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Deputada quer curso Pré-Enem gratuito para alunos da rede pública no interior
Antônia frisou que a indicação fará com que os estudantes tenham mais chances em ingressar em uma universidade

Maria Antônia quer a criação de pré-Enem gratuito e uma academia comunitária no interior/Foto: ascom
SAIMO MARTINS
deputada estadual Maria Antônia (PROS) usou a tribuna no pequeno expediente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para apresentar duas indicações ao governo do Estado. A primeira é um pedido para que seja implantando um curso de Pré-Enem para beneficiar os alunos da rede de ensino público do município de Rodrigues Alves.
De acordo com a parlamentar, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) antes tinha apenas a finalidade de medir o nível de conhecimento dos alunos, no entanto, agora a prova é essencial para ingressar no ensino superior tanto nas instituições públicas quanto nas privadas.
“Portanto é de suma importância a criação de uma sala com um curso preparatório para a realização do Enem na região, haja vista que os alunos têm dificuldade de acesso ao ensino de nível superior”, destacou.
Antônia frisou que a indicação fará com que os estudantes tenham mais chances de ingressar em uma universidade. “Estou aqui atendendo um pedido dos alunos”, explicou.
Outra indicação apresentada pela parlamentar para o município foi a criação de uma academia comunitária para beneficiar a saúde dos moradores com a prática de atividades físicas. “A construção dessa academia vai diminuir os riscos de doenças cardíacas, diabetes, pressão alta, entre outras doenças”, declarou.
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Família busca por jovem com transtornos mentais desaparecido há dez dias em Rio Branco
Jemerson Matos, 28 anos, foi visto pela última vez no dia 14 de julho; familiares temem por sua segurança e pedem ajuda da população

Desaparecimento de jovem com transtornos mentais expõe falhas no atendimento a pessoas vulneráveis no Acre.Foto: captada
Há dez dias, a família de Jemerson Matos, 28 anos, vive um drama sem respostas. O jovem, natural de Sena Madureira e morador de Rio Branco, desapareceu no dia 14 de julho e, desde então, não há nenhum registro de seu paradeiro. Jemerson enfrenta transtornos mentais e, em crises anteriores, costumava caminhar pela BR-364 em direção à zona rural, onde parentes residem no Projeto Joaquim de Matos, a 38 km da capital. Desta vez, porém, nenhuma pista foi encontrada ao longo da rodovia.
A ausência de políticas públicas efetivas para pessoas com problemas psiquiátricos agrava a situação. Familiares relatam que Jemerson estava apenas com a roupa do corpo quando desapareceu, aumentando os riscos de exposição à violência e à falta de cuidados. A Polícia Civil do Acre acompanha o caso, mas, até o momento, não há avanços significativos nas buscas.
A família, em desespero, teme que o jovem, em estado de vulnerabilidade, não consiga pedir ajuda ou seja vítima de agressões. Eles percorreram bairros da capital, divulgaram fotos nas redes sociais e agora apelam à população por informações.
Qualquer detalhe pode ser repassado pelo telefone (68) 9 8109-9874.
O caso reacende o debate sobre a necessidade de maior estruturação de serviços de assistência social e saúde mental no estado, além de protocolos mais ágeis para desaparecidos em situação de risco. Enquanto isso, a angústia da família de Jemerson só aumenta a cada dia sem notícias.
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Acre registra mais de 4,7 mil acordos com o INSS

Edfício sede do INSS, em Brasília • Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Até a manhã desta quinta-feira, 24, o estado do Acre já realizou 4.754 adesões ao acordo que o governo federal propôs para viabilizar a devolução dos valores descontados ilegalmente dos benefícios previdenciários de milhões de aposentados e pensionistas em todo o Brasil.
O número coloca o Acre na quarta colocação entre os estados da Região Norte do Brasil com maior número de acordos já formalizados. Já São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são as três unidades da federação com o maior número no país.
Pará – 35. 704
Amazonas – 18.473
Tocantins – 4.958
Acre – 4.754
Rondônia- 4.550
Amapá – 3.741
Roraima – 1.960
Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 1.052.128 de pessoas já formalizaram o pedido de ressarcimento. Destas, 196.160 residem em São Paulo; 99.949, em Minas Gerais e 93.738 no Rio de Janeiro.
Em seguida, vêm os estados do Ceará (56.417); de Pernambuco (50.206); do Rio Grande do Sul (48.316) e do Maranhão (43.116). Até a manhã desta quinta, Roraima era o estado com o menor número de adesões (1.960).
O detalhamento divulgado pelo INSS confirma que o esquema de descontos ilegais revelado pela Operação Sem Desconto, que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram em 23 de abril deste ano, fez vítimas nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal (DF).
De acordo com a PF e a CGU, associações civis, sindicatos e outras entidades de classe fraudaram o INSS ao conseguir que a autarquia descontasse, diretamente dos benefícios pagos a milhões de aposentados e pensionistas, as chamadas mensalidades associativas – contribuições que as pessoas pagam periodicamente para fazer parte de uma determinada entidade. Dos cerca de 9,3 milhões de beneficiários consultados pelo INSS sobre os descontos, pouco mais de 2,05 milhões estão aptos a aderir ao acordo.
O reembolso dos valores descontados sem a autorização dos aposentados e pensionistas começou a ser feito hoje.
Cerca de 533 mil beneficiários do INSS que aderiram ao acordo até a última segunda-feira (21) vão ser contemplados ainda esta semana. A partir daí, o cronograma de ressarcimento prevê pagamentos diários, em lotes de até 100 mil pessoas, até que todos sejam ressarcidos. O pagamento seguirá a ordem cronológica da adesão ao acordo, ou seja, aqueles que aderirem primeiro ao acordo vão receber primeiro.
Os canais de atendimento para contestação dos descontos permanecem abertos e ficarão disponíveis até, pelo menos, 14 de novembro de 2025. Quem ainda não aderiu ao acordo federal, pode fazê-lo pelo aplicativo Meu INSS ou nas agências dos Correios – não é possível fazer a adesão pela Central 135.
A adesão é gratuita, não exige envio de documentos e permite que os beneficiários que sofreram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025 recebam sem precisar entrar na Justiça, por via administrativa.
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Acre tem o pior desempenho do país em inglês, aponta ranking internacional
Estudo EF EPI revela que estado é o único do Norte com proficiência “muito baixa”; especialistas apontam falta de investimento e estrutura como causas

Com 443 pontos, o estado ficou não apenas na última posição no ranking nacional, como também foi o único da Região Norte. Foto: internet
O Acre registrou o pior desempenho do Brasil no Índice de Proficiência em Inglês (EF EPI) 2024, divulgado pela EF EPI (English Proficiency Index). Com 443 pontos, o estado ficou na última colocação no ranking nacional e foi o único da Região Norte classificado com proficiência “muito baixa” – abaixo até mesmo do Amapá (445 pontos), que também enfrenta dificuldades.
Acre fica atrás de todos os vizinhos da Região Norte
Enquanto Roraima liderou a região com 487 pontos, outros estados nortistas, como Pará (464) e Amazonas (455), tiveram desempenho um pouco melhor, ainda que na faixa de “baixa proficiência”. O resultado contrasta com estados do Sul e Sudeste, como Santa Catarina (535) e Minas Gerais (519), que apresentam níveis moderados.
Falta de estrutura e investimento agravam o cenário
EF Education Firsta pontam que o baixo desempenho do Acre reflete:
- Escassez de professores qualificados em língua inglesa
- Dificuldade de acesso a cursos de idiomas e materiais didáticos
- Falta de investimento em tecnologias educacionais
- Barreiras socioeconômicas que limitam oportunidades de aprendizado
Impactos na economia e educação
A deficiência em inglês prejudica:
- Oportunidades de emprego em empresas globais
- Acesso a bolsas de estudo e pesquisas internacionais
- Inserção do estado em redes acadêmicas e profissionais
“Sem políticas públicas eficientes, o Acre continuará isolado em um mundo cada vez mais conectado”, alerta um especialista em educação.
A baixa proficiência em inglês pode afetar diretamente o acesso da população a oportunidades de estudo, trabalho e informação, além de limitar a inserção do estado em redes acadêmicas e profissionais globais.
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