
Foto: Jardy Lopes
Pela primeira vez em 50 anos, a maior feira de negócios do Acre, a Expoacre, está ameaçada de não acontecer por burocracias nunca vistas antes impostas pela Superintendência da Secretaria do Patrimônio da União no Acre (SPU-AC).
Na contramão das realizações das 49 edições anteriores, o atual titular da SPU-AC, Tiago Mourão, tem dificultado a parceria do governo federal com o governo do Acre, no que diz respeito à cessão do parque cujas terras pertencem à União e onde a feira é realizada todos os anos.
Segundo documentos do governo do Estado, a que a reportagem teve acesso, há uma sequência de ofícios enviadas à SPU-AC, desde o início do mês de abril, solicitando a liberação para que os trabalhos de preparação do parque sejam realizados em tempo hábil.
Indagado sobre o que poderia estar acontecendo, o secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, foi enfático ao afirmar que lhe causa estranheza as afirmações do titular da SPU-AC, inclusive publicadas em notas na imprensa, segundo as quais ele não teria recebido “nenhum ofício solicitando a permissão para uso do parque – Terras da União” e ainda que “foi uma surpresa para ele ao ver a divulgação do calendário do evento”.
O governo não vai ceder a caprichos
Também questionado pela reportagem sobre a articulação entre as instituições, o secretário de Estado de Governo, Luiz Calixto, afirmou de forma incisiva que o Estado fará tudo que estiver ao seu alcance para que a Expoacre seja realizada.
“O governo do Estado não vai ceder a caprichos e nem à vaidade de pessoas que estão em cargos onde deveriam representar interesses maiores em detrimento dos seus. Pela primeira vez estamos enfrentando esse tipo de problema, com o atual superintendente da SPU-AC criando embargos na tentativa de atrapalhar a parceria do Estado com o governo Federal na realização da Expoacre que é o maior evento de negócios do Acre”, disse.

Foto: Sérgio Vale
Ainda de acordo com Calixto, mesmo com as dificuldades impostas, o governo do Estado seguirá fazendo sua parte no sentido de garantir que a Expoacre aconteça dada sua importância para a economia.
“Nós vamos proceder como sempre procedemos, realizando os devidos pagamentos, a manutenção do parque que, alías, é válido dizer que é a única época do ano que o local recebe manutenção e melhorias. Depois da realização da feira, fica depredado, abandonado. O Estado sempre realizou a feira de forma parceria com o governo federal e é o que vamos fazer com o apoio da classe empresarial, dos pequenos comerciantes e de toda a população que é a maior beneficiada”.
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