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CRM constata falta de oxigênio e alimentação em hospital inaugurado há 3 meses no AC
Visita ocorreu nesta terça-feira (11) no Hospital Regional do Alto Acre Wildy Viana, em Brasileia. Direção disse que problema do oxigênio foi resolvido com ajuda do Hospital de Xapuri.

Equipe do CRM visitou Hospital Wildy Viana para averiguar denúncias — Foto: Divulgação/Conselho Regional de Medicina
O Conselho Regional de Medicina (CRMA) visitou o Hospital Regional do Alto Acre Wildy Viana, em Brasileia, para averiguar irregularidades denunciadas por um dos médicos do local. A unidade está sem oxigênio e a ambulância sem gasolina. A visita ocorreu nesta terça-feira (11).
A unidade foi inaugurada no dia 31 de agosto deste ano e leva o nome do pai do governador Tião Viana, Wildy Viana, que morreu aos 87 anos em março do ano passado.
A denúncia foi feita pelo médico Rodrigo Simas. Em entrevista a Rádio CBN, o profissional afirmou que faltou oxigênio durante o final de semana para uma paciente. Ao tentar transferi-la para Rio Branco, o médico descobriu que a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estava na capital acreana sem gasolina para retornar para o interior.
“Aconteceu de uma maneira que me deixou muito revoltado, porque se não tem oxigênio a primeira saída é ligar para o Samu e tentar transferir o paciente para Rio Branco, só que a dificuldade estava em transferir o paciente. Não conseguimos transferir por falta de ambulância, que tinha ido para Rio Branco, quebrada e não tinha gasolina. O Samu estava sem fornecer gasolina”, contou.
Em nota, a diretora geral do hospital, Maria Alice Braga, negou que a unidade estivesse sem oxigênio. Segundo a Saúde, havia um grande número de pacientes fazendo uso do oxigênio e isso teria provocado uma falta temporária de fluxômetro, que seria usado para controlar o fluxo de oxigênio.
“A situação foi resolvida com ajuda do Hospital de Xapuri”, completa a nota.
Outra irregularidade denunciada pelo servidor seria a falta de alimentação. Ele disse ainda que um paciente, em tratamento com anemia fortíssima, esperou das 9h às 16h por uma bolsa de sangue.
“O café da tarde acabou, sempre existiu, e o café da manhã, que é o pão, vem de forma intermitente. Tem dias que vem outros que não. No meu plantão só comi porque um enfermeiro me doou um pão, senão não tinha comido nada. Todas essas questões se resumem na falta de gestão. Precisam ter um check list diário de coisas que podem custar a vida das pessoas”, lamentou.
Sobre a alimentação, o hospital alegou que houve um problema pontual, que causou a diminuição. Porém, o problema foi resolvido e os servidores voltaram a receber a quantidade de alimento normalmente.
Visita
A presidente do CRM, Leuda Davalos, falou que vai elaborar um relatório com as irregularidades encontradas na unidade. O material deve ser enviado para o Ministério Público do Acre e a Secretaria de Saúde (Sesacre).
“Trabalham em condições muito precárias, falta medicação, entre outras coisas. Oxigênio era a única coisa que não deveria faltar. A ambulância não pode se deslocar porque não tem gasolina. A enfermagem disse que se precisar sair da unidade precisam constatar que vão abastecer em Rio Branco, senão não tem como voltar”, argumentou.
Ainda segundo a médica, homens, mulheres e crianças estão internados nos mesmos leitos. O hospital é bonito, a estrutura física é bonita, mas o oxigênio não está instalado, não tem ar-condicionado, acho que a inauguração foi precipitada. Parte ainda funciona ainda no antigo hospital, outra parte no novo”, finalizou.
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Defesa Civil do Acre entra em alerta por elevação do Rio Acre e risco de alagamentos na capital

Rio Acre na fronteira já deu sinal de estabilidade e poderá dar sinais de vazantes nas próximas horas – Foto: Eldson Júnior
A Defesa Civil do Acre colocou suas equipes em estado de alerta em razão das fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas horas e elevaram o nível do Rio Acre, com possibilidade de alagamentos e famílias desabrigadas, principalmente em Rio Branco.
De acordo com dados do sistema de hidrotelemetria, a chuva ultrapassou 100 milímetros em cerca de 12 horas, especialmente na região das Aldeias dos Patos, acima de Assis Brasil. Apesar do volume elevado, o nível do rio apresenta tendência de estabilização e leve recuo. Nas últimas quatro horas, a medição indicou nível abaixo dos 4 metros nos pontos mais altos do curso do rio.

Ponte metálica Dr José Augusto, que liga os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia – Foto: Eldson Júnior
Na régua de medição instalada na ponte que liga Brasiléia e Epitaciolândia, o Rio Acre chegou próximo dos 9 metros por volta das 10h (horário local), mas também apresenta sinal de estabilização.
O coordenador da Defesa Civil na região de fronteira, major do Corpo de Bombeiros Sandro, divulgou vídeo tranquilizando a população, ao mesmo tempo em que reforçou que as equipes seguem em prontidão, com apoio das prefeituras de Brasiléia e Epitaciolândia.
Em Rio Branco, no entanto, a situação exige mais atenção. Nas próximas 48 horas, o cenário pode demandar maior atuação das autoridades estaduais e municipais, já que foram registrados alagamentos em áreas mais baixas próximas ao Rio Acre, além de bairros e igarapés atingidos pelas águas da chuva.

Em Rio Branco, regiões como o Bairro da Base já foi alcançados pelas águas em alguns pontos deixando a dEfesa Civil em alerta – Foto ac24horas
Diante do quadro, o governador Gladson Cameli e a vice-governadora Mailza Assis se reuniram com secretários e técnicos para definir estratégias, alinhar ações e colocar em prática o Plano de Contingência, com foco em reduzir impactos e prestar assistência às famílias afetadas.
A reunião do Gabinete de Crise ocorreu na Secretaria de Estado da Casa Civil e contou com a participação de órgãos estaduais e instituições envolvidas direta ou indiretamente na gestão ambiental e de riscos, reforçando a articulação para enfrentar o período de chuvas intensas no Acre.

Governo do Acre reuniu pastas comprometidas com o plano de contigência para antecipar ações emergenciais. Foto: José Caminha/Secom
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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC
Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).
Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.
Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.
O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.
Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.
A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.
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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato
A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal
Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.
Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.
No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.
Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.
Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.



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