Cotidiano
Corinthians tem ano recorde em média de público e discute ampliar Arena
Retirada de cadeiras ou construção de mais arquibancadas? Timão se acostuma com casa cheia em Itaquera e pensa em alternativas para aumentar capacidade do estádio
Desde que inaugurou a sua arena, em 2014, o Corinthians viveu anos gloriosos. Em 2015, conquistou o Brasileirão com uma equipe que “jogava e encantava”, nas palavras de Tite. Em 2017, foi de quarta força a campeão paulista e nacional.
Em 2018 e 2019, ampliou a hegemonia estadual vencendo os rivais Palmeiras e São Paulo nas finais. Mas em nenhuma dessas temporadas a equipe contou com tanto apoio em Itaquera como em 2022.
Neste ano, o Corinthians tem a maior média de público na história da Neo Química Arena, fato que tem motivado debates no clube sobre a ampliação da capacidade do estádio.
Até agora, foram 26 partidas em casa em 2022, com 962.381 pagantes, o que representa uma média de 37.015 mil por jogo.
Média de público do Corinthians na Neo Química Arena
Vale lembrar que em 2020 o Corinthians fez apenas cinco jogos com portões abertos, antes da pandemia. Já em 2021, o estádio teve capacidade reduzida em parte da temporada também por conta da Covid-19.
A casa corintiana comporta cerca de 48 mil pessoas – o recorde em jogos do clube foi de 46.903, na decisão do Paulista de 2019, contra o São Paulo.
São duas as principais alternativas para ampliar a capacidade da Arena:
- Criar duas arquibancadas superiores nos setores Norte e Sul, atrás dos gols
- Retirar as cadeiras do setor Sul e colocar assentos menores nos setores Leste e Oeste
Ao mesmo tempo que poderia trazer maior renda para o Corinthians, a ampliação aumentaria consideravelmente os custos de manutenção e operação do estádio.
– Existe, sim, essa intenção, até para que a gente tenha ingressos mais populares, de aumentar 20 mil ou 15 mil lugares, aumentar as arquibancadas atrás dos gols. Mas é um negócio que precisa de um estudo financeiro, a gente precisa avaliar bastante. A nossa média de público nos últimos anos foi de 32 mil aproximadamente e agora, nesse ano, a gente está com uma média de público maior.
– Pensando nesse ano especificamente, já valeria a pena. Mas aumenta muito o custo de manutenção, existem contas que mostram que, ao ampliar de 48 mil lugares para 60 mil, o custo fica muito maior, não é proporcional, ele aumenta demais – explicou o presidente Duilio Monteiro Alves, em entrevista ao “Ulisses Cast”.
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Torcida do Corinthians celebra gol na Neo Química Arena — Foto: Marcos Ribolli
Além do bom público na temporada, outro fator que incentiva o debate sobre a ampliação da Neo Química Arena é o crescimento no número de membros do programa Fiel Torcedor.
Segundo levantamento do jornal “O Globo”, o Timão é o líder em sócios-torcedores no Brasil, com cerca de 154 mil associados.
– É uma coisa de se pensar realmente, e a gente começa a trabalhar em cima disso sem criar expectativa, mas acho muito importante. Porque o torcedor do Corinthians vai, acompanha e a gente fica feliz de ter esse número, de mais de 150 mil fiéis-torcedores pagantes. A gente entende a chateação do torcedor que não consegue pagar, mas a gente não pode esquecer que há alguns anos a gente tinha filas e filas e filas em bilheteria, confusões, muitos torcedores passavam o dia em fila e, quando chegava a vez de ele comprar, a bilheteria era fechada porque esgotavam ingressos.
– Isso já melhorou muito, praticamente não tem mais bilheteria física, os ingressos são comprados pela internet, já foi um grande passo. Mas a torcida do Corinthians é gigante, é uma nação e não cabe dentro de um estádio – argumentou Duilio, que não descarta iniciar obras em seu mandato, que vai até o fim de 2023.
– Podemos iniciar nessa gestão, mas precisamos ver a parte financeira disso, estudar, para não dar um passo maior do que a perna nesse momento.
Antes de contrair novas dívidas, a prioridade é sanar as já existentes. Até o fim do ano, o Corinthians não precisa pagar nada à Caixa Econômica Federal pela arena. Já a partir de 2023, o clube passará a quitar as parcelas relativas aos juros do financiamento. De 2025 até 2041, também terá de arcar com o chamado “principal”, que é a parte da parcela destinada para reduzir o valor financiado inicialmente.
A ideia de ampliar a Neo Química Arena passou a ganhar força entre torcedores também como uma forma de aumentar a oferta de ingressos populares. Neste ano, o clube reajustou o preço das entradas.
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Torcida do Corinthians celebra gol na Neo Química Arena — Foto: Marcos Ribolli
Mesmo com as entradas mais caras, a Fiel tem comparecido em peso. Desde fevereiro, o Corinthians não joga para menos de 30 mil pessoas em casa. Das últimas 10 partidas, só duas tiveram menos de 40 mil pagantes.
O próximo compromisso do Timão em Itaquera ainda não está definido. Pode ser contra o Bragantino, no próximo sábado, dia 27, pela 24ª rodada do Brasileirão, ou mesmo antes, no meio da semana, contra o Fluminense. Isso será decidido às 11h desta sexta-feira, quando acontece o sorteio dos mandos das semifinais da Copa do Brasil.
Antes disso, o Corinthians volta a campo nesse domingo, diante do Fortaleza, no Castelão, às 18h.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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