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Credores aprovam em Assembleia plano de recuperação judicial da Peixes da Amazônia

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Em Assembleia Geral realizada na última sexta-feira, 20, os credores da empresa Peixes da Amazônia aprovaram o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) do empreendimento, apresentado pelos advogados do complexo de piscicultura. O plano foi aprovado pela classe trabalhista, o Banco da Amazônia e empresários de pequeno porte. Apenas o Banco do Brasil, que cobra mais de R$ 170 mil, não aceitou os termos, mas foi voto vencido. A situação foi exposta na sessão desta terça-feira, 24, pelo deputado Daniel Zen (PT), também credo da empresa por ter investido cerca de R$ 50 mil. Segundo o parlamentar a empresa voltará a funcionar em breve e cobrou uma posição do governo com relação a participação como acionista.

Na reunião, ficou acordado que independente de qual seja a natureza das dívidas: rescisórias, horas extras, adicional de insalubridade, FGTS, e multa rescisória de 40%, todos serão pagos no prazo máximo de 18 meses a partir da sentença que homologar o plano, independente do trânsito em julgado.

Com dívidas girando em torno dos R$ 50 milhões, o complexo de piscicultura criado durante a gestão do governador Tião Viana (PT) nasceu em 2013 com uma proposta ambiciosa de processar pescado para os mercados mais sofisticados e exigentes do mundo, por meio de técnicas de reprodução e de engorda de peixes amazônicos, reduzindo a pressão sobre o estoque natural, envolvendo em sua cadeia produtiva pequenos produtores do estado.

A empresa foi fornecedora oficial de peixes para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro-RJ, e conquistou um rol de clientes renomados e exigentes, como: a rede de restaurante Outback, Pobre Juan, Coco Bambu, Applebee’s, LSG Sky Chefs, Vivenda do Camarão, Pão de Açúcar, Swift, Araújo, Maui Seafood, Eso, Zaffari, dentre outros.

Foi a partir de 2016, no entanto, que a empresa começou a sofrer os efeitos da crise econômica que passou a afetar mais fortemente o país. Alegando ausência de caixa para honrar seus compromissos pontualmente, em 2019 a Peixes da Amazônia entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial com o objetivo de renegociar o seu passivo e evitar se tornar insolvente.

Agora, o plano de recuperação será encaminhado ao juiz Afonso Braña Muniz, da Vara Cível do município de Senador Guiomard, onde o procedimento tramita para a homologação.

Em uma entrevista ao ac24horas em maio, o magistrado afirmou que após o julgamento de todas as impugnações, o administrador judicial, Fábio Dantas de Souza, providenciará a publicação da 3ª e última relação de credores, conforme estabelece o artigo 18 da Lei 11.101/2005, que disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária.

O juiz ainda informou que, em concomitância com todas as fases processuais, ainda existem habilitações de crédito retardatárias sendo protocoladas na Vara Cível da Comarca de Senador Guiomard, uma vez que não foram dirigidas ao administrador judicial, tampouco houve a observância pelos credores do prazo do art. 7º, § 1º, da lei citada no parágrafo anterior.

As habilitações de crédito retardatárias, porém, podem ocorrer até a homologação do quadro geral de credores, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Diante do decurso do prazo para apresentação de objeções ao plano de recuperação judicial e considerando a apresentação de divergências por alguns credores, o juiz convocou uma Assembleia Geral de Credores.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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