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Cruzeiro do Sul confirma 9 casos de doença de Chagas e mais 5 em investigação

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Foi posto em prática um plano de contingência, que inclui medidas de controle do vetor da doença, campanhas de conscientização e orientação para a comunidade, além de reforço no monitoramento dos casos.

O besouro barbeiro, transmissor da doença, pode ter sido “batido” junto com o açaí ou o patoá, conhecidos como “vinhos” da floresta. Foto: internet 

Em Cruzeiro do Sul, nove casos de doença de Chagas foram confirmados e 5 estão sob investigação. As nove pessoas infectadas estão internadas no Hospital do Juruá, sendo que uma já deverá ter alta nos próximos dias. Na última quinta-feira, 25, um homem, morador do bairro Miritizal, deu entrada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com febre e dores de cabeça e no abdômen. “No exame de gota espessa a doença de Chagas foi confirmada e em seguida outras 8 pessoas, parentes e amigos do homem, também foram diagnosticadas com a doença. A forma de contágio foi um açaí ou um patoá feitos para um aniversário. Estamos em alerta”, diz o secretário de Saúde de Cruzeiro do Sul, Áureo Neto.

Governo do Estado e prefeitura de Cruzeiro do Sul agem em conjunto e realizaram uma reunião nesta terça-feira, 30. Os pacientes estão sendo acompanhados por uma equipe médica especializada e a forma de contaminação ainda está sob investigação. O besouro barbeiro, transmissor da doença, pode ter sido “batido” junto com o açaí ou o patoá, conhecidos como “vinhos” da floresta.

“A Vigilância Epidemiológica do Estado e da prefeitura estão em investigação. A orientação é que o açaí seja lavado com cloro e bem higienizado. Os pacientes internados e, mesmo após a alta, serão acompanhados por nossas médicas infectologistas”, explica Diane Carvalho, representante da Sesacre em Cruzeiro do Sul.

Equipes das Vigilâncias Sanitárias e Epidemiológicas da prefeitura de Cruzeiro do Sul e do governo do Estado, Atenção Básica, Unidade de Pronto Atendimento e Hospital do Juruá estão em alerta para os sintomas dos pacientes. Agentes Comunitários de Saúde e Agentes Comunitários de Endemias estão fazendo busca ativas na localidade onde os casos foram registrados e em outras comunidades. Foi posto em prática um plano de contingência, que inclui medidas de controle do vetor da doença, campanhas de conscientização e orientação para a comunidade, além de reforço no monitoramento dos casos.

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Ausência de alertas nos celulares gera críticas durante enchente atípica em Rio Branco

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Defesa Civil municipal reconhece limitações no envio de notificações, enquanto Rio Acre atinge 15,37 m e mais de 400 pessoas estão em abrigos

Falcão reforçou que o sistema não é automatizado e que exige equipes exclusivas para funcionar plenamente, o que, segundo ele, pode comprometer outras frentes de atendimento emergencial. Foto: captada 

A ausência de alertas da Defesa Civil nos celulares da população durante a enchente atípica de dezembro em Rio Branco gerou questionamentos e críticas nas redes sociais. Até esta terça-feira (29), o Rio Acre já desabrigou mais de 400 pessoas, que estão em sete abrigos montados em escolas e centros culturais. Às 12h, o rio marcava 15,37 metros.

Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, o sistema de alertas — que depende da integração entre as esferas municipal, estadual e nacional — ainda passa por testes e tem limitações operacionais. Ele explicou que o envio de notificações não é automatizado e exigiria equipes exclusivas, o que poderia comprometer outras frentes emergenciais.

“Nós não conseguimos atender a todos e também essa parte. O sistema não é eletrônico, então precisa de equipes exclusivas. Se nós formos fazer isso, nós deixamos de atender a população”, afirmou Falcão. Ele reforçou que, enquanto as equipes atuam diretamente em bairros e abrigos, falta estrutura para monitoramento contínuo, especialmente em áreas sem sensores eletrônicos, dependendo de vistorias presenciais.

Implementação

Atualmente, de acordo com a Defesa Civil, Rio Branco possui cerca de 230 bairros, dos quais 43 foram afetados diretamente por inundação ou enxurrada até esta segunda-feira (29). As equipes atuam, neste momento, em 19 dessas localidades. O comandante alertou que o envio indiscriminado de mensagens poderia causar pânico.

“Se nós emitirmos um alerta sem controle, vai tocar nos 230 bairros e vai trazer pânico para a população. Além do mais, nós podemos perder credibilidade. Isso não pode acontecer”, comentou.

Apesar das limitações, Falcão reconheceu a importância do sistema de alertas e defendeu maior integração entre os entes federativos para que a ferramenta funcione de forma eficaz.

“Nós precisamos, nesse instante, é do empenho maior. Também da Defesa Civil estadual, junto com a nacional, para que a gente possa ter as condições necessárias para emitir o alerta, que é de extrema importância para toda a comunidade daqui de Rio Branco”, destacou.

De acordo com o gestor, o chamado ‘Defesa Civil Alerta’ não é controlado por um único órgão e depende da atuação conjunta das defesas civis municipal, estadual e nacional. Foto: captada 

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Prefeito de Rio Branco prorroga decreto de emergência após Rio Acre atingir 15,37 metros

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Tião Bocalom mantém estado de calamidade por mais um ano em resposta à maior cheia do rio em quase duas décadas; medida reforça ações de socorro e proteção às famílias afetadas

O Executivo de Rio Branco prorrogou nesta segunda (29/12), por mais um ano, o estado de emergência diante da nova cheia do Rio Acre, que já alcança cerca de 20 mil moradores na capital e em comunidades rurais. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, prorrogou por mais um ano o decreto de emergência na capital após o Rio Acre atingir a marca histórica de 15,37 metros. A medida foi tomada diante da cheia severa que já alagou dezenas de bairros e deslocou centenas de famílias, o estado de emergência diante da nova cheia do Rio Acre, que já alcança cerca de 20 mil moradores na capital e em comunidades rurais.

Em coletiva de imprensa, o prefeito Tião Bocalom (PL) disse que a medida é necessária para garantir socorro imediato. “Vamos ampliar as ações de saúde e assistência às pessoas atingidas”, disse.

O boletim oficial registra 364 pessoas atendidas em abrigos improvisados nas escolas Anice Dib Jatene, Álvaro Vieira, Maria Lúcia Moura Marin, Georgete Eluan Kalume e Maria Gouveia Viana, além do Centro de Cultura Mestre Caboquinho. Alguns desses locais já não comportam novos desabrigados. Para ampliar a capacidade, o Executivo iniciou a construção de 60 unidades no Parque de Exposições Wildy Viana.

Ao meio-dia, o Rio Acre atingiu 15,37 metros. O coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, descreveu o cenário como inédito para dezembro. “Em 55 anos de monitoramento, só vimos algo parecido em 1975. Agora já é a sexta enchente consecutiva”, afirmou. Ele advertiu para os próximos meses: “Janeiro, fevereiro e março são muito perigosos. Pode ser que, pela primeira vez, tenhamos um transbordamento duplo”.

Sem previsão de chuvas até terça (30/12), Falcão alertou que elas devem retornar já na virada do ano (31/12). “A tendência é que o volume volte a subir, e precisamos estar preparados”, explicou. O militar também relatou desmoronamentos em 12 pontos da cidade e mencionou riscos na estrutura do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), como a possibilidade de rompimento da adutora e de balseiros atingirem as bombas, o que poderia comprometer a captação e o abastecimento.

No bairro Papouco, o desbarrancamento às margens do rio trouxe de volta a crise. O secretário de Assistência Social, João Marcos Luz, chamou o episódio de tragédia anunciada. “Não dá para continuar do jeito que está. Precisamos mudar a vida dessas famílias”, afirmou, retomando a justificativa para a retirada das famílias anunciada meses atrás.

A Defesa Civil mantém vigilância constante e reforça que o telefone 193 está disponível para emergências.

A prorrogação do decreto permite a manutenção e o reforço de ações emergenciais, como o atendimento às famílias desabrigadas, o monitoramento hidrológico em tempo real e a articulação direta com a Defesa Civil estadual e o governo federal. O nível do rio, que superou a cota de transbordamento (14 metros) no último sábado (27), continua sendo acompanhado de perto, com previsão de novas chuvas nos próximas dias.

Com André Gonzaga

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Rio Acre segue em elevação e permanece acima da cota de transbordo em Rio Branco

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Boletim da Defesa Civil aponta nível de 15,37 metros ao meio-dia desta segunda-feira

Foto: Jardy Lopes

A Defesa Civil Municipal de Rio Branco divulgou, nesta segunda-feira (29), um novo boletim informando que o nível do Rio Acre permanece acima da cota de transbordo na capital acreana, mantendo o cenário de atenção máxima.

De acordo com as medições oficiais, às 5h21 o rio marcava 15,32 metros. Às 9h, o nível subiu para 15,36 metros, atingindo 15,37 metros ao meio-dia, confirmando a tendência de elevação ao longo do dia.

Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco, com índice pluviométrico de 0,00 milímetro, o manancial segue significativamente acima da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e da cota de transbordo, estabelecida em 14,00 metros. O boletim foi assinado pelo coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão.

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