segurança durante o procedimento, alguns pacientes recebem uma leve sedação”, diz.
Da última braquiterapia para a cura
Para Maria Zenilda de Souza, de 66 anos, o ano começou com uma notícia desoladora: a descoberta de um câncer de colo do útero. Contudo, a força da fé, o apoio da família e o acolhimento no Unacon fizeram toda a diferença em sua jornada para a cura.

Maria Zenilda de Souza fez última sessão de braquiterapia e recebeu a notícia de que estava curada. Foto: Pablo Charife/Sesacre
Esta semana, após sua última sessão de braquiterapia, Maria recebeu a notícia tão aguardada: estava curada. “Foi um choque no começo. Chorei, pedi força para enfrentar esse problema de saúde. Fui acolhida com muito amor pelos médicos e enfermeiras aqui no hospital, e isso foi essencial para mim. Graças a Deus e ao apoio dos profissionais, hoje estou vencendo essa luta”, relatou, emocionada.
Fonte: Governo AC
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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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