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Despedida a Roberto Bolaños reúne 40 mil no Estádio Azteca

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Caixão seguirá de volta para a sede da Televisa, na Cidade do México.
Família não divulgou qual será o destino dos restos mortais do comediante.

Do G1, com France Presse

Caixão com corpo de Roberto Bolaños chega ao estádio Azteca rodeado de pessoas vestidas de 'Cahpolin' (Foto: Alfredo Estella/AFP)

Caixão com corpo de Roberto Bolaños chega ao estádio Azteca rodeado de pessoas vestidas de ‘Cahpolin’ (Foto: Alfredo Estella/AFP)

30/11/2014 – Caixão de Roberto Bolaños pouco antes da missa de corpo presente no estádio Azteca (Foto: Alfredo Estrella/AFP)

30/11/2014 – Caixão de Roberto Bolaños pouco antes da missa de corpo presente no estádio Azteca (Foto: Alfredo Estrella/AFP)

30/11/2014 – Fãs de Roberto Bolaños lotam as arquibancadas do estádio Azteca para o velório do criador de Chaves e Chapolin (Foto: Marco Ugarte/AP)

30/11/2014 – Fãs de Roberto Bolaños lotam as arquibancadas do estádio Azteca para o velório do criador de Chaves e Chapolin (Foto: Marco Ugarte/AP)

30/11/2014 – Milhares de fãs fazem fila diante do estádio Azteca, na Cidade do México, neste domingo, para o velório de Roberto Bolaños (Foto: Alfredo Estrella/AFP)

30/11/2014 – Milhares de fãs fazem fila diante do estádio Azteca, na Cidade do México, neste domingo, para o velório de Roberto Bolaños (Foto: Alfredo Estrella/AFP)

O corpo de Roberto Bolaños, criador de personagens emblemáticos, como Chaves e Chapolim deixou por volta das 16h15 (local, 20h15 de Brasília) deste domingio o estádio Azteca, rumo a sede da Televisa, na Cidade do México. A família não divulgou qual o destino do corpo de Bolaños.

Muitos fantasiados como as famosas personagens criadas por Roberto Gómez Bolaños, o Chaves’, uma multidão de mexicanos aguardou por horas em uma longa fila para poder participar das homenagens que o comediante falecido recebeu este domingo no Estádio Azteca.

 

ROBERTO BOLAÑOS
Morre o criador de Chaves e Chapolin

“Era como um irmão, como um tio, como um pai. Por isso viemos aqui para nos despedir dele”, declarou Esteban Chávez, um dos muitos fãs de Bolaños que não escondia sua tristeza.

O caixão com os restos de Bolanos foi levado para o estádio, que pertence à rede Televisa, para onde o comediante trabalhou boa parte de sua carreira.

No estádio do América, o time de coração de Bolaños, foi colocada uma grande cruz de madeira entre duas enormes fotos do comediante.

A cerimônia religiosa foi transmitida ao vivo pela tv mexicana, assim como para outros países onde o programa criado por Bolaños conquistou legiões de fãs.

Pombas brancas foram soltas e o caixão deu uma última volta pelo estádio, ao fim da cerimônia religiosa realizada na presença de familiares, amigos, políticos e artistas.

O corpo de Bolaños foi velado no sábado nos estúdios da Televisa, e estiveram presentes, além de sua segunda esposa, a atriz Florinda Meza – a dona Florinda – e seus seis filhos, atores como Edgar Vivar (Seu Barriga) e Carlos Villagrán (Quico), que, apesar de ter mantido uma delicada disputa judicial com o comediante falecido, não deixou de reconhecer sua genialidade.

“Se foi um gênio, um mestre (…) Devo a ele tudo que sei e serei eternamente agradecido”, declarou Villagrán que, junto com María Antonieta de las Nievas (Chiquinha) disputaram com Bolaños os direitos autorais de suas personagens.

No sábado, Bolaños também recebeu um minuto de aplausos no Estádio Azteca por parte dos torcedores que foram ver a partida entre o América e o Pumas.

Durante o cortejo até a sede da Televisa San Ángel, neste sábado, fãs vestiram a fantasia do Chapolin Colorado e o gorro do Chaves para se despedir do comediante mexicano (Foto: Reuters/Carlos Jasso)

Fãs vestem a fantasia do Chapolin Colorado para se despedir do comediante mexicano (Foto: Reuters/Carlos Jasso)

No trajeto do caixão entre sua residência em Cancún e a Televisa, também foi ovacionado pelas pessoas nas ruas.O legendário comediante morreu na sexta-feira, aos 85 anos, de causas ainda não divulgadas.Em suas últimas aparições públicas, Bolaños sempre se deslocava com o auxílio de uma cadeira de rodas.

Ele fez rir gerações de crianças latino-americanas, com personagens inesquecíveis como Chapolin Colorado e Chaves, que usava do humor para revelar os profundos temores que o assombravam desde criança.

Por causa de sua prolífica escrita, que rendeu roteiros para rádio, televisão, cinema, teatro e inclusive vários livros, Bolaños foi apelidado por um colega de ‘Chespirito’, um pseudônimo que aliava a comparação com o talento do dramaturgo Shakespeare e um diminutivo que refletia a sua baixa estatura.

O comediante nasceu em 21 de fevereiro de 1929 em uma família de classe média da Cidade do México. Seu pai, um boêmio amantes das artes, trabalhou como desenhista e ilustrador para importantes jornais, mas a vida desregrada provocou sua morte precoce, quando o pequeno Roberto tinha apenas seis anos.

Quando adolescente, Bolaños sonhava ser jogador de futebol e se destacou em torneios escolares de boxe, que disputava escondido da mãe. Aos 22 anos, começou a estudar engenharia mas se aventurou a escrever anúncios em uma agência de publicidade e logo estreou como roteirista em programas de rádio, televisão e cinema que ganharam fama.

Mais tarde, aproveitou a ausência de algum ator nas gravações para fazer graça diante das câmeras, dando os primeiros passos para o comediante que interpretaria personagens nascidos em sua própria imaginação.

Aos 40 anos, Bolaños estreou na televisão mexicana com o programa Chespirito que, com interpretações diversas, ficou no ar por 25 anos ininterruptos em horário nobre e foi exportado para inúmeros países.

Edgar Vivar, o Senhor Barriga, publica imagem de Roberto Bolaños, o Chaves, recebendo mensagem de fãs do Brasil (Foto: Reprodução/Facebook/Edgar Vivar Oficial)

Edgar Vivar, o Senhor Barriga, publica imagem de Roberto Bolaños, o Chaves, recebendo mensagem de fãs do Brasil (Foto: Reprodução/Facebook/Edgar Vivar Oficial)

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Desembargador decide adotar inovação legislativa do CPC conhecida como ope legis

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O desembargador Roberto Barros decidiu rever a própria decisão ao analisar agravo interno, impetrado pelo advogado Alisson Freitas Merched, que apontou como motivo do recurso a “inovação legislativa”, ope legis. A decisão, datada do dia 10, aponta a inexigibilidade momentânea do “recolhimento do preparo recursal”, o pagamento de custas com o processo.

Segundo o magistrado, a mudança de entendimento é baseada no argumento de que taxas podem ser descontadas na fase de execução de honorários advocatícios, cobrados judicialmente.

“A decisão retratada pautou-se na premissa de que a isenção de custas depende, invariavelmente, de provocação da parte e deferimento judicial (sistemática da Gratuidade de Justiça), todavia, o § 3º do art. 82 do CPC introduziu no ordenamento uma regra de diferimento legal automático (ope legis), de natureza cogente e objetiva”, escreve o desembargador.

Roberto Barros ainda apontou como “formalismo excessivo” em uma situação em que os próprios honorários possuem “natureza alimentar”.

A inovação legislativa é prevista no § 3º do art. 82 do Código de Processo Civil (CPC), atualizado na Lei nº 15.109/2025.

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Estudantes de aldeia indígena em Assis Brasil celebram formatura do ensino fundamental

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A professora Maria Francisca Saraiva destacou a importância do momento para a comunidade. Segundo ela, a formatura é a concretização de um sonho coletivo, construído com esforço, perseverança e fé na educação como instrumento de transformação social

Estudantes da Escola Indígena Nossa Senhora da Conceição celebram a primeira formatura do 9º ano do ensino fundamental na Aldeia Peri, em Assis Brasil. Foto: cedida

Levar educação pública de qualidade a todos os acreanos, independentemente da distância ou das dificuldades de acesso, é um compromisso permanente do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE). Esse compromisso ganhou um significado histórico na última semana, na Aldeia Peri, localizada no município de Assis Brasil, onde, pela primeira vez, 30 estudantes da Escola Indígena Nossa Senhora da Conceição concluíram o 9º ano do ensino fundamental.

O feito representa muito mais que uma formatura. Para chegar até a comunidade, o acesso exige uma viagem terrestre de cerca de 70 quilômetros pelo ramal Icuriã, seguida por aproximadamente uma hora e meia de deslocamento fluvial em barco. Um percurso que simboliza os desafios enfrentados diariamente para garantir que o direito à educação chegue aos locais mais remotos do estado.

A professora Maria Francisca Saraiva destacou a importância do momento para a comunidade. Segundo ela, a formatura é a concretização de um sonho coletivo, construído com esforço, perseverança e fé na educação como instrumento de transformação social. A educadora também ressaltou a visita da equipe do Núcleo da SEE em Assis Brasil como um gesto significativo para a aldeia.

Ao todo, 30 alunos concluíram o Ensino Fundamental, marcando um novo capítulo para a educação indígena no interior do Acre. Foto: cedida

A coordenadora da Representação da SEE em Assis Brasil, Sandra Lopes, celebrou o marco histórico. “É algo inédito: uma turma de 30 alunos se formando no 9º ano do ensino fundamental, pela primeira vez na comunidade, com muita garra e determinação. Esses estudantes desejam seguir estudando e ingressar no ensino médio em 2026, o que mostra que a educação abre caminhos e amplia horizontes”, afirmou.

Durante a cerimônia, também houve homenagens à liderança local, com destaque ao senhor Francildo Matias de Sousa Manchineri, vice-liderança da comunidade, que assumiu com responsabilidade e compromisso a continuidade do trabalho educacional após a partida do professor Artur, mantendo vivo o sonho coletivo de acesso à educação.

Mesmo com acesso por ramal e via fluvial, o governo do Acre garante o direito à educação de qualidade nas comunidades mais remotas. Foto: cedida

Representando os estudantes, Sebastião Salomão Manchineri, o aluno mais velho da turma, emocionou a todos ao falar em nome da classe. “Somos profundamente gratos. A luta e o esforço da união das lideranças tornaram possível a conclusão de um ciclo tão importante. Esta conquista não representa apenas o fim de uma etapa, mas a prova de que a educação transforma realidades e constrói futuros. Nosso respeito e gratidão a todos que acreditaram e lutaram para que este momento se tornasse realidade”, declarou.

Educação indígena como prioridade

Para o secretário de Estado de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, o momento reafirma o compromisso do governo com uma política educacional inclusiva, respeitosa e adaptada às especificidades dos povos indígenas.

“Garantir educação de qualidade às comunidades indígenas exige um trabalho diferenciado, sensível às culturas, aos territórios e às realidades locais. O que vimos na Aldeia Peri é a prova de que, com planejamento, compromisso e valorização dos profissionais da educação, é possível superar distâncias e transformar vidas. Essa formatura representa o fortalecimento da educação indígena no Acre e reafirma que nenhum estudante ficará para trás, independentemente de onde viva”, destacou o secretário.

Estudantes celebram a conclusão de uma etapa e sonham com o ingresso no ensino médio em 2026. Foto: cedida

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Cortes no orçamento de 2026 ameaçam funcionamento da Ufac, diz Andifes; cenário é crítico

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Os cortes agravam um cenário já considerado crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das universidades federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao executado em 2025, mesmo sem considerar os efeitos da inflação e os reajustes obrigatórios de contratos

A associação alerta que o cenário atual representa “comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades federais”

Vitor Paiva

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com os cortes promovidos pelo Congresso Nacional no orçamento das Universidades Federais durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026. Segundo a entidade, as reduções afetam diretamente o funcionamento das instituições e comprometem ações essenciais de ensino, pesquisa e extensão.

De acordo com análise preliminar da Andifes, o orçamento originalmente previsto no PLOA 2026 para as 69 universidades federais sofreu um corte total de R$488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários. A entidade informa que os cortes “incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior”.

A Andifes destaca que a situação é mais grave na assistência estudantil, considerada estratégica para a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Apenas nessa área, o corte alcançou cerca de R$100 milhões, equivalente a uma redução de 7,3%. Para a associação, a medida “compromete diretamente a implementação da nova Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES)”, instituída pela Lei nº 14.914/2024, e coloca em risco avanços relacionados à democratização do acesso e da permanência no ensino superior público.

Segundo a entidade, os cortes agravam um cenário já considerado crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das universidades federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao executado em 2025, mesmo sem considerar os efeitos da inflação e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente os relacionados à mão de obra. A Andifes ressalta ainda que o quadro se torna mais preocupante diante de reduções semelhantes nos orçamentos da Capes e do CNPq.

No texto, a associação alerta que o cenário atual representa “comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades federais”, além de ameaçar a sustentabilidade administrativa das instituições e a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A entidade também aponta que a restrição orçamentária impõe entraves ao desenvolvimento científico e, consequentemente, à soberania nacional.

A Andifes reconhece o diálogo mantido com o Ministério da Educação, afirmando que a pasta tem demonstrado sensibilidade diante da gravidade do cenário. No entanto, reforça que “os cortes aprovados pelo Congresso Nacional exigem ações imediatas de recomposição, sob pena de comprometer o funcionamento regular das universidades federais e limitar o papel estratégico dessas instituições no desenvolvimento científico, social e econômico do país”.

Por fim, a associação informou que seguirá atuando junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional em defesa da recomposição do orçamento das universidades federais e da pesquisa científica, da valorização da educação superior pública e do cumprimento do compromisso constitucional do Estado brasileiro com a ciência, a educação e a redução das desigualdades sociais e regionais.

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