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Domingo de Ramos: o significado espiritual que une triunfo e paixão

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Tradição milenar que mistura ramos bentos, procissões e a encenação da Paixão de Cristo marca início da Semana Santa

A tradição de usar ramos vem dos relatos bíblicos, onde o povo acolheu Jesus com ramos e roupas estendidas pelo caminho (Lucas 19,36). Foto: cedida 

Este domingo (13) marca o início da Semana Santa com a celebração do Domingo de Ramos, um dos momentos mais simbólicos da liturgia cristã. A data relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando foi aclamado pelo povo como “Aquele que vem em nome do Senhor”, dando início aos eventos que culminam com a Páscoa, celebrada no próximo domingo (20).

A programação está sendo realizada na igreja ‘Paróquia Nossa Senhora das Dores – Brasiléia-Acre’, igreja central, com bênção e procissão dos ramos, além da Santa Missa celebrada em dois horários ao longo do dia: 6h e 19h.

É tradição que esses ramos, após secarem, sejam guardados para serem queimados no ano seguinte, fornecendo as cinzas usadas na celebração da Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma. Foto: cedida 

O significado dos ramos

A tradição de usar ramos vem dos relatos bíblicos, onde o povo acolheu Jesus com ramos e roupas estendidas pelo caminho (Lucas 19,36), como sinal de reverência e fé. Hoje, os ramos — geralmente de palmeiras — são abençoados e levados para casa como sinal de proteção espiritual e compromisso com a fé cristã.

É tradição que esses ramos, após secarem, sejam guardados para serem queimados no ano seguinte, fornecendo as cinzas usadas na celebração da Quarta-feira de Cinzas, que marca o início da Quaresma.

Liturgia e simbolismo

A liturgia do Domingo de Ramos também contempla a leitura da Paixão de Cristo, realizada de forma encenada, com participação de diferentes leitores que representam os personagens bíblicos. Essa leitura será retomada durante as celebrações do Tríduo Pascal (quinta, sexta e sábado), momento central da fé cristã.

A cena descrita no Evangelho de Lucas (19,36) – onde Jesus é recebido com ramos e mantos – se renova anualmente nas comunidades cristãs. Os ramos de palmeira (ou outras árvores locais onde não há palmeiras) simbolizam:

  • Reconhecimento de Cristo como Messias
  • Paz e renovação espiritual
  • Proteção para os lares que os recebem
Ciclo sagrado: dos ramos às cinzas

A tradição guarda profundo simbolismo circular:

  1. Bênção dos ramos: Realizada antes da procissão inaugural
  2. Conservação: Secam naturalmente em lugares dignos das casas
  3. Transformação: Queimados no ano seguinte para as cinzas da Quarta-feira de Santa
  4. Renovação: Marcam o início de novo ciclo quaresmal

“Esses ramos são sacramentais que nos lembram que o mesmo Cristo aclamado será crucificado – convite à coerência de vida”, explica Dom José Alberto, liturgista.

Hoje, os ramos — geralmente de palmeiras — são abençoados e levados para casa como sinal de proteção espiritual e compromisso com a fé cristã. Foto: cedida 

Drama sagrado: a Paixão encenada

A liturgia deste domingo tem estrutura singular:

Procissão alegre com ramos (evocando a entrada em Jerusalém)
Leitura dramática da Paixão (Mateus, Marcos ou Lucas, conforme o ano litúrgico)
Silêncio contemplativo após o relato da morte de Cristo

Dados curiosos:
  • No Brasil, seringueira, cipó e folhas de bananeira substituem palmeiras em várias regiões
  • A Igreja Ortodoxa chama esta celebração de “Domingo das Salvas”
  • A data varia entre março e abril, conforme a Lua Cheia pascal

Preparação para o Tríduo

Este domingo introduz os fiéis no mistério central da fé:

  • Quinta-feira Santa: Instituição da Eucaristia
  • Sexta-feira da Paixão: Morte redentora
  • Sábado de Aleluia: Vigília pascal
O que fazer com os ramos?
  • Levar para benção durante a missa
  • Colocar junto a crucifixo ou imagens sagradas
  • Entregar na paróquia no ano seguinte para virar cinzas

Na Igreja Paróquia Nossa Senhora das Dores (Brasiléia-Acre), a programação está sendo realizada com bênção e procissão dos ramos, além da Santa Missa celebrada em dois horários ao longo do dia: 6h e 19h.

A programação da Semana Santa segue até o Domingo de Páscoa.

Confira os principais eventos:
Domingo de Ramos (13)
  • Missas: 06h e 19h
  • Bênção e procissão dos ramos
Quarta-feira Santa (16)
  • Missa Crismal: 19h
  • Bênção dos óleos do Crisma, Batismo e Unção dos Enfermos
Quinta-feira Santa (17)
  • Celebração da Ceia do Senhor e Lava-Pés
  • Adoração ao Santíssimo Sacramento após a missa
Sexta-feira Santa (18)
  • Celebração da Paixão e Morte de Cristo
  • Procissão de Cristo Morto
  • Encenação da Morte de Cristo na Concha Acústica
Sábado Santo (19)
  • Vigília Pascal
Domingo de Páscoa (20)
  • Alvorecer da Ressurreição
  • Missas nos horários tradicionais: 06h, e 19h
Domingo de ramos da paixão do senhor
13 de abril de 2025 – às 7h – Em comunhão com a Pastoral da Criança.
Presidente da celebração: Padre Robson Eudes da Costa
– Concelebrante: Diácono Carlos Lourenço Fuzetti
– Comentarista: Rejanea
– Salmista: Geovana
– Animação: Ministério de Música
Dados que inspiram:
  • É a única celebração mencionada nos 4 Evangelhos
  • Dura mais que missas normais (cerca de 90min)
  • Na Terra Santa, fiéis descem do Monte das Oliveiras repetindo o trajeto de Cristo
Convite à Conversão Quaresmal

Este dia nos questiona:

  • Como aclamamos Cristo nos templos, mas O negamos na vida?
  • Que “mantos” (nossos talentos) colocamos no caminho do Senhor?
  • Estamos prontos a seguir do Hosana ao “Crucifica-O” da Semana Santa?

“Não basta carregar ramos, é preciso tornar-se ramo – flexível à vontade do Pai como Cristo foi”

(Pe. Robson Eudes da Costa, Sermão do Domingo de Ramos)

Seguindo os passos de Jesus no caminho da cruz, fazemos memória de sua entrada em Jerusalém.

A solene liturgia marca o início da Semana Santa, centro do grande acontecimento da nossa fé:

– Mistério da paixão

– Morte e ressurreição do Senhor.

Com os ramos nas mãos, acolhamos aquele que sendo Deus, vem a nós como humilde servidor.

Abril
  • 17 (quinta-feira): Quinta-feira Santa (ponto facultativo)
  • 18 (sexta-feira): Sexta-feira da Paixão (feriado nacional)
  • 21 (segunda-feira): Tiradentes (feriado nacional)

Proximas datas e feriados nacionais:
Maio
  • 1º (quarta-feira) – Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional)

Junho

  • 15 (domingo): Aniversário do Estado do Acre (feriado estadual)
  • 19 (quinta-feira): Corpus Christi (ponto facultativo)
Julho
  • Sem feriado ou ponto facultativo
Agosto
  • 6 (quarta-feira): Início da Revolução Acreana (ponto facultativo)
Setembro
  • 5 (sexta-feira): Dia da Amazônia (feriado estadual)
  • 7 (domingo): Independência do Brasil (feriado nacional)
Outubro
  • 12 (domingo): Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)
  • 28 (terça-feira): Dia do Servidor Público (ponto facultativo)
Novembro
  • 2 (domingo): Finados (feriado nacional)
  • 15 (sábado): Proclamação da República (feriado nacional)
  • 17 (segunda-feira): Tratado de Petrópolis (feriado estadual)
  • 20 (quinta-feira): Dia da Consciência Negra (feriado nacional)
Dezembro
  • 24 (quarta-feira): Véspera de Natal (ponto facultativo)
  • 25 (quinta-feira): Natal (feriado nacional)
  • 31 (quarta-feira): Véspera de Ano Novo (ponto facultativo)

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Acre

Véspera de Natal no Acre será marcada por tempo instável e chuvas intensas

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Previsão indica céu encoberto, pancadas fortes e temperaturas mais amenas em várias regiões

Foto: Sérgio Vale

A véspera de Natal no Acre, nesta quarta-feira (24), será de tempo instável, com muitas nuvens e chuvas a qualquer hora do dia, que podem ser intensas em diversas regiões do estado. A previsão é do portal O Tempo Aqui, que alerta para atenção redobrada de quem pretende se deslocar ou realizar confraternizações ao ar livre.

Segundo o levantamento meteorológico, o cenário de instabilidade atmosférica também atinge áreas do sul e sudoeste do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, além de regiões da Bolívia e do Peru, com possibilidade de volumes elevados de chuva ao longo do dia.

Nas microrregiões do leste e sul do Acre, que incluem Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o tempo permanece fechado, com chuvas frequentes e chance de precipitações fortes. As temperaturas ficam mais amenas e a umidade relativa do ar varia entre 65% e 75% à tarde, podendo chegar a 100% nas primeiras horas do dia. Os ventos sopram fracos, predominantemente do norte, com variações de noroeste e nordeste.

No centro e oeste do estado, abrangendo Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o clima será quente e abafado, com sol entre nuvens e pancadas de chuva isoladas, que também podem ser intensas em alguns pontos. A probabilidade de chuvas fortes é considerada média. A umidade do ar oscila entre 55% e 65% no período da tarde, alcançando até 95% ao amanhecer.

As temperaturas mínimas em todo o Acre devem variar entre 20°C e 23°C, enquanto as máximas ficam entre 25°C e 32°C, dependendo da região. Em Rio Branco e municípios vizinhos, os termômetros não devem ultrapassar os 27°C. Já no Vale do Juruá, incluindo Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as máximas podem chegar a 32°C.

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Rio Acre recua mais de um metro em 24 horas, apesar do aumento das chuvas em Rio Branco

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Nível do manancial caiu 1,34 metro entre terça e quarta-feira, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O nível do Rio Acre, em Rio Branco, apresentou nova redução entre a terça-feira (23) e a quarta-feira (24) de dezembro, conforme boletins divulgados pela Defesa Civil Municipal. Em apenas 24 horas, o manancial recuou 1,34 metro, mesmo com o aumento do volume de chuvas registrado na capital acreana.

Na manhã da terça-feira (23), às 5h12, o rio foi medido em 9,01 metros, com registro de 8,60 milímetros de chuva nas 24 horas anteriores. Já na quarta-feira (24), às 5h16, o nível caiu para 7,67 metros, apesar de uma precipitação maior, que totalizou 14,80 milímetros no mesmo período.

Em ambos os dias, o Rio Acre permaneceu bem abaixo da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e distante da cota de transbordo, que é de 14 metros, afastando, por ora, o risco de alagamentos na capital.

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Ministério Público do Acre emite nota sobre morte de ativista Moisés Alencastro

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Recebemos com extrema cautela a informação veiculada pela mídia acerca da hipótese de que o homicídio de Moisés Alencastro tenha decorrido de latrocínio, especialmente diante do cenário do crime tal como descrito nas próprias reportagens.

As lesões constatadas na vítima, notadamente múltiplas perfurações por arma branca e indícios de tentativa de degolamento, não se mostram, em um primeiro exame, compatíveis com a dinâmica típica desse tipo de delito patrimonial, sugerindo, ao contrário, violência exacerbada e desnecessária ao fim de subtração de bens.
Trata-se de padrão de agressão que, com frequência, revela desprezo pela condição da vítima e se associa a crimes praticados por motivação de ódio, fenômeno que infelizmente se repete em contextos diversos, como nos assassinatos de mulheres e na eliminação violenta de pessoas homossexuais. Típica ação de homofobia.
Moisés Alencastro era servidor público comprometido com o enfrentamento dessas formas de violência, atuando no âmbito do Ministério Público do Estado do Acre, junto ao Centro de Atendimento à Vítima, justamente na defesa da dignidade humana e da responsabilização penal adequada dos agressores.
Sua morte não pode ser tratada como mais um episódio banal de violência. Ela expõe, de forma dolorosa, a realidade que ainda vivemos e reforça a necessidade de avanços concretos na construção de uma sociedade mais tolerante, livre de toda discriminação, preconceito e homofobia , fundada no respeito à condição humana de todos.
Espera-se que os fatos sejam rigorosamente apurados, com a correta definição jurídica do crime e a responsabilização penal proporcional à gravidade da conduta, para que essa morte não permaneça impune — como o próprio Moisés sempre defendeu em sua atuação institucional.

Destacamos, ainda, a plena confiança no rápido e eficiente trabalho desempenhado pela Polícia Civil na elucidação do caso, inclusive, com a devida qualificação a ser dada ao crime. Desde o primeiro momento, a instituição tem empenhado esforços grandiosos para o enfrentamento deste delito, de modo a dar à sociedade a pronta resposta que se espera.

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