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Detentos são denunciados por homicídio qualificado por mortes durante rebelião em presídio de segurança máxima no Acre em 2023
Cinco homens foram assassinados durante a rebelião que durou mais de 24 horas no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco, em julho de 2023. Denúncia foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 6ª Promotoria de Justiça Criminal nesta sexta-feira (11)
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Preso foi feito refém durante rebelião em presídio no Acre. Foto: Reprodução
Por Hellen Monteiro, g1 AC — Rio Branco
Detentos envolvidos na rebelião ocorrida no Presídio Antônio Amaro Alves, em julho de 2023, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC) nesta sexta-feira (11). Na ocasião, cinco presos foram mortos e três ficaram feridos, entre detentos e agentes de segurança.
Os detentos envolvidos já haviam sido denunciados pelo MP por integrarem uma organização criminosa. Agora, eles são , com as qualificadoras de torpeza, crueldade, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e uso de armas de fogo de uso restrito.
A denúncia, apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 6ª Promotoria de Justiça Criminal, destaca a brutalidade da rebelião, cujo objetivo era tomar o controle da unidade prisional em favor da facção criminosa dos acusados.
Além de homicídio qualificado, eles também foram denunciados por tentativa de homicídio contra cinco policiais penais, sequestro qualificado e constrangimento ilegal. Este último se refere à coação, sob ameaça de morte, para que rivais dos denunciados trocassem de organização criminosa ou fizessem confissões religiosas forçadas.
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A rebelião no presídio se arrastou por mais de 24 horas, acabou por volta das 10h na manhã do dia 27 de julho de 2023. O policial penal que foi mantido refém por detentos foi liberado e encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco
Durante o episódio, três dos cinco reclusos mortos foram decapitados. Em um dos casos, segundo as investigações, a decapitação foi feita por colegas da facção da vítima, que foram forçados a realizar o ato para demonstrar lealdade à nova ordem.
Entre os denunciados estão os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró em fevereiro deste ano, mas que já foram recapturados. A denúncia foi apresentada à Segunda Vara do Tribunal do Júri. Os dois foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.
Rebelião
Segundo informações do gabinete de crise, os presos renderam policiais penais e tiveram acesso às armas que foram usadas para tomar o pavilhão de isolamento da unidade.
Um policial penal do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) foi atingido no início da ação, com um tiro de raspão na região ocular. E outro foi pego como refém e permaneceu na mira dos presos até o fim da rebelião.
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PMs passavam notícias aos parentes de presos em busca de notícias à época. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
A rebelião no presídio se arrastou por mais de 24 horas, acabou por volta das 10h na manhã do dia 27 de julho de 2023. O policial penal que foi mantido refém por detentos foi liberado e encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco. O governo do estado confirmou a morte de cinco presos.
As ruas que dão acesso ao presídio tiveram de ser bloqueadas durante a rebelião, e um esquema de segurança foi montado na Avenida Antônio da Rocha Viana em frente ao Instituto Médico Legal (IML) em Rio Branco. Desde o dia 26 de julho, familiares buscaram informações no local. Além disso, o policiamento nas ruas da capital foi reforçado.
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Policial penal mantido refém durante rebelião em presídio de segurança máxima no AC é liberado. Foto: Victor Lebre/g1
Mortos
A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Acre confirmou a identificação dos cinco presos que foram mortos durante a rebelião. Os mortos são considerados chefes de uma organização criminosa e, segundo o Instituto Médico Legal (IML), três deles foram decapitados.
Entre os executados estão:
- Ricardinho Vitorino de Souza – vulgo Anjo da Morte: Conhecido como matador de um grupo criminoso que atua na capital, ele estava preso desde fevereiro de 2020. Na época da prisão, a Polícia Civil informou que ele executava ordens que partiam de dentro do presídio junto com outros comparsas. Ele confessou participação em 15 homicídios ocorridos na capital acreana.
- Marcos Cunha Lindoso – vulgo Dragão: Considerado um dos maiores chefes de uma facção criminosa com atuação no estado, ele foi preso em São Paulo em 2018. Ele chegou a ser resgatado quando participava de uma feira de artesanato no Centro de Rio Branco, durante atividade externa. Ele era condenado por tráfico de drogas e por integrar organização criminosa.
- Francisco das Chagas Oliveira da Silva – vulgo Ozim: Também ligado a uma facção criminosa. Ele foi condenado em 2020 a mais de 20 anos por integrar organização criminosa.
- Lucas de Freitas – vulgo Poloco: Em 2020, ele foi condenado a mais de 29 anos pela morte de Florípedes Paixão dos Santos, de 37 anos, ocorrida em abril de 2015. Ele também era suspeito de envolvimento em um latrocínio de um policial militar aposentado.
- David Lourenço da Silva – vulgo Mendigo: Ele cumpria pena por integrar organização criminosa.
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Matador em série e chefe de facção estão entre os mortos em rebelião. Foto: Arquivo
Sobre o presídio
O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e há presos que exercem poder de liderança nos grupos criminosos que fazem parte. Os grupos criminosos são separados por pavilhões.
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Presídio Antônio Amaro teve rebelião de cerca de 24 horas. Foto: arte/g1
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Presídio Antônio Amaro está tomado pela facção criminosa. Foto: Reprodução/Google Maps
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Polícia conclui inquérito sobre estupro de adolescente de 15 anos em Rio Branco
Geilson da Silva Barbosa foi indiciado por lesão corporal e estupro; caso será encaminhado ao Ministério Público para denúncia formal.
A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura o estupro de uma adolescente de 15 anos, ocorrido há nove dias em Rio Branco. Geilson da Silva Barbosa, autor do crime, foi indiciado por lesão corporal e estupro. O procedimento, encaminhado nesta segunda-feira (24) ao Poder Judiciário, contém depoimentos das testemunhas e da vítima, além do interrogatório do réu e laudos que comprovam o delito.
O caso será agora remetido ao Ministério Público do Acre (MP-AC) para o oferecimento formal da denúncia contra Geilson. O acusado foi preso em flagrante na madrugada do dia 15 de fevereiro, após estuprar a adolescente em um terreno baldio próximo a um clube no Conjunto Novo Horizonte.
Segundo a polícia, a vítima foi atacada no momento em que se afastou do namorado para atender a necessidades fisiológicas. Após o crime, Geilson foi agredido por populares, que o espancaram com socos, chutes e golpes de ripa. A intervenção da Polícia Militar impediu que o acusado fosse linchado.
O inquérito detalha as circunstâncias do crime e reforça a gravidade dos fatos. A população espera que a Justiça seja rápida e eficiente na punição do acusado, garantindo a segurança e a proteção de menores contra crimes violentos.
O caso chocou a comunidade e reforça a necessidade de medidas preventivas e educativas para combater a violência sexual e proteger as vítimas. A família da adolescente recebe apoio das autoridades e da sociedade durante o processo de recuperação.
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Foragido da Justiça de Tarauacá é preso com arma e drogas em operação da PM em Rio Branco
Todo o material apreendido foi apresentado às autoridades para os procedimentos legais cabíveis
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Ao notar a presença policial, ele tentou fugir e se livrar dos materiais ilícitos, jogando-os no córrego da região. Foto: assessoria
Yaco News
Uma operação da Força Tática do 1° Batalhão da Polícia Militar resultou na prisão de Mardone de Aguiar Silva, de 26 anos, no bairro Nova Esperança, localizado no Trapiche. O suspeito, possuía um mandado de prisão em aberto, por tráfico de drogas, crime cometido no município de Tarauacá em 2024. O foragido foi preso novamente portando drogas e armas.
Durante o patrulhamento, os militares avistaram Mardone na entrada do Beco da Nova Esperança, uma área conhecida pelo intenso tráfico de drogas. Ao notar a presença policial, ele tentou fugir e se livrar dos materiais ilícitos, jogando-os no córrego da região. No entanto, a tentativa foi frustrada pela equipe, que conseguiu capturá-lo rapidamente.
Após deter o suspeito, os policiais recuperaram os itens descartados e confirmaram a posse de uma grande quantidade de entorpecentes e armamentos. Entre os objetos apreendidos estavam:
162 pedras de crack (aproximadamente 0,122g);
8 trouxinhas de cocaína (4 pequenas e 4 grandes), totalizando cerca de 34g;
4 tabletes de maconha, pesando 370g;
1 arma de fogo calibre .22,
1 caixa de munição calibre .22 contendo 10 munições intactas,
2 balanças de precisão,
1 balaclava,
1 coldre de perna verde,
1 caderno de contabilidade,
1 peça artesanal para arma de fogo caseira,
1 lata de biscoito contendo embalagens de entorpecentes,
4 notas de R$ 2, totalizando R$ 8,
1 nota de dólar.
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Os policiais recuperaram os itens descartados e confirmaram a posse de uma grande quantidade de entorpecentes e armamentos. Foto: assessoria
Além disso, os policiais encontraram um rolo de papel Insulfilm, geralmente utilizado para embalar drogas.
Diante das evidências, Mardone Aguiar da Silva foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia Central de Flagrantes (Defla), onde permanece à disposição da Justiça. Todo o material apreendido foi apresentado às autoridades para os procedimentos legais cabíveis.
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Polícia Civil do Acre prende homem por furto e outro por suspeita de estupro em Tarauacá
A prisão representa um avanço no trabalho investigativo da Polícia Civil no combate a crimes sexuais e na proteção das vítimas
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Homem com histórico de furtos, tráfico e tentativa de homicídio é preso novamente por furto. Foto: cedida
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia Geral de Tarauacá, prendeu nesta segunda-feira, 24, dois indivíduos em cumprimento de mandados de prisão expedidos pelo Judiciário.
Um dos detidos, identificado pelas iniciais A.N.S., possui um extenso histórico criminal, incluindo cinco passagens por furto, uma por ameaça, uma por tentativa de homicídio e outra por tráfico de drogas. Ele foi preso novamente pelo crime de furto.
O segundo preso, J.L.R.N., foi capturado por suspeita de estupro. A prisão representa um avanço no trabalho investigativo da Polícia Civil no combate a crimes sexuais e na proteção das vítimas.
As ações fazem parte dos esforços contínuos da PCAC para garantir a segurança da população e reforçar o compromisso da instituição com o cumprimento da lei. As autoridades seguem investigando os casos e os presos estão à disposição da Justiça.
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