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Contra garimpo ilegal, venda de ouro exigirá nota fiscal eletrônica

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Medida passa a valer em 3 de julho, depois de desenvolvido sistema

Operação contra extração ilegal de ouro no Norte e Noroeste Fluminense. Foto: Divulgação

A Receita Federal decidiu instituir a obrigatoriedade da emissão de nota fiscal eletrônica para negócios que envolvam ouro como ativo financeiro ou como instrumento cambial. A medida, que aumenta a transparência e o controle dessas operações, contribui para coibir o garimpo ilegal.

As novas regras constam na Instrução Normativa 2.138, publicada nesta quinta-feira (30) no Diário Oficial da União. A emissão será obrigatória em quatro situações: na primeira aquisição do ouro bruto, na importação, na exportação e em negócios internos com participação de instituições financeiras. Com a nota fiscal eletrônica, essas operações poderão ser auditadas através de ferramentas tecnológicas já usadas pela Receita Federal.

Como os envolvidos na compra e venda de ouro precisarão fornecer diferentes informações para emissão da nota, o combate à sonegação também poderá ser aprimorado. “O uso desse documento possibilitará maior integração entre as administrações tributárias”, informa a Receita Federal.

A nota fiscal eletrônica passará a ser exigida a partir de 3 de julho. Segundo a Receita Federal, a data foi definida levando em conta o prazo necessário para desenvolvimento do sistema. Uma equipe já vem trabalhando há algumas semanas.

A instituição da nota fiscal eletrônica vinha sendo defendida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores mineradoras atuantes no país. No mês passado, o diretor-presidente da entidade, Raul Jungmann, considerou que o documento permite rastreabilidade e cruzamento de dados.

Diante do anúncio da Receita Federal, o Ibram divulgou uma nota com nova manifestação de Jungmann. “O setor mineral também sofre a concorrência desleal do garimpo ilegal, mas o motivo maior de celebrar esta decisão da Receita Federal e do Ministério da Fazenda é justamente reconhecer que o governo está disposto a acabar com a cadeia criminosa que denunciamos”.

No início deste ano, os danos causados pelo garimpo ilegal ganharam maior visibilidade devido aos problemas relacionados com a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Mas instituições públicas e organizações não-governamentais já vinham alertando para o cenário nos últimos anos. A expansão de garimpos na Amazônia brasileira quadruplicou entre 2010 e 2020, segundo um dossiê lançado há algumas semanas pela Aliança em Defesa dos Territórios, entidade criada em 2021 por povos indígenas.

Controle frágil

Um levantamento do Instituto Escolhas, organização não governamental dedicada à produção de estudos relacionados ao tema do desenvolvimento sustentável, apontou que 54% do ouro vendido no Brasil em 2021 tinha indício de ilegalidade. Segundo um caderno de propostas elaborado pela entidade, a instituição da nota fiscal eletrônica é uma das medidas necessárias para enfrentar o alto volume de operações ilícitas.

Para o Instituto Escolhas, alterar o atual cenário de fragilidade no controle fiscal também demandaria uma atualização da Lei Federal 11.685 de 2008, conhecida como Estatuto do Garimpeiro, em vigor há 15 anos. Ela estabelece que o garimpo pode ser realizado de forma legal por qualquer pessoa ou cooperativa desde que seja obtida permissão da Agência Nacional de Mineração (ANM). As únicas exceções envolvem as terras indígenas e áreas maiores que 50 hectares.

Na legislação, portanto, o garimpo se diferencia da mineração por estar limitada a uma extração feita em pequeno volume e com baixo impacto ambiental. Porém, a atividade se desenvolveu ao longo do tempo. Se no passado, o garimpo era associado a pessoas que usavam técnicas manuais rudimentares ou artesanais, existem registros de grupos atuando na Amazônia de forma cada vez mais profissional, agressiva e em escala industrial. As operações envolvem equipamentos caros, embarcações robustas e retroescavadeiras.

A atividade de garimpo tem delimitações legais. Diferente das empresas mineradoras, garimpeiros não podem refinar, fundir e exportar os minerais extraídos. Eles recebem da ANM a autorização apenas para extração local e venda às chamadas Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs). São instituições autorizadas pelo Banco Central e funcionam como a porta de entrada do ouro e de outros minerais para o sistema financeiro, para o mercado internacional ou para joalherias.

Pela legislação, o garimpeiro que possui autorização de exploração deve autodeclarar à DTVM o local onde foi realizada a extração e sua palavra é considerada de boa-fé. Essas declarações de próprio punho, legalmente reconhecidas como documentos fiscais, não têm sido suficientes para garantir a origem lícita da mercadoria. O ouro extraído de áreas ilegais geralmente é levado para regiões em que há atuação do garimpo legal, onde intermediários locais realizam a venda às DTVMs.

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Petrobras: nomeações ligadas a Cerveró geram incômodo na estatal

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Alterações aprovadas por Jean Paul Prates são vistas como desmonte do antigo departamento jurídico, considerado pelo novo comando como ‘lavajatista’, segundo jornal

Por: Oantagonista

Nestor Cerveró, fala sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA), em audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle, Desenvolvimento Econômico e Relações Exteriores (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Nomeações ligadas a Nestor Cerveró (foto) para o jurídico da Petrobras têm gerado incômodo na estatal, diz O Globo. Como mostramos, recentemente, o presidente da companhia, Jean Paul Prates (PT), nomeou o advogado Marcelo de Oliveira Mello para comandar esse departamento da estatal. Ele foi sócio de uma offshore de Cerveró (foto), ex-diretor internacional da estatal, réu confesso na Lava Jato, condenado a seis anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o jornal, o petista acabou de colocar no time outro executivo associado aos escândalos da área internacional da companhia na época do petrolão.

“As nomeações de Prates para o jurídico estão na pauta da reunião do conselho da companhia que ocorre nesta quarta-feira”, diz a reportagem, acrescentando que conselheiros consideraram os relatórios do compliance aprovando as indicações para o departamento fracos e insuficientes e sinalizaram que irão questionar os diretores da empresa a respeito.

Carlos Borromeu de Andrade, um dos dois gerentes gerais que Mello escolheu para assessorá-lo, ocupava a mesma função na área internacional da Petrobras e era subordinado a Cerveró quando a Petrobras fechou o acordo para a polêmica compra da refinaria de Pasadena.

“As mudanças aprovadas por Prates estão sendo encaradas na Petrobras como um desmonte do antigo departamento jurídico, visto pelo novo comando como ‘lavajatista’”, afirma O Globo. 

 

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TRT-14 homologa resultado final do concurso público de servidores

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As nomeações de 78 novos servidores devem ser publicadas até meados de junho.

O Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (RO/AC) homologou o resultado final do Concurso Público de servidores para provimento de cargos de técnico judiciário (nível médio) e analista (nível superior). A  Resolução Administrativa, n. 068, de 18 de maio de 2023 foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho na segunda-feira (30/5) e já determinou que se proceda com as nomeações, conforme ordem de classificação dos cargos, regras do Edital n. 01/2022 e a disponibilidade orçamentária.

Segundo a Secretaria de Gestão de Pessoas, as nomeações de 78 novos servidores devem ser publicadas até meados de junho. A posse será realizada presencialmente no auditório do TRT-14 para os servidores lotados em Porto Velho, e telepresencial para os servidores lotados nas demais localidades de Rondônia e Acre. A data da posse será divulgada em breve pelo regional.

A remuneração inicial para cargos de nível médio é de R$7.591,37. Para cargos de nível superior é de R$12.455,30, com exceção para o cargo de analista judiciário – área Judiciária – especialidade oficial de justiça avaliador (exige graduação em Direito), que o salário inicial é de R$14.271,70.

Sobre o concurso

As provas do concurso para servidor do TRT-14 foram aplicadas em dezembro de 2022, nas cidades de Porto Velho, em Rondônia, e Rio Branco no Acre. O concurso contou com mais de 15 mil inscritos.

Secom/TRT14 (Yonara Werri)

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Cantor Sidney Magal tem sangramento no cérebro por hipertensão. Especialista explica o caso

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De acordo com o neurocirurgião, Dr. Bruno Burjaili, a hipertensão é um dos principais causadores deste tipo de problema

O cantor Sidney Magal (72) passou por um episódio preocupante durante um show no interior de São Paulo, após sentir mal-estar devido a uma crise de hipertensão arterial, ele foi hospitalizado e posteriormente diagnosticado com um pequeno sangramento talâmico no cérebro.

O artista encontra-se internado no Hospital do Coração (HCor), na Zona Sul da capital, onde está sob cuidados médicos, de acordo com o boletim médico, Sidney apresenta boas condições clínicas e sua evolução tem sido positiva. Após 72 horas de observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele foi transferido para uma ala regular do hospital.

De acordo com o neurocirurgião, Dr. Bruno Burjaili, a hipertensão é um dos principais causadores deste tipo de problema.

Os AVCs mais comuns de que ouvimos no dia-a-dia são os isquêmicos, ou seja, falta sangue em determinada parte do cérebro. No entanto, o hemorrágico também é bastante frequente; nele, ocorre um sangramento no tecido cerebral, que pode chegar a ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis. Alguns casos são cirúrgicos, enquanto outros ocorrem até sem causar sintomas”.

A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é um dos principais causadores deste tipo de sangramento no cérebro. Eventos em pessoas famosas são um alerta para que as pessoas se lembrem da importância de controlar sua pressão arterial, pois o problema pode passar bastante tempo sem sintomas aparentes e se manifestar de modo grave inesperadamente” Afirma o Dr. Bruno Burjaili.

Cantor Passou mal durante show

Durante o show em São José dos Campos, Sidney sentiu uma indisposição e recebeu atendimento médico no local. Após ser medicado, os médicos aconselharam que ele não retornasse ao palco por questões de segurança, mesmo assim, o cantor fez questão de cantar algumas músicas no camarim antes de encerrar a apresentação.

Sidney Magal tem recebido acompanhamento médico e está em processo de recuperação, seguindo as orientações das equipes médicas.


Press Release / Comunicado de imprensa
Créditos – Foto: Divulgação / MF Press Global

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