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Brasil

Entenda a nova mudança em placas de veículos no modelo Mercosul em discussão no Senado

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Projeto de lei prevê uma nova alteração na lei, com a volta do nome do estado e do município em todas as placas do país

Desde a implantação das placas de veículos com o padrão do Mercosul, em 2020, o modelo sofreu diversas alterações. Uma nova mudança, proposta pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), prevê a volta do nome do município e do estado nas identificações. O assunto está em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

O modelo foi adotado pelo Brasil em 2018, mas só passou a ser obrigatório para novos emplacamentos em 2020. Com diversas resoluções criadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as placas sofreram alterações como a retirada do brasão dos estados e alguns itens de segurança.

Pouco depois da implantação oficial das placas, o Brasil já contava com quase 5 milhões de veículos emplacados com o modelo Mercosul. O R7 procurou o Ministério dos Transportes para dados atualizados, mas não obteve resposta. No Distrito Federal, por exemplo, pouco mais de 500 mil veículos são emplacados com o novo modelo, o que corresponde a 26% da frota.

Esclareça as principais dúvidas sobre o tema.

A troca será obrigatória para todos os veículos?

Segundo o projeto, a mudança será exigida para emplacamentos ocorridos 365 dias após a publicação da lei.

Quando a nova placa foi implementada, em 2020, o Contran estabeleceu que o modelo fosse obrigatório apenas para o emplacamento de novos veículos, em casos de substituição da placa em decorrência de roubo ou dano, mudança de município, unidade federativa ou categoria do veículo, e também quando há necessidade de instalação de uma segunda placa.

Existe um padrão para a placa do Mercosul?

Diferentemente do padrão anterior, as placas do Mercosul estabelecem algumas mudanças nas cores das placas. Como é o caso de veículos diplomáticos, que eram azuis e, agora, passam a ter caracteres dourados.

Apesar da mudança na disposição dos números e das letras, a placa do Mercosul manteve o padrão de sete caracteres na placa. Entretanto, o modelo estabelece quatro letras e três números, e não mais três letras e quatro números.

De acordo com a resolução 719/2018 do Contran, os números das placas antigas foram convertidos em letras no modelo atual. Na regra de conversão, o número zero é equivalente à letra A, o 1 refere-se à B, e assim por diante. Dessa forma, um veículo com a placa a ABC-1234 tem equivalência a ABC-1C34 no padrão Mercosul.

Qual a diferença da placa do Mercosul para o modelo antigo?

Com a adoção da placa Mercosul, os brasileiros podem circular com mais facilidade nos países pertencentes ao bloco — sem a necessidade de uma autorização prévia. Outra justificativa é a inibição de falsificações e a facilidade na fiscalização das fronteiras.

O modelo atual também é integrado com itens de segurança, como o QR Code, que, segundo o Ministério das Cidades, ajuda na rastreabilidade. Diferentemente do modelo antigo, as placas do bloco têm um fundo branco para permitir “melhor visualização e leitura pela fiscalização eletrônica”.

Ainda de acordo com o Ministério das Cidades, o número de combinações possíveis também foi alterado, passando de aproximadamente 175 milhões de possibilidades para 450 milhões, o que pode valer por cerca de cem anos.

O primeiro modelo da placa do Mercosul tinha brasões dos estados. Por que o governo voltou atrás?

Inicialmente, o Brasil seria o único país do Mercosul a implementar o brasão dos estados e municípios nas placas de veículos. Entretanto, em 2018 o Ministério das Cidades decidiu retirar os emblemas por considerar que eles poderiam causar um custo extra aos motoristas que mudassem de estado. O emplacamento tem preço estabelecido pelo mercado — no Distrito Federal, por exemplo, o par custa em média R$ 170.

Como funciona a placa em outros países do Mercosul?

Em cada país, a sequência de números e letras segue uma combinação diferente. Na Argentina e na Venezuela, por exemplo, o padrão segue no formato “AB 123 CD”, a fim de evitar a formação de palavras. Já no Paraguai, a combinação é formada por “ABCD 123”. O Uruguai, o primeiro país a adotar o modelo, seguiu com o padrão “ABC 1234”.

No Brasil, a primeira resolução do Contran sobre o tema determinou que os carros seguissem o formato “ABC1D23”, e as motos, “ABC12D3”, além do brasão dos estados. Ambos não estavam previstos na proposta do Mercosul.

Segundo especialistas, se a mudança das placas for aprovada, não haverá impacto nas placas dos outros países do bloco e nenhum acordo com o Mercosul será quebrado.

A falta de um brasão ou item de identificação dos estados dificulta a fiscalização?

Para o especialista em trânsito Paulo César Lourenço, a falta de um item de identificação dos estados faz com que a Polícia Rodoviária Federal e a PM percam uma ferramenta de inspeção visual na triagem dos veículos.

Ainda segundo Lourenço, a atual resolução de placas do Mercosul, feita pelo Contran, removeu alguns itens de segurança, como a faixa holográfica e o lacre de segurança, mantendo o QR Code e a marca-d’água. O especialista explicou que o código implantado nas placas não é um item de segurança, mas um elemento de rastreabilidade.

“Outros itens, como lacre, chip e fita holográfica, foram removidos das placas, fazendo com que as adotadas no Brasil sejam as menos seguras entre os países-membros. O número de veículos clonados que possuem placas do modelo Mercosul vem subindo exponencialmente, pois atualmente a placa possui apenas elementos gráficos, e não itens de segurança”, disse.

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Procurador-geral da Câmara Municipal de Espigão D’Oeste morre em acidente na BR-364

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Sidnei Gonçalves, de 44 anos, colidiu contra uma carreta próximo ao município de Candeias do Jamari (RO). PRF não divulgou informações sobre os envolvidos

Sidnei Gonçalves. Foto: Reprodução/redes sociais

Com O Madeira

O Procurador-Geral da Câmara Municipal de Espigão D’Oeste, Sidnei Gonçalves, de 44 anos, morreu em um acidente na BR-364 na madrugada deste sábado (1º). O carro da vítima colidiu com uma carreta próximo ao município de Candeias do Jamari (RO). Na madrugada deste sábado, 1º de fevereiro, próximo à Usina de Samuel.

A colisão resultou na morte do Procurador Geral da Câmara Municipal de Espigão do Oeste, Sidinei Gonçalves Pereira, de 44 anos.

De acordo com informações do portal “O Madeira”, um caminhoneiro desgovernado atingiu pelo menos três veículos, deixando várias vítimas em estado grave. Sidinei Gonçalves foi socorrido e encaminhado ao Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Ele recebeu atendimento médico imediato pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) e pelos Bombeiros Militares.

Durante o atendimento, Sidinei sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser intubado. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu após dar entrada na unidade hospitalar.

No momento do acidente, ele estava acompanhado da esposa, a advogada Érica Lima Arruda, e do cunhado, Weliton Lima Arruda. Ambos também receberam atendimento médico e foram encaminhados ao Hospital João Paulo II em Porto Velho. O estado de saúde deles ainda não foi divulgado.

Sidinei Gonçalves Pereira exercia a função de Procurador Geral da Câmara Municipal de Espigão do Oeste, onde desempenhava um papel relevante na gestão pública. Ele deixa esposa, duas filhas e muitos amigos enlutados.

A prefeitura de Espigão do Oeste emitiu uma nota lamentando a morte do Procurador-Geral e se solidarizando com os familiares. O prefeito decretou luto oficial de três dias no município.

Segundo o dono da carreta envolvida na fatalidade, um policial civil também ficou gravemente ferido na batida. O motorista teria sido preso, mas esta informação não foi confirmada oficialmente. Foto: captada 

“Sidinei Gonçalves exerceu sua função com dedicação e comprometimento, sempre participando em prol do interesse público e do desenvolvimento de nosso município. Sua partida deixa uma lacuna irreparável no meio jurídico e político, além de um profundo sentimento de tristeza entre familiares, amigos e colegas de trabalho”, diz trecho da nota.

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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado com ampla maioria

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Na segunda-feira (3), início dos trabalhos legislativos. Sessão do Congresso Nacional já convocada para às 16 horas. Entre as primeiras missões dos parlamentares está a de definir presidentes e vices das comissões temáticas permanentes.

No primeiro discurso depois de empossado, Davi Alcolumbre falou em diálogo e em pacificação. E deixou bem claro: vai trabalhar a favor do governo, mas garantindo a independência dos senadores. Foto: senado

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito neste sábado (1º) presidente do Senado pelos próximos dois anos, com 73 dos 81 votos. A reunião preparatória começou pouco depois das 10h e, durante as falas dos candidatos, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) retiraram suas candidaturas. Concorreram ao cargo, junto com Alcolumbre, os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Em sua fala, Davi Alcolumbre se declarou um “defensor intransigente” do diálogo, da construção coletiva e de soluções compartilhadas. “Vocês me conhecem, sabem do meu compromisso verdadeiro com essa instituição e com o Brasil. Acima de tudo, com a população que confia em cada um de nós para representar os seus sonhos e as suas esperanças”, disse. “Para mim, governar é ouvir e liderar é servir. É disso que o nosso país precisa agora. Uma liderança que una e não que divida”.

Marcos Pontes, por sua vez, avaliou que o país “clama por mudanças”. “O povo está aflito. Nossos eleitores nos pedem: ‘Façam alguma coisa’”, disse. “Estamos diante de um momento crucial. Precisamos escolher entre a estagnação e a mudança, entre o conforto e a luta. Precisamos restaurar a força e a credibilidade dessa casa. Precisamos garantir que as vozes da população sejam ouvidas e que os valores democráticos sejam sempre respeitados.”

Já Eduardo Girão propôs restaurar a imagem do Senado que, segundo ele, é “péssima”. “Nosso grande problema foi não ter enfrentado o reequilíbrio entre os poderes, que foi perdido. A censura voltou ao Brasil depois da redemocratização, e o Senado ficou assistindo à censura. A Constituição é rasgada dia sim, dia não aqui, do nosso lado. E este Senado se acovarda. Todos nós somos responsáveis pela derrocada desta Casa”.

Entenda

O presidente do Senado é também o chefe do Poder Legislativo e, portanto, é ele quem preside o Congresso Nacional. Entre as funções do cargo estão empossar o presidente da República e convocar extraordinariamente o Congresso Nacional em caso de decretação de estado de defesa nacional ou de intervenção federal. É ele também quem recebe os pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cabe ainda ao presidente do Senado definir a pauta das sessões da própria Casa e do Congresso como um todo. A eleição, secreta e realizada em cédulas de papel, exige a maioria absoluta dos votos dos senadores (mínimo de 41). Se nenhum candidato alcançar o número, é realizado segundo turno com os dois mais votados. Ainda assim, são necessários, no mínimo, 41 votos para eleger o presidente da Casa.

Após eleger o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa, o Senado elegeu, por aclamação, os candidatos da chapa única para a Mesa Diretora no biênio 2025-2026.

Confira, a lista de senadores.

– Primeira-Vice-Presidência: Eduardo Gomes (PL-TO)

– Segunda-Vice-Presidência: Humberto Costa (PT-PE)

– Primeira-Secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)

– Segunda-Secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)

– Terceira-Secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)

– Quarta-Secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)

Durante a reunião preparatória, também foram definidos os senadores suplentes.

– Chico Rodrigues (PSB-RR)

– Mecias de Jesus (Republicanos-RR)

– Styvenson Valentim (PSDB-RN)

– Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Abertura do ano legislativo

No encerramento da reunião preparatória, Alcolumbre convocou, para a próxima segunda-feira (3), às 16h, sessão solene do Congresso Nacional, no plenário da Câmara dos Deputados, para inaugurar a terceira sessão legislativa ordinária da 57ª legislatura.

O novo presidente do Senado também informou que as indicações para lideranças partidárias devem ser feitas na retomada dos trabalhos da Casa.

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PSD apoia Alcolumbre, mas tem ‘arestas’ a serem resolvidas, afirma Omar Aziz

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Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” que estão no governo federal e impedem a produção mineral

Omar Aziz diz que que PSD tem arestas a aparar com Davi Alcolumbre. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD-AM), líder do PSD no Senado, disse que seu partido apoia a candidatura do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para presidente do Senado. Aziz disse, porém, que o partido ainda tem “arestas” a serem resolvidas com Alcolumbre.

“O PSD se reuniu no ano passado e, em uma decisão unânime, decidimos apoiar o seu candidato, em respeito ao presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que escolheu Davi Alcolumbre para sucedê-lo. Esse foi o maior argumento que poderíamos usar neste momento”, disse, em seu pronunciamento antes da votação neste sábado (1º).

“Acompanhar a indicação do seu candidato (Davi Alcolumbre) para nós é esse respeito demonstrado. PSD vai apoiar Davi Alcolumbre. Já conversamos bastante, tem algumas arestas para serem acertadas. Hoje, até a votação, vamos conversar. Davi foi meu presidente uma vez e foi um grande presidente”, completou.

Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” que estão no governo federal e impedem a produção mineral. Também disse que “não é com simples trocas” que será possível melhorar o governo.

“Podemos melhorar o governo, sim. Não é com simples trocas. Muita gente pede a cabeça do Padilha. Ele tem sido um grande ministro”, declarou. “Nenhum ministro da Fazenda, em uma democracia, precisando do Congresso para aprovar, aprovou tantas medidas econômicas como o atual governo. É uma semente que foi plantada. Tem muita reclamação. Mas o País através das leis aprovadas no Congresso, melhora a qualidade de vida da população brasileira, que está praticamente no pleno emprego, a procura é maior que a oferta, até porque muitos produtos perdemos na seca ou na chuva”, completou.

“Hoje, o governo atende mais de 4 milhões com o Pé-de-Meia, e a discussão não é a ajuda aos estudantes, mas se houve ou não pedalada. Discussão vinda de cidadão que hoje está no TCU (Tribunal de Contas da União), que é um golpista. Golpista. Não vi nenhum senador aqui pedir impeachment do ministro do TCU, mas vai chegar o momento dele sim”, afirmou ainda Aziz, durante a sessão para eleger o próximo presidente do Senado. Aziz não citou nenhum nome diretamente. O relator do processo sobre o Pé-de-Meia no TCU é o ministro Augusto Nardes.

PSDB

Outro amazonense, Plínio Valério, foi indicado como líder da bancada do PSDB na Casa. A sigla ganhou mais dois representantes no Senado, após a filiação de Oriovisto Guimarães (PR) e Styvenson Valentim (RN), que antes estavam no Podemos.

Com mais de um filiado com cadeira no Senado, o PSDB volta a ter uma liderança do partido. “A Presidência recebe ofício em que PSDB indica Plínio Valério como líder da bancada”, informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a sessão para votação que elegerá a próxima presidência.

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