Conecte-se conosco

Acre

Diretora é ameaçada de morte e mais de 300 alunos abandonam escola no Acre

O medo da violência e o tráfico de drogas crescente sob o domínio das fações Comando Vermelho e B13, são as principais causas da evasão escolar

Publicado

em

O ano letivo de uma escola pública que fica localizada no Mocinha Magalhães, bairro considerado um dos mais violentos de Rio Branco, começou com uma evasão escolar de nada menos que 302 alunos.

O medo da violência e o tráfico de drogas crescente sob o domínio das fações Comando Vermelho e Bonde dos 13, que atuam vizinhos à comunidade, são as principais causas da evasão escolar, garante a diretora, que falou com exclusividade ao portal ContilNet, mas sob a garantia de que nem sua imagem e nem a sua identidade fossem reveladas.

Ela conta que recebe ameaças de morte com frequência dos líderes de fações e já pediu transferência da instituição de ensino na Secretaria de Educação, além disso, que o caso já é de conhecimento das autoridades policiais. “Eu saio de casa para a escola, mas não tenho certeza se volto com vida”, diz trêmula a diretora.

Ela relata também: “Até o ano passado nós tínhamos quase 800 alunos matriculados aqui. Com a chegada desses moradores vizinhos, atrás no Rui Lino III, que o governo trouxe das áreas alagadas da enchente do Rio Acre, isso aqui se transformou em um verdadeiro inferno. O Mocinha Magalhães até então era um bairro tranquilo e bom para se morar, mas veio esse pessoal e a violência e o tráfico de drogas não para de crescer”, lamenta ela.

A diretora diz ainda que a Polícia Militar sempre tem feito um excelente trabalho com rondas periódicas, mas não é suficiente. “Esses bandidos observam tudo. Quando a Polícia vem eles somem. Quando sai eles voltam. Eles vêm vender drogas aqui na frente da escola e fumar maconha. A PM não fica aqui todo tempo e a gente fica desprotegido, claro. Não só eu, que já pedi para sair aqui dessa escola, mas outros professores e funcionários também dizem que não aguentam mais e querer abandonar, serem lotados em outro lugar. Quem é que não tem medo, meu filho?”, relata.

A diretora disse também que o Secretário de Segurança Pública do Acre, Emilson Farias, já tem conhecimento da situação na região onde fica a escola e garantiu que vai tomar providências, no sentido de garantir a tranquilidade dos funcionários e escolares.

“Graças a Deus, o pessoal da Segurança Pública nos ouviu. Espero que resolvam a situação e a paz na nossa escola volte e traga nossos alunos de volta para sala de aula”, agradece a diretora.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Publicado

em

Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

Comentários

Continue lendo

Acre

Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

Publicado

em

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).

O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.

No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.

Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.

O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.

Comentários

Continue lendo

Acre

No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Publicado

em

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.

No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.

Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

Comentários

Continue lendo