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Desemprego cresce e fecha 4º trimestre de 2015 em 9%

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EMPREGOOOAgência Brasil

A taxa de desemprego fechou o quarto trimestre do ano passado em 9% em todo o país, a maior da série histórica iniciada em 2012, mas mostrando estabilidade em relação aos 8,9% da taxa de desocupação do terceiro trimestre de 2015.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e tem abrangência nacional. Divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa indica que, quando a comparação se dá com o quarto trimestre de 2014 (6,5%), a taxa de desocupação cresceu no último trimestre do ano passado 2,5 pontos percentuais.

As informações registram que, no fechamento do quarto trimestre de 2015, a população desocupada do país era de 9,1 milhões de pessoas, permanecendo estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas aumentando 40,8% (ou mais 2,6 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2014. Segundo o IBGE, esse foi o maior crescimento da população desocupada, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, de toda a série da PNAD Contínua.

Emprego

A pesquisa sinaliza, por outro lado, que o país tinha no fechamento do quarto trimestre de 2015 uma população ocupada de 92,3 milhões, mostrando, estatisticamente, estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas recuando 0,6% (ou menos 600 mil pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2014.

No quarto trimestre de 2015, cerca de 35,4 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre o terceiro e quarto trimestres de 2015, o contingente de pessoas com carteira de trabalho assinada caiu 3% ao longo do ano (menos 1,1 milhão de pessoas).

O crescimento de 2,5 pontos percentuais no total de pessoas desocupadas no quarto trimestre do ano passado, comparado com igual período de 2014 (de 6,5% para 9%), mostra o aumento do desemprego em todo o país, com destaque para a região Norte, onde a taxa passou de 6,8% para 8,7% (alta de 1,9 ponto percentual); Nordeste (de 8,3% para 10,5%); Sudeste (de 6,6% para 9,6%); Sul (de 3,8% para 5,7%); e Centro-Oeste (de 5,3% para 7,4%).

Desemprego

Percentualmente, no entanto, o Amapá mostrou a maior taxa de desocupação (12,5%); enquanto Santa Catarina fechou com a menor taxa (4,2%). Entre as 27 capitais, Macapá fechou o quarto trimestre de 2015 com a maior taxa (14,6%) e, empatados, Rio de Janeiro e Campo Grande, fecharam com a menor (5,2%). Já entre as 21 regiões metropolitanas analisadas, Macapá (13,7%) tinha a maior taxa e Curitiba (5,2%) a menor.

Média de desemprego

Ao registrar – no quarto trimestre de 2015 – uma taxa de desemprego de 9%, o Brasil fechou o ano com uma  média de desemprego de 8,5%, a mais alta da série histórica iniciada em 2012 e um aumento significativo de 1,7 ponto percentual na comparação com a taxa média de 2014, de 6,8%.

Ao fechar o quarto trimestre em alta de 9% , o desemprego no país registrou aumento de 40,8% no total de pessoas desocupadas nos últimos três meses do ano passado, quando comparado ao quarto trimestre de 2014, o que significa mais 2,6 milhões de pessoas desocupadas, com a população ocupada caindo em 600 mil pessoas (0,6%).

Rendimento médio real

Em um ano, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores brasileiros caiu 2%. Segundo dados da Pnad Contínua, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores fechou o quarto trimestre de 2015 em R$ 1.913 (retração de 1,1%) em relação ao trimestre anterior – R$ 1.935 – e de 2% em relação ao mesmo trimestre de 2014, quando o rendimento médio real do brasileiro era de R$ 1.953.

Entre as grandes regiões, o Sudeste (R$ 2.236) mostrou o maior rendimento médio e o Nordeste (R$ 1.276), o menor. Entre as unidades da federação, o Distrito Federal tinha, em dezembro último, o maior rendimento (R$ 3.629) e o Maranhão, o menor: R$ 1.016.

Nas capitais, Vitória (R$ 3.951) tem o maior rendimento e Belém (R$ 1.581), o menor. Entre as regiões metropolitanas, São Paulo (R$ 3.008) lidera e Belém (R$ 1.481) tem o menor rendimento médio.

Já a massa de rendimento real habitual (R$ 171,5 milhões) ficou (0,6%) estável em relação ao trimestre anterior (R$ 172,7 milhões), mas caiu 2,4% em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 175,7 milhões).

Nível da ocupação

O nível de ocupação no país no quarto trimestre de 2015 foi estimado pelo IBGE em 55,9%, ficando estável em relação ao trimestre anterior, mas com queda de 1 ponto percentual em comparação com igual trimestre de 2014, quando era de 56,9%.

As regiões Sul (60,8%) e Centro-Oeste (60,0%) tinham os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar, com o Nordeste apresentando o menor nível da ocupação (50,7%).

Os dados indicam, ainda, que, no quarto trimestre do ano passado, havia no país 38,6% de pessoas em idade de trabalhar fora do mercado de trabalho, com a região Nordeste ostentando a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (43,4%), enquanto Sul (35,5%) e Centro-Oeste (35,2%) tiveram os menores percentuais.

Posição na ocupação

Os dados da Pnad Contínua indicam que, no quarto trimestre de 2015, a população ocupada era composta por 68,3% de empregados, 4,3% de empregadores, 24,8% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,5% de trabalhadores familiares auxiliares.

O setor privado respondia por 72,1% do contingente de pessoas empregadas e o setor público por 18%, enquanto o setor de serviços domésticos representava 9,9%. Nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões: 42,4% e 31,1%, respectivamente.

Cerca de 77,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, 0,2 ponto percentual acima do quarto trimestre de 2014. Nas comparações anuais, há um movimento de aumento contínuo da participação do trabalho com carteira de trabalho assinada.

Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 33,3% tinham carteira de trabalho assinada no quarto trimestre de 2015. No mesmo trimestre de 2014, eram 32,1%. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 69,1% dos empregados do setor público.

Grupamentos de Atividade

O grupamento de atividade do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas respondia, no quarto trimestre de 2015, pela maior proporção de trabalhadores (19,2%), seguido dos grupamentos da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (17,0%) e da indústria geral (13,4%).

Os grupamentos com as menores participações foram os de transporte, armazenagem e correio (4,9%); alojamento e alimentação (5,0%); e outros serviços (4,5%).

A pesquisa constatou, ainda, que no Norte (18%) e no Nordeste (15,5%) era elevada a participação do grupamento da agricultura, pecuária, produção de florestas, pesca e aquicultura, enquanto no Sudeste, a participação foi de apenas 5,4%. A indústria geral, no Sul, apresentava 18,5% de pessoas ocupadas e no Nordeste, 9,4%.

Norte e Sudeste se destacaram, mais uma vez, no grupamento de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: na primeira região, a participação dessa atividade (5,1%) foi a menor dentre as cinco grandes regiões e, na segunda, (13,2%), superior à média nacional.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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