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Denuncia: Bandidos brasileiros presos em presídios da Bolívia estão ‘encomendando’ roubos via WhatsApp no Acre
Receptador de veículos do caso de latrocínio já foi identificado na cidade de Cobija e ainda não foi detido pelas autoridades bolivianas.
Um levantamento feito nos últimos dias, se levou a crer que algo está de errado e muitos estão sendo cúmplices em crimes, que vem acontecendo no estado do Acre. E o pior, sob conivência de quem poderia estar combatendo e evitando esses ilícitos.
Segundo fontes de dentro da Polícia Civil e Militar do Acre, o trabalho de combate ao crime, especialmente aos roubos de veículos, que vem alimentando grupos criminosos que estão enfrentando o Estado, é chamado de “enxugar gelo”. Chegando ao ponto de tentarem roubar o veículo do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, fato esse ocorrido na noite desta segunda-feira, dia 29.

Acesso de carros roubados no Brasil para o lado boliviano pela cidade de Epitaciolândia está sendo facilitado – Foto: arquivo/oaltoacre
Foi levantado que esses veículos estão sendo a base de troca para poderem obter armas e cocaína nas regiões centrais da Bolívia. Desta forma, fortalecem as facções e, consequentemente, realizam mais crimes. Na fronteira do Acre, carros roubados tem sua tabela de preço para poder passar sem que seja visto nos postos de fiscalização do lado boliviano, dando a entender que funcionários públicos e policiais estão sendo cooptados e recebendo subornos.
Outra denuncia que foi constatada, mas, nada pode ser feito, seria de que brasileiros condenados que estão em presídios considerados seguros na Bolívia, como São Pedro de Chanchocoro, conhecido como um dos piores do mundo, fazem ‘encomendas’ de veículos para serem vendidos e assim, possam pagar pela sua estadia. Várias ligações via WhatsApp já foram interceptadas, sem que nenhum policial incomode.

Ligações via WhatsApp de dentro do presídio estão sendo feitas para encomendar veículos no lado brasileiro – Foto/internet
No tocante aos acordos entre autoridades policiais do Acre e da Bolívia, se pode dizer que praticamente não existe a reciprocidade, ficando apenas no papel e na foto. Isso se pode ver em casos recentes, onde bandidos entregaram veículos provenientes de latrocínio, ainda não foram restituídos desde o dia 14, quando uma vida foi ceifada, bens roubados e entregues ao receptador, na cidade de Cobija.

Receptador identificado pela polícia acreana pelo apelido de ‘Anubis’, estaria circulando em Cobija e não foi preso.
As investigações chegaram a 99% do caso. Cinco acusados foram identificados e presos no lado acreano. Com delação de alguns dos envolvidos, o receptador foi identificado e o local onde estaria as armas e caminhonetes foi mostrada aos policiais bolivianos, próximo a uma clínica famosa existente na parte alta da cidade boliviana.
A partir daí o receptador brasileiro foi identificado por uma foto como ‘Anubis’, que vinha atuando na região do Baixo Acre. Até o momento ainda não foi preso e os veículos devolvidos. Contam ainda que, uma das caminhonetes já teria sido pintada e circula tranquilamente pela cidade de Cobija.
“Pouco dias atrás, conseguimos recuperar uma moto roubada no lado boliviano e prender o receptador aqui no Brasil. Em menos de 24 horas, conseguimos restituir o bem, mas, quando acontece do outro lado, existe uma burocracia interminável. Tem casos de trânsito de anos atrás, que até hoje não conseguiram restituir o veículo”, desabafou um dos policiais que não será identificado.

Raimundo foi assassinado e teve veículos levados para Cobija que ainda não foram restituídos – Foto: Arquivo pessoal
No caso do latrocínio de Brasiléia, todos os envolvidos já foram identificados e alguns presos, no lado brasileiro. Infelizmente, os policiais brasileiros não têm autonomia de poder ir até o local para prender o acusado e restituir os veículos. Restando apenas esse 1% que está nas mãos das autoridades bolivianas.

Acusados foram identificados e detidos no lado brasileiro faltando apenas o receptador ser detido pelas autoridades bolivianas – Foto/Arquivo
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Igarapés transbordam após mais de 10 horas de chuva e deixam comunidades isoladas no interior do Acre
Cheias interditam ramais em Sena Madureira e Brasiléia; Defesa Civil monitora elevação do Rio Acre e mantém equipes em prontidão
Após mais de nove horas de chuvas intensas que atingiram praticamente todo o Acre, além de áreas da Bolívia e do Peru, igarapés transbordaram em diversas regiões do estado e causaram transtornos a comunidades rurais, deixando ramais intransitáveis e famílias isoladas.
Em Sena Madureira, o igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município, transbordou na tarde desta sexta-feira (26) e interrompeu completamente o tráfego no ramal do quilômetro 40. A ponte que garante o acesso à comunidade ficou submersa, impossibilitando a passagem de veículos, motocicletas, pedestres e até animais.
Vídeos enviados por moradores à reportagem mostram a força da correnteza no local. Segundo relatos, a única forma de atravessar seria por meio de embarcação, mas o risco é considerado alto devido à intensidade da água. “A correnteza está muito forte e a ponte sumiu debaixo d’água. É perigoso tentar passar”, afirmou um morador.
Com a via interditada, diversas famílias ficaram ilhadas e sem acesso à BR-364, principal ligação com a área urbana do município.
Situação semelhante foi registrada em Brasiléia, no ramal do Jarinal, com acesso pelo km 5 da BR-317. O igarapé da região transbordou e deixou o trecho praticamente intransponível. Em um dos vídeos, moradores tentam atravessar com uma motocicleta que acaba tendo o motor invadido pela água. Em outra gravação, um colono montado a cavalo desiste de atravessar para não colocar a própria vida e a do animal em risco.
As chuvas intensas também vêm provocando impactos no campo, com ramais intrafegáveis, comunidades isoladas e prejuízos à produção rural. O excesso de água dificulta o acesso às propriedades, impede o escoamento da produção e pode afetar o abastecimento e os preços de alimentos na capital.
Monitoramento dos rios
Dados da Defesa Civil Municipal apontam que o volume de chuva registrado em Rio Branco nas últimas 24 horas foi de 44,40 milímetros, contribuindo para a elevação do nível do Rio Acre. Monitoramento da plataforma “De Olho no Rio”, da Prefeitura, indicou que o manancial atingiu 10,19 metros por volta das 10h45 desta sexta-feira, acompanhando o grande volume de chuvas acumuladas ao longo de dezembro, que já ultrapassou a média prevista para todo o mês.
O Sistema de Hidro-Telemetria da Rede Hidrometeorológica Nacional informou que, até as 18h (horário do Acre), o nível do Rio Acre manteve-se relativamente estável em alguns pontos, apesar das chuvas mais intensas terem ocorrido principalmente nas zonas rurais.
No posto da Aldeia dos Patos, acima do município de Assis Brasil, o nível registrado às 18h foi de 3,57 metros — três centímetros abaixo da marca registrada quatro horas antes, que era de 3,60 metros.
Já em Rio Branco, no mesmo horário, o Rio Acre ultrapassava os 12 metros, com elevação rápida em poucas horas, impulsionada pelo grande volume de água trazido pelos afluentes que deságuam na região.
A Defesa Civil permanece em estado de alerta, com equipes em prontidão, monitorando famílias em áreas de risco e prestando apoio às comunidades atingidas.
Novas informações poderão ser divulgadas a qualquer momento.
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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC
Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).
Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.
Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.
O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.
Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.
A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.
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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato
A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal
Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.
Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.
No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.
Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.
Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.





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