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DNIT garante recursos para BR-364 e anel viário na fronteira
Gladson Cameli fez uma breve explanação dos objetivos da visita do Diretor-Geral do DNIT nas cidades do Alto Acre

Gladson Cameli já na cidade de Brasileia, após passar por Xapuri e cidades do Juruá – Fotos: Alexandre Lima
O Diretor-Geral do DNIT, Valter Silveira garantiu na manhã de terça-feira (20), no município de Feijó, que não faltarão recursos para a restauração e manutenção da BR-364. Ele desembarcou às 8h30 no aeroporto de Feijó, onde foi recepcionado pelo senador Gladson Cameli (PP-AC), os prefeitos Kiefer Cavalcante (Feijó), Ilderlei Cordeiro (Cruzeiro do Sul) e Marilete Vitorino (Tarauacá).
De carro, Valter Silveira, acompanhado do senador Gladson Cameli, o Coordenador-Geral de Restauração e Manutenção Rodoviária,Fábio Nunes, técnicos do DNIT do Acre, prefeitos e vereadores, percorreram trechos da rodovia entre os municípios de Feijó e Tarauacá.
“O governo federal vai fazer a sua parte, garantir os recursos necessários para restaurar os pontos mais críticos e a trafegabilidade de inverno a verão dessa rodovia que é tão importante para os acreanos”, disse Silveira em entrevista coletiva à imprensa da região do Envira e Juruá.
Ao responder um dos principais questionamentos com relação as obras entre as cidades de Tarauacá e Cruzeiro do Sul, o Diretor-Geral esclareceu que ao contrário do que alguns setores vem anunciando, todos os recursos empenhados para esse ano estão garantidos. “O Acre é o único estado que não sofreu contingenciamento de recursos para manutenção de rodovias, o contrato tem seis lotes e vamos executá-los até chegar ao Juruá”, acrescentou Silveira.
A solenidade de lançamento da segunda frente de serviços na rodovia aconteceu no Clube Maçônico. O trecho anunciado corresponde a uma extensão de 90 km entre Feijó e Tarauacá, avançando para o município de Manoel Urbano. O investimento nessa etapa será de R$ 49 milhões.
Durante a solenidade, vários vereadores manifestaram apoio ao governo federal e a luta da bancada de deputados e senadores empenhados na restauração da rodovia. O prefeito Ilderlei Cordeiro disse a Valter Silveira que a trafegabilidade pela BR-364 é importante não apenas no aspecto econômico, mas para o relacionamento das famílias que vivem no seu entorno da rodovia, e ainda para o setor do turismo da região.
A prefeita Marilete Vitorino citou a importância da revitalização para o escoamento de produtos e o fortalecimento do setor produtivo. “Aqui em Feijó temos o açaí, em Tarauacá o abacaxi, em Cruzeiro do Sul a farinha, por isso essa estrada é o coração da economia local”, destacou Marilete.
O superintendente do DNIT no Acre, Thiago Cavalcante, relatou as dificuldades enfrentadas pelo órgão antes de se transformar em superintendência no estado. Com relação às críticas sofridas, o engenheiro pediu a união de todos na fiscalização dos serviços. “Essa obra não suporta mais politicagem, e é hora de todos se unirem pela execução de serviços com qualidade”, disse Caetano.
O prefeito Kiefer Cavalcante agradeceu a visita do Diretor-Geral Valter Silveira avaliando que além da BR, as cidades precisam de investimentos em infraestrutura urbana. “Com o ISS que será recolhido dos investimentos aqui garantidos, vamos tampar os buracos de nossas ruas e melhorar o acesso à nossa cidade”, disse o prefeito.
O deputado Jesus Sérgio pediu todo o esforço do governo federal para que a BR-364 nunca seja interditada por falta de manutenção. O deputado estadual Nicolau Júnior lembrou que a execução dos projetos anunciados acontece principalmente pelo fato do Acre ter conquistado a autonomia do DNIT este ano.
O senador Gladson Cameli garantiu que vai continuar batendo de porta em porta nos ministérios para que não apenas o CREMA da BR-364, mas o Anel Viário do Alto Acre, a ponte sobre o Rio Madeira e a restauração da BR-317 tenham os recursos garantidos.
“Pretendo continuar fazendo meu papel de legislador, me dedicando dia e noite para que as obras não sejam interrompidas. O que plantamos aqui são sementes de esperanças. O Acre precisa se desenvolver, olhar pra frente, já que essa obra da BR-364 não é minha. Dela dependem diretamente cerca de 250 mil pessoas, daí a importância de nosso compromisso e seriedade com esse projeto”, disse Cameli.
Em Brasileia, Silveira cita trabalho de Gladson pela trafegabilidade das BR’s”
Ainda ontem, Valter Silveira e o senador Gladson Cameli cumpriram agenda no município de Brasileia, no Alto Acre. Recepcionados pela prefeita Fernanda Hassem (Brasileia), Tião Flores (Epitaciolândia) e José Augusto (Capixaba), os deputados estaduais Leila Galvão (PT), Nelson Sales (PV) Nicolau Júnior (PP) Antônio Pedro (DEM) e Eliane Sinhasique (PMDB), além de vereadores, secretários municipais, lideranças do setor produtivo e econômico, Silveira e a comitiva fizeram uma parada técnica para conhecer o local onde serão iniciadas as obras do Avel Viário, na BR-317.
O senador Gladson Cameli fez uma breve explanação dos objetivos da visita do Diretor-Geral do DNIT nas cidades do Alto Acre, reafirmando o seu compromisso com a região. Em seguida, a comitiva foi recepcionada por empresários, comerciantes, lideranças comunitárias, o Diretor-Geral do Deracre, Cristóvão Moura, e a sociedade civil organizada no Centro Cultural Sebastião Dantas.
O superintendente do DNIT no Acre, Thiago Caetano, fez a apresentação do projeto de contorno viário entre as cidades de Epitaciolândia e Brasileia, esclarecendo o cronograma das obras e os recursos já empenhados para este ano. “O contorno complementa definitivamente a principal rota do Pacífico que é a interoceânica juntamente com a ponte sobre o Rio Madeira. Toda parte técnica está concluída, nos próximos 30 dias as questões burocráticas estarão solucionadas e a licitação e o início das obras acontecem ainda este ano”, enfatizou ele.
Ainda de acordo Caetano, existe um termo de compromisso para a realização da obra de forma conjunta, passo a passo, entre o DNIT e o Deracre. R$ 20 milhões foram empenhados em 2016 e R$ 5 milhões foram orçados em 2017. Com o cumprimento total de 10 km e uma ponte duplicada, com 240 metros de vão, o prazo da obra é estimado para dois anos e o custo inicial de R$ 56 milhões. Com supervisão de obras, complementos, desapropriações, o contorno vai custar R$ 70 milhões aos cofres públicos.
Valter Silveira, além de garantir a obra do contorno viário, autorizou um novo contrato para tapa buracos da BR-317, a drenagem da Avenida Marinho Monte e o CREMA da BR-317. “O DNIT trabalha para dar as respostas solicitadas pelas sociedades de Epitaciolândia e Brasileia. Podem ter a certeza que o recurso destinado é suficiente e se não for, junto com a bancada federal vamos disponibilizar mais dinheiro”, garantiu Silveira.
Silveira ainda destacou a atuação do senador Gladson Cameli junto ao órgão em Brasília, afirmando que o parlamentar tem sido incansável pela restauração e trafegabilidade das rodovias federais que cortam o estado. “O trabalho do senador foi fundamental junto aos ministros do planejamento e dos transportes para que não fossem contingenciados os recursos de manutenção das rodovias do Acre”, acrescentou ele.
O senador Gladson Cameli ao usar da palavra, voltou a lembrar que os recursos empenhados para o contorno viário são oriundos de uma emenda de bancada federal. “Eu trabalho assim, sem ver cor partidária, mas pensando no Acre e nas pessoas. Estou otimista, toda nossa bancada federal está. Vamos concluir com esse Anel Viário e a Ponte sobre o Rio Madeira, a integração com o Pacifico via 317”, afirmou o senador.
A prefeita Fernanda Hassem, anfitriã do evento, fechou a solenidade afirmando que a visita do Diretor-Geral do DNIT foi produtiva e será transformada em ações fundamentais para o desenvolvimento regional.
“Existe um esforço coletivo de toda a bancada federal, do senador Gladson Cameli, deputados estaduais, vereadores, prefeitos, do Deracre, da associação comercial, e juntos debatemos aqui com o Valter Silveira saídas estruturantes que vão ajudar, e muito, na economia local e o sonho de integração com o Pacífico”, disse a prefeita.
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Orçamento 2026: Congresso Nacional aprova R$ 6,5 tri em despesas
Texto prevê salário mínimo em R$ 1.621, reserva R$ 5 bilhões para o fundo eleitoral e fixa meta de superávit primário
O Congresso Nacional aprovou, nesta sexta-feira (19), o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026 (PLN 15/2025). O texto, de relatoria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), segue agora para sanção presidencial. A proposta estima um orçamento total de R$ 6,5 trilhões, sendo R$ 1,8 trilhão referente ao refinanciamento da dívida pública federal.
Desconsiderando esse valor, o orçamento efetivo soma R$ 4,7 trilhões, sendo R$ 3,27 trilhões provenientes de receitas correntes e R$ 1,23 bilhões de receitas de capital. Do total, R$ 197,9 bilhões poderão ser aplicados em investimentos e R$ 4,5 trilhões nos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Para 2026, a meta fiscal estabelecida é de um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, mas será considerada cumprida caso o resultado seja de déficit zero.
O texto também prevê uma despesa extra de cerca de R$ 5 bilhões com o fundo eleitoral. Já o salário mínimo foi confirmado em R$ 1.621, valor R$ 10 inferior ao previsto na proposta original enviada pelo governo.
Principais despesas do Orçamento de 2026
Sem considerar o orçamento das estatais, as principais despesas do Orçamento de 2026 são:
- Pessoal e encargos sociais: R$ 489,5 bilhões
- Juros e encargos da dívida: R$ 643,9 bilhões
- Outras despesas correntes: R$ 2,6 trilhões
- Investimentos: R$ 79,7 bilhões
- Inversões financeiras: R$ 229,1 bilhões
- Amortização da dívida: R$ 2,2 trilhões
- Reserva de contingência: R$ 36,5 bilhões
As despesas com pessoal terão aumento de R$ 11,4 bilhões em 2026, em comparação com 2025. Desse total, R$ 7,1 bilhões referem-se a reajustes remuneratórios e concessão de vantagens, enquanto R$ 4,3 bilhões destinam-se ao provimento de 47.871 cargos, funções e gratificações.
Emendas parlamentares
O relatório do Orçamento de 2026 prevê cerca de R$ 61 bilhões em emendas parlamentares. Desse total, aproximadamente R$ 37,8 bilhões correspondem a emendas impositivas, de execução obrigatória. As emendas individuais, apresentadas por deputados e senadores, somam R$ 26,6 bilhões, enquanto as emendas de bancada estadual totalizam R$ 11,2 bilhões. Já as emendas de comissão, que não têm execução obrigatória, somam R$ 12,1 bilhões.
Além disso, o parecer reserva outros R$ 11,1 bilhões em parcelas adicionais, destinadas a despesas discricionárias e a projetos selecionados no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Com a redistribuição dos recursos em relação ao projeto original, alguns ministérios tiveram reforço orçamentário. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por exemplo, passou de R$ 6,1 bilhões na proposta original para R$ 12,7 bilhões. Já o Ministério da Previdência Social sofreu uma redução de R$ 6 bilhões.
Confira o Orçamento 2026 por ministério:
- Agricultura e Pecuária: R$ 12 bilhões
- Saúde: R$ 271,3 bilhões
- Desenvolvimento Agrário: R$ 6,3 bilhões
- Esporte: R$ 2,4 bilhões
- Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 12,7 bilhões
- Turismo: R$ 3,2 bilhões
- Cidades: R$ 16,8 bilhões
- Previdência Social: R$ 1,146 trilhões
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), ressaltou a importância de o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ter sido aprovado antes do encerramento do ano legislativo, ao contrário do Orçamento de 2025, cuja votação só ocorreu em abril.
Segundo o senador, a aprovação antecipada reforça a previsibilidade e a confiança na condução das contas públicas. “O Congresso hoje faz a sua parte e entrega um orçamento com transparência, rastreabilidade e previsibilidade. Não inibe investimentos, atrai quem quer olhar para o Brasil com um cenário de equilíbrio e evita o aumento da inflação e dos juros”, enfatizou.
Créditos adicionais no Orçamento de 2025
Na mesma sessão conjunta, deputados e senadores aprovaram 19 projetos de abertura de créditos no Orçamento de 2025, que somam quase R$ 30 bilhões. O maior deles (PLN 26/25), no valor de R$ 14,4 bilhões, autoriza pagamentos a diversos ministérios e unidades orçamentárias da União.
Outro destaque é o PLN 6/25, que abre crédito suplementar de R$ 8,8 bilhões, principalmente para a constituição do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, previsto na reforma tributária. O fundo tem como objetivo compensar perdas de arrecadação dos estados decorrentes da extinção gradual de benefícios fiscais.
A relação completa dos projetos de abertura de crédito pode ser consultada na página da Agência Câmara de Notícias.
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InfoGripe: influenza A aumenta casos de SRAG na Região Norte
Boletim da Fiocruz aponta alta das hospitalizações e reforça importância da vacinação
A última edição de 2025 do Boletim InfoGripe, divulgada nesta sexta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que a alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em estados da Região Norte — como Acre, Amazonas, Pará e Tocantins — tem sido provocada pelo vírus influenza A. Os casos atingem principalmente a população adulta e idosa.
O boletim também registra aumento das hospitalizações por influenza A em alguns estados do Nordeste, como Bahia, Maranhão e Piauí, além de Santa Catarina, na Região Sul. No Espírito Santo, há indícios de retomada do crescimento das internações pela mesma doença.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra a influenza, especialmente na Região Norte, onde a campanha de imunização está em fase inicial.
“Agora é o período de vacinação contra a influenza A na Região Norte. Por isso, é fundamental que as pessoas dos grupos de risco dessa região se vacinem o quanto antes, para ficarem protegidas contra casos graves e óbitos causados pelo vírus”, orienta.
Queda geral nos casos de SRAG
No âmbito nacional, o cenário indica sinais de queda na tendência de longo prazo, considerando as últimas seis semanas, e de estabilização ou oscilação na tendência de curto prazo, referente às três semanas mais recentes.
Apesar disso, seis unidades da federação ainda apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo: Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal.
A mesma situação foi observada em cinco capitais: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO) e Macapá (AP).
Prevalência dos vírus entre casos e óbitos
Em 2025, foram notificados 224.721 casos de SRAG no país. Desse total, 117.541 (52,3%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 84.004 (37,4%) apresentaram resultado negativo e pelo menos 8.791 (3,9%) ainda aguardam confirmação laboratorial.
Entre os casos positivos, a distribuição dos vírus ao longo do ano foi a seguinte:
- 37,4% – vírus sincicial respiratório (VSR)
- 29,3% – rinovírus
- 23,1% – influenza A
- 8,5% – Covid-19
- 1,2% – influenza B
Em relação aos óbitos, foram registrados 13.234 casos de morte por SRAG em 2025. Desses, 6.687 (50,5%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, 5.315 (40,2%) apresentaram resultado negativo e ao menos 210 (1,6%) ainda aguardam análise.
Entre os óbitos confirmados, os principais agentes identificados foram:
- 24,4% – Covid-19
- 14,7% – rinovírus
- 11% – VSR
- 8,2% – influenza A
- 1,8% – influenza B
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 13 de dezembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 50. Confira outros detalhes no link.
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- Chikungunya: dor nas articulações que pode durar meses
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STF anula provas da Operação Ptolomeu contra Gladson Cameli por maioria de votos
Decisão da Segunda Turma aponta violação ao foro privilegiado e prática de “fishing expedition”; governador fica apto a disputar eleições de 2026
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por quatro votos a um, anular todas as provas produzidas no âmbito da Operação Ptolomeu contra o governador do Acre, Gladson Cameli, e outros 12 réus. O julgamento foi concluído na noite desta sexta-feira (19), em plenário virtual, com encerramento às 21h no horário do Acre e 23h no horário de Brasília.
Votaram pela anulação das provas os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes, que divergiram do relator, ministro Edson Fachin. Fachin acompanhava o entendimento da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, no sentido de que a investigação conduzida pela Polícia Federal não teria violado o foro por prerrogativa de função do governador.
A defesa de Gladson Cameli sustentou que houve desrespeito ao foro privilegiado e a prática conhecida como “fishing expedition” — investigação genérica e sem objeto definido. Segundo os advogados, a Polícia Federal teria iniciado apurações direcionadas ao governador a partir da interceptação de uma conversa que mencionava o termo “governador”, passando a adotar medidas para contornar a competência do STJ. Entre elas, a solicitação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de relatórios envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao chefe do Executivo estadual, como familiares e empresas, sem relação inicial com o objeto da investigação.
Em seu voto, o ministro André Mendonça afirmou que a atuação da autoridade policial foi deliberadamente indevida. Ele destacou que, mesmo com indícios do possível envolvimento do governador, a investigação avançou de forma irregular, com requisições de dados de pessoas do entorno de Gladson Cameli — incluindo esposa e filho menor de idade — antes de qualquer pedido formal de deslocamento de competência para o tribunal competente.
Com a anulação das provas, Gladson Cameli deixa de ter impedimentos judiciais decorrentes da Operação Ptolomeu e passa a estar apto a disputar as eleições de 2026. Nos bastidores políticos, a expectativa é de que o governador mantenha a pré-candidatura ao Senado, posição em que, segundo pesquisas recentes, aparece como favorito.
No entendimento jurídico, a chamada “fishing expedition” é considerada ilegal no Brasil por violar direitos fundamentais, uma vez que se trata de uma investigação ampla e especulativa, sem fato determinado. Provas obtidas por esse meio são passíveis de nulidade por afrontarem os princípios do Estado Democrático de Direito.







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