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Dia dos Namorados: casal com deficiência visual renova votos de amor regado a muita paixão

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Nós nos conhecemos, ficamos amigos e depois rolou. Mais confesso; A gente conversou muito até chegar ao primeiro beijo”, lembra Luiz sendo interrompido por Maria: “Foram muitos lanches e muita conversa, quanta conversa!”.

Por Wanglézio Braga, do jornal O Rio Branco

“Amor é amor e não importa o tamanho das nossas limitações”. A frase define a história do casal Luiz Silva (46) e Maria Diane (39), moradores do bairro Sobral, em Rio Branco, que aproveitam o – 12 de junho – para comemorar, juntos, o segundo “Dia dos Namorados”. O romance deles poderia facilmente ser confundido com dos grandes personagens da ficção, mas um detalhe torna o enredo desse amor ainda mais emocionante.

Luiz nasceu sem a visão. Maria também não enxerga devido o Sarampo. Os dois cresceram sob muitas dificuldades impostas tanto pela sociedade quanto pela limitação da doença. A superação e a vontade de vencer os levaram para o Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADV), local que jamais vão esquecer, afinal, foi nos corredores da instituição que ocorreu o primeiro contato, o primeiro beijo.

“O nosso encontro não foi por acaso. Eu tinha acabado de reconciliar com Deus. Voltei pra igreja e lá um amigo disse que tinha uma varoa solteira e bastante zelosa. Ele contou que ela cantava e também pregava. Nós nos conhecemos, ficamos amigos e depois rolou. Mais confesso; A gente conversou muito até chegar ao primeiro beijo”, lembra Luiz sendo interrompido por Maria: “Foram muitos lanches e muita conversa, quanta conversa!”.

A data exata eles não lembram, mais acolheram o 12 de junho como o dia de renovar os votos de “felizes para sempre” e de celebrar os dois anos que estão juntos. “Eu já escolhi até uma telemensagem para ele”, revela Diane que é surpreendida por Luiz: “Eu também já pensei na surpresa. Mas, de uma coisa tenha certeza, ela é a minha eterna namorada”.

Luiz e Maria – Um amor que se renova no Dia dos Namorados e que ultrapassa as barreiras da vida

A história dos dois continua. Após alguns meses de namoro, Luiz convidou Maria para viverem juntos. Felicidade para os pombinhos, sinônimo de preocupação para família. Ele comenta que de início até tentaram colocar algumas barreiras quanto à execução das tarefas diárias, situação que não o esmoreceu, pelo contrário, agarrou para si todas as responsabilidades do lar. “Aprendi e ensinei a fazer comida, lavar roupa, arrumar a casa (…) A impossibilidade de enxergar não atrapalha nas nossas responsabilidades”, diz.

De casa nova, Maria descobriu que estava grávida. Mas, o bebê não sobreviveu até o final da gestação. Fase difícil e bem dolorosa que obrigou a suspender até mesmo os estudos e a vida que levavam. Apesar de se manterem com aposentadoria, o casal resolveu reforçar o serviço evangélico e ficar ainda mais unido, ocupando a mente para não cair na temida depressão que tanto assola e vem carregada de sentimentos de incapacidade e inutilidade.

“A gente sofreu juntos uma série de discriminação e preconceito. Sofremos um luto, passamos por muitas coisas. Mais aí as pessoas viram, chegaram a presenciar que somos capazes, de morar juntos, constituir a nossa família. Nós resolvemos lutar contra essa prática da sociedade e até dos mais achegados. A gente sente que isso acontece muito com pessoas com deficiência e é preciso acreditar mais nelas”, exalta Luiz.

Os dias foram passando e o primeiro sinal de recuperação apareceu. Luiz decidiu concluir o Ensino Médio e vai se formar em agosto deste ano. Planeja estudar Música na Universidade Federal do Acre (UFAC) e ainda fazer um curso de radialista. Já Maria preferiu concluir o ensino fundamental, mais só na posterioridade. O motivo? Está esperando o Josué, que deve vir ao mundo no mês de setembro. Por isso, adiou alguns planos pessoais em nome da família.

Apesar das difíceis barreiras, o casal reforça que o bom relacionamento está fazendo com que ambos cheguem a seguinte conclusão: O amor se importa somente com a beleza interior. E num momento puro de reflexão, Maria e Luiz aconselham aos tímidos, àqueles que buscam apenas uma companhia e aos já casados a viverem intensamente com ou sem limitações.

“A gente é a prova de que tudo deu certo. Acho importante nunca se dar por perdido. Sempre enfrente o medo ao buscar a felicidade. Procurem o amor, busquem-no sob todos os aspectos. Seja no amor divino, familiar, porque se fizerem isto vão alcançar a misericórdia de Deus e a felicidade, afastando a depressibilidade, a falta de fé e o pessimismo. Agradeço a Deus por ter colocado essa amiga, companheira e conselheira na minha vida” conclui Luiz sendo correspondido por Maria: “A sorte é toda minha, feliz nosso dia”.

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Ampliação do número de carteiras assinadas é sustentada, diz IBGE

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O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado do Brasil cresceu 2,6%, com a inclusão de 1 milhão de trabalhadores, no trimestre encerrado em novembro, número recorde, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE.

Com o resultado, que não inclui trabalhadores domésticos, são 39,4 milhões de empregados nesta condição. Desse total, 13,1 milhões são do setor público, também um número recorde, com avanço de 1,9% ou mais 250 mil pessoas no trimestre e de 3,8% no ano com mais 484 mil pessoas.

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Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, apesar de especificamente não ter sido uma variação estatisticamente significativa, a trajetória por si só, garantiu chegar ao fim deste trimestre com o contingente de 39,4 milhões de pessoas, o que representa um número recorde para a série carteira assinada no setor privado.

“Embora não significativa, sempre vem acrescentando carteira no cômputo geral, ou seja, é um movimento que foi sustentado ao longo de 2024 e agora para 2025”, comentou entrevista virtual à imprensa para apresentação dos dados da Pnad Contínua.

No mesmo trimestre, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também mostrou estabilidade no trimestre e atingiu 13,6 milhões. O total representa recuo de 3,4% ou menos 486 mil pessoas no ano.

Já os trabalhadores por conta própria alcançaram 26 milhões, o que é novo recorde da série histórica. Se comparado ao trimestre anterior, embora tenha ficado estável, o contingente aumentou 2,9% ou mais 734 mil pessoas no ano.

“O trabalho por conta própria chega à marca inédita de 26 milhões, a maior estimativa da série histórica da pesquisa. A despeito da variação trimestral não ter ocorrido e ter ficado no campo da estabilidade, a expansão continuada assegurou o atingimento desse volume de trabalhadores por conta própria”, disse.

Informalidade

O recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no trimestre encerrado em novembro foi motivo para a variação negativa da taxa de proporção de trabalhadores informais na população ocupada.

O número de pessoas nesta situação ficou em 37,7% da população ocupada ou 38,8 milhões de trabalhadores informais. No período anterior terminado em agosto tinha ficado em 38,0 % ou 38,9 milhões. É também menor que os 38,8 % ou 39,5 milhões, registrados no trimestre encerrado em novembro de 2024.

A coordenadora ressaltou, o que classificou de quadro interessante, ao verificar o quanto a população ocupada total cresceu e quanto dessa parcela da população está na informalidade. “O ramo informal não apenas não cresceu como retraiu. Isso faz um movimento de perda de força do ramo informal, pontuou.

Adriana Beringuy destacou que parte expressiva dos 601 mil trabalhadores que entraram para a população ocupada no trimestre foi justamente no segmento da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que cresceu 2,6%, ou 492 mil pessoas ocupadas a mais. Neste segmento, ainda que tenha contratos temporários, o da educação não é considerado informal e tem legalidade constituída e assegurada, explicou a coordenadora.

Ela disse também que os segmentos informais são compostos por emprego sem carteira no setor privado, trabalho doméstico sem carteira assinada, conta própria e empregador sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar. “Quando a gente soma todas essas parcelas populacionais, chega ao valor de 38 milhões 817 mil pessoas consideradas ocupadas e formais, antes eram 38.878, ficou praticamente estável”.

No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desocupação ficou em 5,2% da força de trabalho do país, ou 5,6 milhões de pessoas em busca de trabalho, sendo a menor desde 2012, quando começou a série histórica da Pnad Contínua. Desde o trimestre encerrado em junho de 2025, que o indicador vem mostrando, sucessivamente, menores taxas da série.

Rendimentos

Outro recorde no trimestre terminado em novembro, foi no rendimento médio real habitual da população ocupada do Brasil que atingiu R$ 3.574, com alta de 1,8% no trimestre e de 4,5% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2024, já descontados os efeitos da inflação.

O avanço de 5,4% no rendimento médio dos trabalhadores em Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas puxou este recorde. Conforme a Pnad Contínua, se comparado anualmente, houve ganhos em cinco atividades: Agricultura e pecuária (7,3%), Construção (6,7%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras (6,3%), Administração pública (4,2%) e Serviços domésticos (5,5%).

Com o desempenho do rendimento médio e do número de trabalhadores, a massa de rendimento real habitual também atingiu novo recorde. “R$ 363,7 bilhões, com altas de 2,5% (mais R$ 9,0 bilhões) no trimestre e de 5,8% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano”, informou o IBGE.

Pesquisa

De acordo com o IBGE, a Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil e abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios e visitados a cada trimestre. “Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nesta pesquisa, integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Idoso de 61 anos é resgatado de dentro de caminhonete trancada sob calor intenso e passando mal em Rio Branco

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Homem que se apresentou como tutor foi preso em flagrante por suspeita de abandono de incapaz. Bombeiros arrombaram vidro para salvar vítima, que estava com pressão alta

Um homem que se apresentou como tutor do idoso e dono do veículo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, sob suspeita de abandono de incapaz. Foto: captada 

Um idoso de 61 anos foi resgatado por bombeiros de dentro de uma caminhonete trancada na Rua Isaura Parente, em Rio Branco, na tarde de segunda-feira (29). O homem havia ficado mais de uma hora no veículo sob calor intenso até que pedestres perceberam que ele passava mal e acionaram a polícia.

O major Ocimar Farias, do Corpo de Bombeiros, explicou que, após tentativas frustradas da RBTrans e de um chaveiro, a equipe arrombou o vidro traseiro para retirar a vítima, que estava com pressão alta e debilitada. Um homem que se apresentou como tutor do idoso e dono do veículo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, sob suspeita de abandono de incapaz.

O idoso recebeu os primeiros socorros no local e foi encaminhado para atendimento médico. A PM confirmou indícios de abandono, uma vez que ele permaneceu trancado sem os cuidados necessários.

O major Ocimar Farias explicou que os bombeiros quebraram o vidro de uma das janelas para ter acesso ao idoso.

“Ele faz uso de remédios e estava com o carro trancado no calor. Quando chegamos ao local já tinha uma equipe da RBTrans tentando abrir, mas não conseguiu. Nossa única alternativa foi fazer o arrombamento do vidro traseiro”, reforçou.

O bombeiro confirmou que o idoso estava com a pressão alta e debilitado. Ele recebeu os primeiros socorros ainda no local. A PM-AC confirmou que ‘foi constatado que o idoso se encontrava em situação de vulnerabilidade, havendo indícios de abandono de incapaz, uma vez que permaneceu trancado no veículo sem os cuidados necessários’.

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Moradores de Manoel Urbano enfrentam ruas intransitáveis e lama em pleno fim de ano

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Reportagem flagrou acesso apenas por tábuas improvisadas e quadriciclos na Baixada do Porto Atual. População cobra ações da prefeitura para infraestrutura local

A situação atinge de forma mais severa idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida, que precisam procurar os pontos menos alagados para conseguir se deslocar, muitas vezes correndo riscos. Foto: captada 

Na Baixada do Porto Atual, em Manoel Urbano, ruas completamente tomadas pela lama dificultam o tráfego de pedestres e veículos em pleno período de festas de fim de ano. A situação, flagrada pela reportagem do jornalista Gilmar Mendes Lima nesta terça-feira (30), revela problemas crônicos de infraestrutura que seguem sem solução, afetando principalmente idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida.

Moradores relataram que a única forma de acesso em vários trechos é por tábuas improvisadas sobre a lama ou por quadriciclos — os únicos veículos capazes de trafegar no local. Eles afirmam que a área está entre as mais negligenciadas pela Prefeitura de Manoel Urbano, sem serviços regulares de recuperação das vias ou drenagem, situação que piora com as chuvas.

A população cobra ações emergenciais para garantir condições mínimas de acesso e evitar que o abandono persista, impactando a rotina e a segurança das famílias que residem na localidade.

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