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Correios faz primeira entrega por drone em Curitiba

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Foto: Pedro Ribas/SECOM Curitiba

Os Correios fizeram uma entrega especial nesta quarta-feira (26/3). A primeira encomenda transportada pela estatal com drone em todo o Brasil teve como destinatário o prefeito Eduardo Pimentel, que recebeu uma placa em homenagem ao aniversário de Curitiba, comemorado em 29 de março. A novidade foi apresentada durante o segundo dia da Smart City Expo Curitiba, maior evento de cidades inteligentes das Américas.

A entrega simbólica faz parte do projeto para a criação de “aerovias” de entregas por drone desenvolvido pela Atech, empresa da Embraer responsável pelos sistemas de controle de voo em todo o País, em parceria com a Prefeitura de Curitiba. Os Correios e a Speedbird Aero, fabricante e plataforma de drones, vão contribuir com informações para a realização de testes para desenvolvimento do sistema de controle aéreo, considerando questões técnicas de entrega em uma cidade.

O superintendente dos Correios no Paraná, Marcos Paulo Paim, ressaltou a importância da participação da estatal no projeto. “Estamos muito honrados de, assim como Curitiba, ser protagonistas nesse grande projeto. Toda nossa experiência em logística fica à disposição desse projeto para que, num futuro bem próximo, as entregas sejam feitas também por drone”, afirmou.

“Sinto orgulho de Curitiba ser o piloto desse teste, de ter sido a entrega número um de drone dos Correios”, disse o prefeito Eduardo Pimentel. Ele ressaltou que a nova modalidade será realidade em breve em todo o mundo. “Temos que trabalhar em conjunto com os governos e as entidades privadas para que a gente desenvolva a melhor forma de entrega”, pontuou.

O drone utilizado na entrega simbólica, fabricado pela Speedbird Aero, com tecnologia 100% nacional, suporta até 35 quilos. O voo foi realizado pela Atech, que escolheu Curitiba para os testes práticos do software que está desenvolvendo para o controle aéreo de voos de drones seguros em ambientes urbanos, passando sobre pessoas. Em respeito à regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a entrega desta quarta-feira foi realizada em rota evitando o fluxo de pessoas, decolando da Praça Afonso Botelho e sobrevoando a Ligga Arena com o uso do sistema BVLOS (sigla para Beyond Visual Line of Sight, em que o piloto não tem contato visual direto com o veículo).

O pouso foi feito com precisão no local previsto na área externa do estádio, onde está a exposição do Tomorrow Mobility, evento dentro do Smart City Expo Curitiba que debate e apresenta soluções para a mobilidade do futuro. Dois carteiros participaram da entrega da encomenda, na decolagem e no pouso do drone.

A parceria entre a Atech e a Prefeitura de Curitiba (programa Vale do Pinhão), por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, foi firmada em novembro de 2024 e, em janeiro deste ano, os Correios foram convidados a integrar o projeto.

Segundo o CEO da Atech, Rodrigo Persico, o projeto prevê várias etapas, entre elas a aprovação em órgãos homologadores, até chegar à definição de “aerovias” e rotas qualificadas e seguras para que os drones façam operações sustentáveis comercialmente. “O objetivo é conseguir estudar essas rotas, fazer testes pilotos e desenvolver e aprimorar o software”, afirmou. Ele também ressaltou a importância da parceria com os Correios. “Ninguém melhor que a empresa mais antiga do Brasil, que tem a maior capilaridade, de trabalhar junto com a gente, dando esse passo a mais na inovação do trânsito de drones”, avaliou.

Os Correios são líderes no segmento logístico e de entrega de encomendas no Brasil e responsáveis pela atividade postal nacional. Com mais de 360 anos de história e presente em 100% dos municípios do País, a estatal possui a maior infraestrutura logística da América Latina: uma rede de atendimento de mais de 10 mil agências, mais de 8 mil unidades operacionais, 23 mil veículos e 85 mil empregadas e empregados diretos.

Fonte: Agência GOV

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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