Acre
Eleições: oposição avança e ameaça tomar o poder da Frente Popular do Acre em 2014
Centenas de pessoas lotaram o Caldeirão do Forró, em Sena Madureira, para ver e ouvir estrelas da política acreana.
Da Redação da Agência ContilNet
A oposição do Acre, que há cerca de dois meses não sabia para onde ir, começou uma marcha forte, liderada por 11 partidos, e caminha a passos largos rumo ao governo do Estado e ao Senado da República.
Na noite desta quinta-feira (20), centenas de pessoas lotaram o Caldeirão do Forró, um dos clubes mais populares de Sena Madureira, para ver e ouvir estrelas da política acreana, como Marcio Bittar (PSDB), Gladson Cameli (PP), Flaviano Melo e Vagner Sales (PMDB), Gilberto Diniz (PTdoB), Antônia Lúcia (PSC), Toinha Vieira (PSDB) e outras lideranças do Iaco e de outros municípios do estado, como é o caso de Eliane Sinhasique, do PMDB de Rio Branco, e Romário Tavares (PSDB), presidente da Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul.

Deputados Márcio Bittar e Gladson Cameli estiveram juntos no evento em Sena Madureira/Foto: Agência ContilNet e AcPurus
O senador Sérgio Petecão (PSD) não compareceu ao evento porque, segundo seu representante, o ex-deputado Alécio Dias, ele está a serviço do Senado, no exterior.
“Mas, todos sabem que estamos juntos, unidos, para tirar o PT do governo e iniciar uma nova história no Acre, onde as pessoas possam ter um governo democrático e que realmente se importe com a qualidade de vida da população”, comentou Dias.
Lideranças do Iaco estão unidas
A deputada Toinha Vieira, uma das prefeitas mais bem avaliadas da história acreana, será um dos esteios da oposição em Sena Madureira, nas eleições deste ano.
Junto com ela, o deputado Gilberto Diniz, parlamentar senamadureirense que vez e outra tira os colegas governistas do sério, durante os acalorados debates na Assembleia Legislativa.
Toinha Vieira e Gilberto Diniz estão unidos com Zenil Chaves, um dos vereadores mais bem votados do município, o ex-deputado Mazinho Serafim e o pastor Edson Cameli (PP), para enfrentar a Frente Popular do Acre nas eleições de outubro próximo, que deverá ser a mais disputada dos últimos anos.
Toinha e Mazinho, que dividiram palanques na eleição [municipais] passada, agora estão juntos em torno do mesmo projeto: eleger Marcio Bittar como governador, e Gladson Cameli, senador.
“A população do nosso estado precisa de um governo que atente para a necessidade de um programa que gere emprego e renda, e que se preocupe, principalmente, em resolver os graves problemas de violência por qual passam os municípios do Acre”, disse Toinha Vieira.
“Parece que o governo é mais pobre que a minha prefeitura”
Arrancando aplausos e risos dos populares que prestigiaram o evento da Caravana da Mudança, na noite desta quinta-feira, em Sena Madureira, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, fez duras críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT), que governa o Acre há 16 anos.
Vagner disse que durante o tempo em que vem administrando a prefeitura do município, nunca recebeu nenhum incentivo do governo estadual.
“Até parece que este estado é mais pobre do que a minha prefeitura de Cruzeiro do Sul; nunca recebi uma moeda deste governo”, revela.
E completa: “O governo fez 32 quilômetros de asfalto com dinheiro emprestado do BNDES, e nós estamos passando dos 40 quilômetros, que foram feitos com recursos do próprio município”, alfineta.
O deputado federal Marcio Bittar, nome que deverá ser anunciado no próximo dia 27 de março como o pré-candidato da oposição ao governo do Acre, demonstrou bastante otimismo com a adesão de mais lideranças ao bloco oposicionista.
“Em breve, iremos conquistar o governo do Estado e iniciar uma nova maneira de administrar, pautada na ética e respeito pelo bem público”, prometeu.
O bloco de oposição também deverá anunciar o nome do deputado Gladson Cameli para disputar a única vaga de senador, nas eleições deste ano.
Líder na liberação de emendas para as prefeituras, Cameli disse que alocou mais recursos para as prefeituras do Estado que os deputados da base governista.
Gladson estava acompanhado da esposa, Ana Paula Cameli, que pela primeira vez se separou do primogênito, Guilherme, para acompanhar o marido.

Gladson estava acompanhado da esposa, Ana Paula Cameli, que pela primeira vez se separou do primogênito, Guilherme, para acompanhar o marido
“Ele ficou com a minha mãe. Estou morrendo de saudade, mas preciso ajudar meu marido em mais este desafio”, disse.
Sentada na primeira fila de cadeiras, ao lado da esposa de Gladson Cameli, Ana Paula, a historiadora Márcia Bittar acompanhou todo o evento. Mesmo procurando se manter distante do centro das atenções, Márcia foi abordada por populares que queriam conhecê-la.
“Estou aqui como militante do PSDB e desta grande caravana, que se Deus quiser, será vitoriosa. Em todas as eleições, estive ao lado do meu marido, ajudando a ele e aos nossos companheiros da oposição. Nesta nova caminhada, não será diferente”, disse a tucana.
Otimismo e pedido de ajuda
Durante todo o evento, que encerrou depois das 23h, o clima foi de otimismo. Muitas mulheres levaram os filhos de colo para participar do evento.
“Vim aqui falar com os deputados, pedir ajuda. Aqui em Sena, não podemos mais sair às ruas porque corremos o risco de sermos mortos pelos bandidos, que tomaram conta da cidade”, disse a dona de casa Maria Eunice Dantas Barbosa, 37 anos, que estava com uma criança de dois anos de idade nos braços.
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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.






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