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Acre

Dom Porquito investe em animais de ponta para desenvolver produção com qualidade

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Viajem durou cerca de 4 dias devido os cuidados e problemas na BR 364 entre os estados do Acre e Rondônia

Viajem durou cerca de 4 dias devido os cuidados e problemas na BR 364 entre os estados do Acre e Rondônia – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima, com Almir Andrade

A Dom Porquito SA, empresa pública e privada, que lidera o mercado de carne suína no Acre recebeu nesta semana vindo do estado de Minas Gerais, uma carga de 1500 matrizes e 15 reprodutores, onde visa triplicar sua produção e chegar com a cerca de 15 mil unidades de produção até seu abatimento, ainda no fonal deste ano.

Segundo foi dito, a aquisição destes animais faz parte da segunda fase que irá incluir o aumento na produção e partes das obras do frigorífico de suínos. Esse investimento poderá chegar a R$ 5,5 milhões de reais, divididos em obras e compra de equipamentos.

Com estimativa de iniciar um grande abatimento até o mês de dezembro. “Nesse momento estamos ampliando nosso núcleo de reprodução, em seguida envolveremos os produtores que trabalham na engorda dos animais, nos galpões em suas propriedades, e por fim, iniciaremos o abate, que acontecerá no fim do ano”, explicou um dos diretores da Dom Porquito, quando será inaugurada a parte dos frigoríficos.

Dom Porquito: qualidade certificada

Os animais da Dom Porquito foram adquiridos em Minas Gerais, na criação da empresa Agroceres e têm o selo PIC (Pig Improvement Company), empresa que reúne a maior tradição de conhecimentos e inovações em desenvolvimento genético de suínos sob condições tropicais.

A Agroceres, segue todas as linhas de produção da Dom Porquito, que trabalha com alta tecnologia e com todas as condições de higiene exigida pelo mercado de importação.

Conheça a empresa:

Dom Porquito: investindo na produção de suínos para exportar do Acre pelo Pacífico

Marques Araújo assegura que critérios sanitários são essenciais no empreendimento (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Investimentos de aproximadamente R$ 2,5 milhões, contratação e qualificação de mão de obra local, localização estratégica para expansão de mercado visando à rota de exportação via Pacífico. Essas são apenas algumas referências superficiais que podem ser dadas sobre a granja Dom Porquito, indústria instalada às margens da BR-317, em Brasileia, que atua na produção de suínos por meio de inseminação artificial.

A proposta da granja é ofertar no mercado carne suína ultralight, ou seja, como uma “capa” de gordura menor que a encontrada em suínos de criação convencional. A meta da empresa é chegar ao abate de 400 animais por dia e expandir seu comércio para o Peru e a Bolívia, via rota do Pacífico.

A previsão do empresário e engenheiro de alimentos Paulo Santoyo é de que a indústria tenha receita entre R$ 120 e R$ 140 milhões.

Primazia pela segurança sanitária – Logo que se avista a indústria, percebe-se que não se trata de um empreendimento similar aos que estamos acostumados a encontrar em outras regiões do Estado. Já na entrada, a Dom Porquito apresenta uma área de inspeção sanitária dos veículos. Um portão eletrônico controla a entrada e saída de veículos.

Empresa qualifica e emprega mão de obra local (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Este processo, bem como os demais que serão descritos em seguida, fazem parte do controle sanitário que a empresa faz para evitar que os animais sejam contaminados.

Ao chegar às instalações físicas da indústria, qualquer pessoa ou produto que vá adentrar os galpões passa por um processo de desinfecção. Os visitantes são encaminhados a vestiários (masculinos e femininos), onde devem despir-se, acomodar calçados, roupas e outros pertences num armário cedido pela empresa, para, em seguida, banhar-se. Após o banho, que visa a segurança sanitária do ambiente, a administração do local disponibiliza um uniforme, incluindo peças íntimas e chinelos de borracha.

Utensílios como celulares, câmeras e outros também passam por um processo chamado fumigação, que, de acordo com explicação do engenheiro agrônomo funcionário da granja, Marques Araújo, não afetam em nada a funcionalidade do material. Trata-se, reafirma ele, apenas de mais um processo para garantir segurança sanitária do local.

“Somos criteriosos com a higiene e a questão sanitária, porque temos muitos animais que fazem parte de um ciclo de atividades. Se qualquer vírus ou bactéria que os animais nunca tiveram contato entra nesse espaço, nós corremos o risco de colocar todo o trabalho da indústria em risco”, acrescenta o engenheiro agrônomo.

A primeira área a ser visitada ao entrar nas instalações da granja Dom Porquito é a Unidade de Inseminação de Genética. No local ficam os seis porcos que são produtores de sêmen para a inseminação. Ao abrir a porta do galpão, já se nota que se trata de um lugar diferente. Há três aparelhos de ar-condicionado ligados em baixas temperaturas. Cada um dos seis animais fica acomodado em gaiolas individuais e bem espaçosas, limpas e com água potável distribuída por meio de um sistema que é acionado pelo próprio animal, de acordo com a necessidade dele.

O tamanho dos animais surpreende – eles podem atingir o peso de uma tonelada. São alimentados com 2,2 quilos de ração balanceada por dia, para que não haja excessos ou ausência de nutrientes necessários ao bom desempenho do animal.

Animais chegam a pesar uma tonelada (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Quem nos apresenta o local é o funcionário Elinaldo Gonçalves, 23, brasileense. O jovem merece um destaque: é notável a satisfação que demonstra pelo ofício que desempenha no trato com os animais. Ele nos conta que há bem pouco tempo passou a trabalhar na indústria de produção de porcos.

“Eu era jardineiro na AcreAves [indústria de abate de aves]. Trabalhava embaixo do sol. Gostava do que fazia, mas aqui eu sou muito mais feliz. Nem se compara. Aqui eu cuido deles [porcos], ajudo nos partos e na maternidade, onde ficam as porcas”, diz, timidamente.

Hoje eu tenho orgulho do trabalho que faço aqui. Não o troco pelo que fazia antes

Gonçalves foi selecionado na AcreAves, empresa que pertence ao mesmo grupo proprietário da Dom Porquito, passou três meses e meio em Pato de Minas (MG) para participar do curso de formação para treinador animal, e assim estar apto a fazer inseminação animal, partos e outros cuidados com suínos.

“Foi a primeira vez que saí da minha cidade [Brasileia]. Nunca tinha viajado de avião. Foram horas de viagem, acho que trocamos de avião umas cinco vezes até chegar lá. Foi difícil. Pensei em desistir porque sentia muita saudade da minha família. A gente também custou a se acostumar com a comida deles [mineiros]. Mas hoje, vejo que valeu a pena. Hoje eu tenho orgulho do trabalho que faço aqui. Não o troco pelo que fazia antes”, afirma.

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Coleta – De maneira muito habilidosa, enquanto conversa com a reportagem, o jovem vai encaminhando um dos porcos para a área de coleta de sêmen. O engenheiro agrônomo Marques Araújo explica que os animais montam numa espécie de manequim, que os acomoda como se estivessem montados numa porca. No objeto é passada urina de uma fêmea no cio, para que isso atraia e estimule o macho.

O treinador dos animais fica num local construído com adequações para facilitar a coleta do sêmen. “Essa primeira secreção eu saí na hora da coleta; não serve para nada e precisa ser descartada. Antes de fazer a coleta eu preciso eliminar qualquer sujeira e retirar toda a urina do animal para que ela não contamine o que for colhido”, explicou Elinaldo Gonçalves.

Cada animal é  levado para coleta em intervalos de até quatro em quatro dias, em média. Os funcionários da granja frisam que o intervalo é  importante para garantir qualidade e bom desempenho dos animais.

Durante a coleta, o sêmen é acondicionado dentro de um saco plástico. Depois de concluído, o processo o material é entregue, através de uma pequena janela, para o engenheiro agrônomo que está em uma sala livre de bactérias, climatizada e com entrada restrita para evitar infecções.

“Aqui o que é coletado passa por uma pesagem, verifica espessura, volume e temperatura. Depois é colocado dentro de um frasco [contendo 100 ml]. No frasco há cerca de três a quatro bilhões de espermatozóides, que já podem ser inseminados.”Elinaldo Gonçalves, tratador.

A inseminação – Após a coleta, o material segue com o tratador para o galpão, onde ficam as porcas e leitoas (sendo que são classificadas porcas aquelas que já deram cria, e leitoas, as que nunca cruzaram ou foram inseminadas).

Um porco macho fica neste galpão, mas ele é treinado apenas para identificar qual daquelas porcas está no cio. Ele é guiado pelo treinador, e logo que identifica a porca que está em seu período fértil, o treinador inicia o processo de inseminação.

Todo o processo funciona de maneira muito coordenada, porque todos os animais têm identificação numerada que permite saber os dados a respeito de cada um, permitindo, inclusive, saber quando as fêmeas estão sem eu período de cio, gravidez e a previsão para o parto.

A maternidade – A gestação dura em média 115 dias, mas quando as fêmeas chegam aos 110 dias de gestação elas seguem para a área da maternidade e ficam sendo monitoradas pelos funcionários. “A gente acompanha para evitar que elas sofram e que os filhotes tomem o colostro [primeiro leite]”, disse o tratador.

No momento da reportagem, Josirlam Silva Melo, que também trabalha na granja, estava verificando as condições de higiene do local. O funcionário também atua como tratador, auxiliando em outras funções, como no apoio aos partos ou cuidados com filhotes, entre outros.

Desmama e período de abate – Antes de serem separados das mães, os filhotes vão se adaptando à vida fora do útero das fêmeas. Para manter a temperatura do ambiente, são colocadas caixas com lâmpadas que esquentam os filhotes.

Entre cinco e sete dias após o nascimento, os animais são cadastrados. Passados 21 dias após o nascimento, os leitões são desmamados e levados para outro galpão.

Nessa área eles começam a receber ração, mas a administração da granja decidiu incrementar a dieta – pelo menos na primeira fase -, acrescentando uma papa que lembra o sabor do leite materno.

“Aos poucos eles mesmo vão largando a papa e ficam se alimentando só de ração”, contou o engenheiro agrônomo.

Desde que nascem os leitões, é possível identificar os que têm genética similar à dos avôs e os que têm a genética de comercial. Por isso, ao passar para o galpão dos “adolescentes”, eles já são separados.

Diferencial das instalações – Cada galpão possui um silo próprio para o armazenamento da ração (exceto o galpão da Unidade de Inseminação de Genética). A distribuição do alimento para os animais acontece todo de forma automatizada. Há também uma rede própria de água tratada para evitar que os animais tenham qualquer doença por meio de água contaminada.

Além disso, há  galpões com sistema diferenciado para tratar os excrementos, evitando a presença de moscas e outros insetos.

“É possível notar que em cada local onde temos os porcos há pequenas frestas no piso. Isso permite que as fezes caiam num recipiente que fica embaixo. Depois acionamos uma descarga, e todo os dejetos vão direto para a nossa estação de tratamento de esgoto. Lá utilizamos um pesticida, que elimina as larvas de moscas, o que evita a presença delas aqui. Depois de passar pelo processo de tratamento, as fezes são utilizadas como adubo”, detalhou Marques.

A temperatura nos galpões é automatizada possui telhas térmicas, e os nebulizadores são acionados para que a temperatura ambiente seja sempre controlada. Na área onde ficam os suínos adultos, por exemplo, a temperatura deve variar entre 26°C e 28°C.

“A meta da Dom Porquito é abater 400 animais por dia”

Novos projetos – Em breve a Dom Porquito vai ter uma ação participativa envolvendo produtores da região do Alto Acre, que receberá assistência do governo do Estado. Para isso, os selecionados participaram de curso de qualificação.

Os produtores selecionados terão galpões em suas propriedades, mas todos os locais deverão obedecer às normas sanitárias da granja para assegurar a excelência da carne, que deverá ser exportada para o Peru e Bolívia, e ainda vendida no mercado local.

“Ambiência e segurança sanitária são os fatores mais importantes para termos um produto de qualidade para oferecer no mercado”, frisa o engenheiro agrônomo da indústria.

A meta da Dom Porquito é abater 400 animais por dia. Para tanto, a empresa está investindo na construção de um abatedouro próprio. Por enquanto eles utilizam um destinado a bovinos, que teve área adaptada para abater os suínos.

Qualidade certificada

Os animais que estão na granja foram adquiridos em Minas Gerais. Vieram da criação da empresa Agroceres e têm o selo PIC (Pig Improvement Company), que, de acordo com a apresentação da Agroceres em seu site, é uma “empresa que reúne a maior tradição de conhecimentos e inovações em desenvolvimento genético de suínos sob condições tropicais”.

Uma parceria entre a Agroceres e a PIC, da Inglaterra, possibilitou trazer ao Brasil um núcleo genético de animais de elite. A empresa britânica garante aos seus clientes acesso a linhagens com alto potencial de desempenho, segundo informa a Agroceres.

OUTRAMONTE1 – Machos Comerciais – Geram cevados com ótima conversão alimentar, crescimento rápido e ótima carcaça.2 – Avós e Avôs – Animais de alto valor genético, destinados a granjas multiplicadoras e núcleos filiais, para produção de machos e matrizes comerciais.3 – Matrizes Comerciais – Incomparáveis em eficiência reprodutiva e habilidade materna. Progênies com alta viabilidade e o melhor desempenho zootécnico do mercado.(Fonte: Agroceres PIC)

 Por Nayanne Santana

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Nota pública sobre ponto facultativo nesta quinta, 2 de maio

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Ainda em comemoração ao dia do trabalhador e por entender que muitos dos servidores públicos estão participando das comemorações deste dia na esplanada do Palácio Rio Branco, o governador Gladson Cameli determinou que nesta quinta-feira, 2, o expediente nas repartições públicas do Estado, na capital, terão início ao meio-dia.

Governo do Acre

Fonte: Governo AC

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“Ficou até difícil de escolher, tem muita coisa”, diz servidor sobre a Feira de Economia Solidária na Festa do Trabalhador

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Aproveitando a Festa do Trabalhador, que começou às 17h, em frente ao Palácio Rio Branco, na capital, o servidor Ian Maia fez uma parada na Feira da Economia Solidária. “Ficou até difícil de escolher, tem muita coisa”, disse o trabalhador.

Em clima de festa no evento realizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Acre (Acisa), com apoio do governo do Estado do Acre, Ian, que é servidor da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), elogiou a variedade de alimentos na feira.

Servidor Ian Maia festejando durante de Festa do Trabalhador ao lado da mãe. Foto: Alice Leão/Sete

A variedade citada por Ian se deve a atuação de 46 empreendedores comercializando alimentos como salgados fritos, tacacás, doces, pizzas, caldos entre outras opções. O evento começou cedo, às 17h, e segue com uma programação que vai até meia noite, repleta de muita música com apresentação do Trio Furacão, Dj Black e o show principal da cantora Naiara Azevedo.

Seu Francisco de Alencar com sua família na Feira de Economia Solidária. Foto: Alice Leão/Sete

Seu Francisco de Alencar é proprietário de uma oficina de lanternagem e pintura e, ao trazer sua família à Festa do Trabalhador, destacou: “A estrutura tá ótima, a organização tá perfeita”. O trabalhador ainda elogiou a segurança do evento e confirmou ser um bom espaço para trazer a família.

O secretário de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete) destacou a importância de feiras como esta para a economia local: “Nesta edição da feira, na Festa do Trabalhador, são 46 empreendedores tanto na área de alimentação como no setor de bebidas, então o trabalho que o governo do Acre desenvolve, por meio da Sete, é essencial para crescer a economia e beneficiar diversas famílias que atuam na Economia Solidária, além de garantir uma festa bonita e animada”, enfatizou o gestor da Sete.

Economia Solidária

Seu Adriel Andrade, que vende pratos típicos da região como pirarucu à casaca, destacou as expectativas de vendas durante o evento: “A gente aguarda um excelente público, que surpreenda a nosso expectativa. Que seja um dia de boa venda para todos nós, para a economia solidária”, disse.

Seu Adriel também vende carne na chapa. Foto: Alice Leão/Sete

Já a vendedora de tacacá, rabada e caldo de tucupí, Márcia Araújo, ressaltou a oportunidade de geração de renda durante o evento. “É um evento bastante divulgado .Então, sempre tem público para a gente”, disse Márcia.

Márcia Araújo vende tacacá, rabada e caldo no tucupi. Foto: Alice Leão/Sete

A diretora de Empreendedorismo da Sete, Bianca Marques, destacou o investimento na estrutura da feira: “Acredito que neste evento conseguimos inovar, desenvolvemos um modelo novo de barracas, estrutura física que proporciona um maior e melhor espaço para os clientes e para os empreendedores”, explicou.

“As feiras que atraem a atenção do público são sempre muito importantes para os empreendedores da Economia Solidária, porque garantem e complementam o rendimento mensal de cada um que investe em produtos de qualidade para atender a clientela”, completou o secretário da Sete, Marcelo Messias.

Confira a galeria de fotos:

Fonte: Governo AC

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Cidade de Cobija enfrenta cortes severos entre todos os municípios bolivianos afetados pela crise nacional das receitas petrolíferas

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A capital Pando enfrenta os cortes mais severos entre todos os municípios bolivianos afetados pela crise nacional das receitas petrolíferas. O orçamento municipal em 2024 foi cortado pelas dívidas e pela queda do Imposto sobre Hidrocarbonetos.

O orçamento municipal em 2023 foi cortado pelas dívidas administrativas passadas e pela queda do Imposto sobre Hidrocarbonetos e obrigações não cumpridas durante administração anterior.

Com características de um dramático colapso financeiro, a Prefeitura de Cobija enfrenta a crise pós-inundação com um agravamento do déficit orçamentário que afeta todos os municípios da Bolívia, devido à queda do Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos (IDH); e no caso da capital Pando o défice é agravado pelo pagamento de dívidas acumuladas em administrações passadas e que excedem a capacidade do tesouro municipal.

Dados reveladores desta dramática realidade econômica do município de Cobija, foram apresentados pelo secretário Administrativo e Financeiro da Prefeitura de Cobija, Yovanni Monje Aguilera, durante o evento Public Accountability for Management 2024, realizado no dia 28 de março.

No orçamento executado, houve um corte severo de quase Bs 17.000.000 na transferência governamental do IDH, originalmente orçada em Bs 106.325.823, dos quais apenas 89.534.875 foram desembolsados, ou seja, Bs 16.790.948 a menos do que o programado, o que implica um 15,79%. redução das referidas receitas.

Por outro lado, o serviço da dívida contraída com entidades como o FNDR e o Banco Unión absorveu grande parte das receitas do IDH, porque as obrigações não cumpridas durante a administração anterior passaram a ser debitadas na atual administração.

Agência central do Banco Unión na cidade de Cobija, Pando. Foto Internet

Seguindo relatório divulgado pelo secretário municipal Yovanni Monje, a partir de 2021, o Banco Unión passou a debitar créditos adquiridos para diversas obras. “Em 2023 deduziram-nos cerca de 20 milhões por estes créditos”, explicou Monje.

Para piorar a situação, segundo o Relatório de Prestação de Contas, os recursos de doações externas formalmente comprometidos e orçados não foram canalizados para o Tesouro Municipal, gerando um déficit adicional de 727.210 bolivianos no Orçamento de 2023.

Com exceção dos fundos da UPRE canalizados pelo Tesouro Geral da Nação, que foram cumpridos em 94%; Além da partilha de impostos, também via TGN, que foi desembolsada em 97%, a maior parte das receitas municipais previstas foi reduzida. Os recursos próprios provenientes da arrecadação de impostos e patentes atingiram apenas 76% do programado, enquanto as receitas dos serviços de saúde, especialmente as produzidas pelo Hospital Municipal Roberto Galindo, mal chegaram a 28%. Os recursos da cooperação externa para financiamento de obras por meio do Fundo Produtivo e Social (FPS) foram desembolsados ​​em no máximo 59%.

O orçamento global programado na última gestão foi de Bs 225.050.782, mas foram recebidos Bs 174.564.929, ou seja, apenas 77,57% do que foi orçado, o corte foi de 22,43%. A principal causa desta tendência deficitária reside na iminente diminuição dos recursos do IDH e no pagamento de obrigações que ultrapassavam a capacidade de endividamento deste município.

Segundo a base de dados da reportagem, no orçamento de 2021, o Orçamento Geral da Nação (PGN) programou uma transferência de Bs 255.284.125 para Cobija, e para a gestão de 2022 foram atribuídos Bs 168.694.705, impondo uma redução de 33,9% de um gestão para outra.

Cidade de Cobija-Pando-Bolívia, fronteira com Brasileia e Epitaciolândia – Acre. Foto Internet

Em janeiro deste ano, o TGN desembolsou Bs 4.586.383 para o IDH, 78% desse valor foi destinado ao pagamento de dívidas com o FNDR (Bs 2.189.913) e com o Banco Unión (Bs 923.508), além do alto custo de conversão o IDH de dólares para moeda nacional (Bs 497.871), somando uma dívida paga de Bs 3.611.293 e subtraindo um saldo de apenas Bs 975.091.

Não há sinais de que a situação vá melhorar este ano. Em janeiro do ano passado, o TGN desembolsou Bs 4.586.383 para o IDH, 78% desse valor foi destinado ao pagamento de dívidas com o FNDR (Bs 2.189.913) e com o Banco Unión (Bs 923.508), além do alto custo de conversão do IDH de dólares em moeda nacional (Bs 497.871), somando uma dívida paga de Bs 3.611.293 e subtraindo um saldo de apenas Bs 975.091.

Líderes cívicos e de bairro de Cobija-Pando, que estiveram presentes no ato público de Prestação de Contas, propuseram a iniciativa para reduzir a dependência do IDH e a cada vez mais escassa exportação de gás natural, promovendo a criação de um “Imposto Direto sobre o Lítio”.

“Não temos recursos nem para pagar o salário do prefeito”, declarou a prefeita de cobija, Ana Lucía Reis, poucos dias após a enchente do rio Acre em fevereiro, quando anunciou seu pedido ao Governo central para suspender “todos os pagamentos da dívida por um ou dois anos, com a confiança, com o Banco Unión e outros credores para responder ao nosso povo, depois de um desastre tão grande.”

completou Ana Lucia, completado que as dívidas que totalizam mais de Bs 160 milhões entre fideicomissos e créditos, e se forem incluídos outros compromissos, chegam à mais de Bs 240 milhões.

A prefeita Ana Lucía, está comprometida com a austeridade e busca soluções a partir de sua própria criatividade na atual situação financeira que vive cidade de Cobija-Pando. Foto: internet

A catástrofe natural de Fevereiro, a maior da história nos últimos 50 anos, obrigou o Presidente da Câmara de vereadores de Cobija, a gerar um orçamento extraordinário de 430.000 Bs para a limpeza das casas danificadas, e o orçamento necessário para resolver estruturalmente o problema ambiental é incalculável. e problema habitacional causado pelo desmatamento da mata ciliar. “Temos que deslocar bairros inteiros para zonas afastadas do rio e isso implica a urgência de recursos que não temos”, alertou na época prefeita Ana.

Após a enchente, ocorreu um desastre social. Os trabalhadores e profissionais da Câmara Municipal de Cobija sofreram e resistiram à crise sem conseguirem receber os seus ordenados e vencimentos durante vários meses. A prefeita está comprometida com a austeridade e busca soluções a partir de sua própria criatividade na atual situação financeira que vive Cobija-Pando.

– Com Sol de Pando

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