Acre
Desgaste à vista para o governo: começa nesta segunda manifestações contra terceirização da Saúde
Sintesac considera a terceirização “um processo cheio de falhas, que vai precarizar o atendimento
Desde o dia 17 de outubro, quando o líder do governo, Daniel Zen (PT), mencionou a terceirização da Saúde, o medo passou a rondar os funcionários da pasta. Eles não têm dúvidas que a mudança vai precarizar ainda mais a relação de trabalho. A partir daí, diversos movimentos começaram a ser feitos para evitar a concretização do projeto. O Conselho Estadual de Saúde fez uma reunião para debater o assunto. O deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS), realizou uma audiência pública, com o mesmo fim.
“Técnicamente não há o que fazer. Politicamente, vamos tentar de tudo para evitar a terceirização”. A afirmação do parlamentar se deu na saída da reunião entre a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida por ele, com o promotor chefe da Promotoria de Saúde do MPE, Gláucio Shiroma. O promotor esclareceu que o STF já declarou a legalidade da terceirização. Por sua vez, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que permite a terceirização irrestrita.
O Sintesac, sindicato que representa os trabalhadores da saúde, considera a terceirização “um processo cheio de falhas, que vai precarizar o atendimento a população e às condições de trabalho”. Na avaliação dos sindicatos, a precarização do trabalho, que começa com a demissão de funcionários e redução salarial dos que ficam, leva de volta ao período anterior à Constituição de 1988, ou seja, pessoas passam a ser contratadas sem concurso, sem exigência de formação . Esses, muitas vezes começam limpando o chão e em pouco tempo estão aplicando injeções e fazendo outros procedimentos de risco para os pacientes.
A terceirização não necessita da aprovação dos deputados, mas precisa da anuência do Conselho Estadual de Educação. E, dentro do Conselho a perseguição já começou. A conselheira Nira Cunha, denunciou ao promotor Gláucio Shiroma que ela e o marido, o líder indígena Ninawá, encabeçam a lista dos que devem ser demitidos antes da votação da proposta de terceirização, por conta da posição anti terceirização.
Mesmo sem grandes expectativas, os sindicatos e os movimentos sociais, com o apoio de alguns parlamentares (toda a oposição é contra a terceirização, assim como os deputados Raimundinho da Saúde e Jenilson Lopes (PCdoB)), iniciam nesta segunda feira (4), um movimento com ações diárias. Às 8 horas, haverá uma reunião no HUERB que marca o início da atuação do Grupo do Arrastão: um grupo de 15 pessoas que vai para o corpo a corpo nas unidades de saúde, mostrar os malefícios da terceirização.
A tarde outro grupo estará panfletando no terminal Urbano. Na terça feira (5), haverá o lançamento do Fórum Viva SUS, no auditório do Coren, Conselho Regional de Enfermagem. Não está descartada uma reunião com o candidato do PT ao governo do estado, Marcus Alexandre. Afinal, os 5 mil funcionários da saúde, somados aos 1.800 do Pró Saúde, representam votos que podem determinar uma eleição. “Somos totalmente contrários à terceirização e vamos lutar até o fim, contra isso”, afirmou Rosa Nogueira, presidente do SPATE, sindicato que representa os enfermeiros.
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O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo
Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital
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De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

Foto: Pedro Devani
Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.
O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.
O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.
O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.
Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.
Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.
Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.
Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.
Fonte: Prefeitura de Rio Branco


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