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Empresários pedem mais ajuda ao governo do Acre

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O setor comercial e de serviços entrou em campo na noite de quinta feira (10) na sede da Associação Comercial do Acre (ACISA) para pedir mais flexibilidade à equipe econômica do governador Sebastião Viana e aos bancos públicos. Com a falta de faturamento e sem capital de giro – crise provocada pela Cheia do Rio Madeira que se prolonga por mais de 40 dias – uma lista grande de reivindicações foi apresentada à nova secretária da fazenda, Flora Valadares. Nem mesmo as linhas de créditos apresentadas pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o Banco da Amazônia, aliviou os ânimos de micros e grandes empresários. “A choradeira pode ser ainda maior”, analisou o presidente da ACISA, Jurilande Aragão.

A explicação é simples. Não se tem dimensão ainda de quanto tempo a BR 364 permanecerá restrita e dos efeitos que serão causados após a enchente. Por outro lado, a cada dia, empresários e comerciantes sentem o aumento do endividamento com o não pagamento de dívidas vencidas e vincendas.

Propostas e boa vontade não faltas. Além do que está garantido pelo governo do Acre com a assinatura do primeiro decreto de situação de emergência, a secretária Flora Valadares assumiu o compromisso de estudar o parcelamento dos impostos cobrados por mercadorias que já entraram no mercado nos meses de outubro, novembro e dezembro.

“Essa fatura está pesando no nosso bolso porque os vencimentos estão sendo cobrados agora, no momento da crise, em que não estamos faturando”, disse João Batista.

Empresários e comerciantes que contraíram empréstimos em 2012 (quando o estado sofreu a maior alagação dos últimos anos), querem a flexibilização das parcelas da Linha PER Brasil e o diferimento do ICMS na importação dos produtos vindos do Peru.

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Sem ter sentado direito na cadeira deixada pelo ex-secretário Mâncio Lima Cordeiro (exonerado para concorrer às eleições), a nova secretária de fazenda, Flora Valadares, foi econômica nas palavras. Lembrou-se do ciclo vivido na época de seus pais, quando a rota fluvial era uma das mais importantes para a economia do Estado e disse que “a atual situação precisa ser enfrentada”.

Dois atos estão garantidos pelo governo do Estado. O que considerou a situação de emergência declarada pelo Decreto Estadual nº 7.093, de 26 de fevereiro de 2014, e o alagamento da BR-364 pelo Rio Madeira que tem ocasionado dificuldades no transporte de cargas destinadas ao estado, prorrogando o parcelamento do ICMS; e o Programa de Parcelamento Incentivado – PPI, também denominado de Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, visando a quitação de débitos fiscais relacionados com o ICMS, vencidos até 31 de dezembro de 2013, que será pago, de acordo o decreto, em parcela única, com redução de noventa por cento das multas punitivas e moratórias e de setenta por cento dos juros de mora, desde que pago até 30 de junho de 2014.

“O ICMS antecipado, devido pela aquisição interestadual de mercadorias e bens no período de 10 de fevereiro a 30 de abril de 2014, deverá ser recolhido a partir de 2 de junho de 2014”, leu a secretária.

SITUAÇÃO DE CALAMIDADE PÚBLICA – Questões mais pontuais como o parcelamento dos impostos cobrados por mercadorias que já entraram no mercado nos meses de outubro, novembro e dezembro e a linha PER Brasil, dependem da aprovação pela Defesa Civil Nacional, do Decreto de Calamidade Pública assinado pelo governador Sebastião Viana na última quarta-feira (8).

Como explicou a secretária adjunta de fazenda, Lilian Marques, o governo esbarra também na legislação eleitoral que não permite a nenhuma secretaria dar incentivos fiscais a não ser em situações de emergência ou calamidade pública. O esclarecimento foi feito durante um dos debates mais fortes do encontro que tratou sobre a substituição tributária.

“Substituição tributária é um golpe à economia do estado”, opinou o empresário João Batista. “Estamos amparados em convênios e protocolos autorizados pela Confaz”, respondeu Lilian.

Com relação ao diferimento do ICMS na importação de alguns produtos amparados por lei vindos do Peru, a secretária adjunta esclareceu que existe uma equipe qualificada para atender os interessados.

Durante esta sexta-feira (11), a secretária Flora Valadares entrega ao governador Sebastião Viana um relatório que ela classificou como fotografia geral da situação.

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Prefeito de Rio Branco prorroga decreto de emergência após Rio Acre atingir 15,37 metros

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Tião Bocalom mantém estado de calamidade por mais um ano em resposta à maior cheia do rio em quase duas décadas; medida reforça ações de socorro e proteção às famílias afetadas

O Executivo de Rio Branco prorrogou nesta segunda (29/12), por mais um ano, o estado de emergência diante da nova cheia do Rio Acre, que já alcança cerca de 20 mil moradores na capital e em comunidades rurais. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, prorrogou por mais um ano o decreto de emergência na capital após o Rio Acre atingir a marca histórica de 15,37 metros. A medida foi tomada diante da cheia severa que já alagou dezenas de bairros e deslocou centenas de famílias, o estado de emergência diante da nova cheia do Rio Acre, que já alcança cerca de 20 mil moradores na capital e em comunidades rurais.

Em coletiva de imprensa, o prefeito Tião Bocalom (PL) disse que a medida é necessária para garantir socorro imediato. “Vamos ampliar as ações de saúde e assistência às pessoas atingidas”, disse.

O boletim oficial registra 364 pessoas atendidas em abrigos improvisados nas escolas Anice Dib Jatene, Álvaro Vieira, Maria Lúcia Moura Marin, Georgete Eluan Kalume e Maria Gouveia Viana, além do Centro de Cultura Mestre Caboquinho. Alguns desses locais já não comportam novos desabrigados. Para ampliar a capacidade, o Executivo iniciou a construção de 60 unidades no Parque de Exposições Wildy Viana.

Ao meio-dia, o Rio Acre atingiu 15,37 metros. O coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, descreveu o cenário como inédito para dezembro. “Em 55 anos de monitoramento, só vimos algo parecido em 1975. Agora já é a sexta enchente consecutiva”, afirmou. Ele advertiu para os próximos meses: “Janeiro, fevereiro e março são muito perigosos. Pode ser que, pela primeira vez, tenhamos um transbordamento duplo”.

Sem previsão de chuvas até terça (30/12), Falcão alertou que elas devem retornar já na virada do ano (31/12). “A tendência é que o volume volte a subir, e precisamos estar preparados”, explicou. O militar também relatou desmoronamentos em 12 pontos da cidade e mencionou riscos na estrutura do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), como a possibilidade de rompimento da adutora e de balseiros atingirem as bombas, o que poderia comprometer a captação e o abastecimento.

No bairro Papouco, o desbarrancamento às margens do rio trouxe de volta a crise. O secretário de Assistência Social, João Marcos Luz, chamou o episódio de tragédia anunciada. “Não dá para continuar do jeito que está. Precisamos mudar a vida dessas famílias”, afirmou, retomando a justificativa para a retirada das famílias anunciada meses atrás.

A Defesa Civil mantém vigilância constante e reforça que o telefone 193 está disponível para emergências.

A prorrogação do decreto permite a manutenção e o reforço de ações emergenciais, como o atendimento às famílias desabrigadas, o monitoramento hidrológico em tempo real e a articulação direta com a Defesa Civil estadual e o governo federal. O nível do rio, que superou a cota de transbordamento (14 metros) no último sábado (27), continua sendo acompanhado de perto, com previsão de novas chuvas nos próximas dias.

Com André Gonzaga

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Rio Acre segue em elevação e permanece acima da cota de transbordo em Rio Branco

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Boletim da Defesa Civil aponta nível de 15,37 metros ao meio-dia desta segunda-feira

Foto: Jardy Lopes

A Defesa Civil Municipal de Rio Branco divulgou, nesta segunda-feira (29), um novo boletim informando que o nível do Rio Acre permanece acima da cota de transbordo na capital acreana, mantendo o cenário de atenção máxima.

De acordo com as medições oficiais, às 5h21 o rio marcava 15,32 metros. Às 9h, o nível subiu para 15,36 metros, atingindo 15,37 metros ao meio-dia, confirmando a tendência de elevação ao longo do dia.

Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco, com índice pluviométrico de 0,00 milímetro, o manancial segue significativamente acima da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e da cota de transbordo, estabelecida em 14,00 metros. O boletim foi assinado pelo coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão.

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Governo supera meta com 21 mil toneladas de massa asfáltica aplicadas

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Foto: Ascom/Deracre

O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), viabilizou a aplicação de cerca de 21 mil toneladas de massa asfáltica ao longo de 2025, como parte das ações da Operação Verão, contemplando os 22 municípios acreanos.

A presidente do Deracre, Sula Ximenes, afirmou que a ampliação do volume aplicado reflete a capacidade operacional do órgão durante o período de estiagem.

“Saímos de uma previsão de pouco mais de 5 mil toneladas e alcançamos cerca de 21 mil toneladas de massa asfáltica aplicadas, com apoio dos municípios e presença em todo o estado”, afirmou.

Foto: Ascom/Deracre

A operação começou a ser planejada ainda durante o período de chuvas, com aproximadamente cinco meses de organização técnica. A Operação Verão 2025, mobilizou de cerca de 1.500 trabalhadores e 700 máquinas, sendo 350 do próprio Deracre, com atuação simultânea em todas as regiões do estado.

O plano de trabalho previa, entre outras ações, o fornecimento de massa asfáltica a 11 municípios, com uma distribuição inicial estimada de 5 mil toneladas, destinada à recuperação de vias urbanas e à retomada de obras interrompidas durante o inverno amazônico. Com a execução da operação ao longo do ano, os resultados superaram a previsão inicial.

O apoio direto do Estado aos municípios somou R$ 34,6 milhões, possibilitando a aplicação de mais de 21 mil toneladas de massa asfáltica em serviços de pavimentação. As ações foram executadas em parceria com as prefeituras, com cessão de máquinas, equipes técnicas e suporte operacional do Deracre, garantindo atendimento aos 22 municípios.

Foto: Ascom/Deracre

Os dados sobre a aplicação de massa asfáltica integram o Relatório Anual de Gestão 2025, que aponta ainda a movimentação de R$ 664,8 milhões em obras de infraestrutura, com nove obras entregues e 105 frentes de serviço ativas executadas pelo Deracre em todo o Acre.

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