Acre
Edvaldo Magalhães critica gestão da Educação e cobra resolução de problemas
Durante a sessão desta quarta-feira (19) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez um discurso abordando a situação dos trabalhadores em educação e criticando a gestão atual da Secretaria de Educação do Estado.
Magalhães iniciou seu discurso cumprimentando os presentes e expressando seu apoio aos integrantes do cadastro de reserva do concurso da Polícia Civil no Salão Marina Silva. “Vocês sabem que podem contar aqui com o nosso apoio, é uma luta que já vemos travando há tempos e seguiremos ao lado de vocês”, afirmou.
O deputado justificou sua ausência na sessão anterior devido ao cancelamento de seu voo, o que o impediu de participar do encontro do Parlamento Amazônico. Ele destacou a manifestação dos trabalhadores em educação que ocorreu em Rio Branco e em outros municípios do Estado, ressaltando a principal reivindicação desses trabalhadores: a retomada da estrutura de tabela de suas carreiras.
Magalhães foi incisivo ao criticar uma nota divulgada pelo secretário de Educação, que ele classificou como “mentirosa do começo ao fim”. O deputado desmentiu três argumentos utilizados anteriormente para justificar a destruição da carreira dos professores:
Sobre a redução de recursos do Fundeb, Magalhães pontuou: “Foi provado por A mais B que a projeção feita por nós naquela comissão superou, e o argumento de redução de recursos caiu por terra, porque era mentiroso”, explicou, destacando que a arrecadação do Estado está aumentando, não diminuindo.
Em seguida ele mencionou o impacto na Previdência: “Outra mentira, porque o que mais compromete hoje a previdência não são os professores e as professoras. Todo mundo sabe que é a segurança pública”, afirmou, criticando a gestão da educação por ter mais de 70% de contratos provisórios que não contribuem para a previdência estadual.
Em relação ao ajuste salarial de 14%, o parlamentar foi incisivo: “Mentira! Foi o piso nacional do magistério que cresceu 14%, o dinheiro vem dentro do cálculo do Fundeb”, disse, esclarecendo que o governo estava apenas cumprindo uma obrigação.
Edvaldo Magalhães também abordou a questão da inflação, apontando que o governo ainda deve ajustes relativos aos últimos anos. “A inflação do período foi 29,73%. O governo botou 20, 5, 5, 5, não cumulativo, ficou devendo”, afirmou.
O comunista agradeceu a convocação de uma reunião da Comissão de Educação para debater o tema com os sindicatos, marcada para a próxima terça-feira às 9 horas da manhã. “É preciso acabar com esse lero-lero”, disse ele, cobrando uma resolução concreta para os problemas apontados.
O deputado também denunciou um caso de corrupção envolvendo um pagamento de 12 milhões de reais por uma plataforma do Enem, que ele afirma ter sido pago adiantado sem a entrega das apostilas. “O secretário Aberson Carvalho pagou adiantado, sem receber as apostilas. O Tribunal de Contas está lá pedindo a devolução do dinheiro superfaturado”, denunciou.
Magalhães finalizou seu discurso cobrando a votação de um Projeto de Decreto Legislativo apresentado pelo deputado Eduardo Ribeiro, que está engavetado há quase um ano. “Fica todo mundo dizendo, nós temos que fortalecer a indústria local, nós temos que fortalecer as empresas locais. E o secretário abre-se na carona, a carona da corrupção”, concluiu.
Texto: Andressa Oliveira
Foto: Sérgio Vale
Fonte: Assembleia Legislativa do AC
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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