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Conselho determina elaboração de novo calendário para 300 escolas que ficaram em greve no Acre
Ano letivo 2021 na rede pública estadual começou com atraso devido à greve dos trabalhadores que durou mais de um mês. Até fechamento do novo calendário para escolas específicas, aulas devem seguir normalmente de forma remota.

Até fechamento do novo calendário para escolas específicas, aulas devem seguir normalmente de forma remota – Foto: Arquivo/Secom
Por Iryá Rodrigues
A Secretaria de Educação do Acre (SEE) vai ter que elaborar um novo calendário específico para as cerca de 300 escolas da rede pública de ensino que aderiram à greve de mais de um mês. A determinação consta no parecer do Conselho Estadual de Educação enviado na última quinta-feira (24) à pasta.
O ano letivo 2021 começou com um atraso de mais de 15 dias na maioria das escolas da rede pública do Acre, devido à greve dos trabalhadores da Educação. As aulas estão sendo de forma remota.
Ainda no parecer, o conselho aprovou o calendário escolar de 2021 e o plano de implementação das atividades pedagógicas apresentados pela secretaria antes da greve.
Agora, a SEE vai trabalhar nessa outra proposta voltada para as escolas que ficaram em greve, apresentar aos gestores dessas instituições e, depois, enviar novamente para o conselho analisar. Não há uma data prevista para apresentação desse novo calendário e, enquanto isso, as escolas devem seguir com os conteúdos normalmente, com aulas remotas.
A previsão é que pontos facultativos que estavam previstos para os próximos meses devem ser cancelados para que a carga horária seja cumprida adequadamente.
Ao todo, o estado tem 619 escolas e, segundo a SEE, ao menos 300 aderiram à paralisação de mais de um mês. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre chegou a informar na época da greve que, inicialmente, cerca de 90% das escolas tinham aderido ao movimento.
Calendário aprovado
Conforme o calendário aprovado pelo conselho, que tinha sido encaminhado para análise antes da paralisação dos trabalhadores, e que deve ser seguido pelas escolas que não aderiram à greve, o ano letivo de 2021 começou no dia 10 de maio.
O primeiro semestre, segundo o calendário, termina no dia 20 de agosto e há ainda a previsão para um recesso escolar entre os dias 23 de agosto e 3 de setembro. Esse recesso pode sofrer alteração para as escolas que estavam em greve.
As aulas do segundo semestre devem iniciar no próximo dia 8 de setembro, já com sistema híbrido – com aulas presenciais e remotas. No caso das escolas de ensino médio ou de ensino integral, que têm a carga horária de 5h ou 7h diária, respectivamente, o ano letivo deve ser concluído no dia 23 de dezembro.
Já as escolas de nível fundamental, onde a carga horária diária é de 4h, o ano letivo deve ser concluído somente no dia 3 de fevereiro.
Ainda segundo a SEE, continua valendo o sistema de 800 horas/aula no lugar de 200 dias letivos, que foi flexibilizado por conta da pandemia. O novo calendário específico para as escolas que aderiram à paralisação vai trazer a previsão de conclusão do ano letivo para essas instituições.
Aulas remotas
As aulas presenciais foram suspensas no dia 17 de março, na semana em que o Acre confirmou os três primeiros casos de Covid-19. Desde então, os alunos têm acesso ao conteúdo escolar pela internet por videoaula, pelo rádio com audioaulas, pela televisão e também com o material impresso disponibilizado nas escolas.
Em 2020, em meio à pandemia, os alunos da rede pública estadual concluíram os bimestres, também por meio do ensino remoto. Em fevereiro deste ano, a SEE chegou a divulgar um calendário do retorno das aulas com sistema híbrido – aulas presenciais e remotas. A ideia era começar as aulas presenciais já em março deste ano.
Contudo, os casos de Covid-19 aumentaram e Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 colocou todo o estado na bandeira de emergência, e suspendeu as atividades não essenciais.
A Educação continua com o programa Escola em Casa, que trabalha com o material impresso, audioaulas transmitidas pela TV e também pela Rádio Difusora e Aldeia Acreana, e videoaulas transmitidas pela Amazon Sat, além de disponibilização do acervo escola na Plataforma Educ Acre.

Trabalhadores da rede estadual de Educação ficaram em greve por mais de um mês – Foto: Arquivo pessoal
Fim da greve
Os trabalhadores da rede pública estadual de Educação suspenderam a greve, no último dia 17 de maio, após mais de um mês de paralisação. A categoria reivindicava a reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e o reajuste no piso salarial.
O fim da movimento foi acertado durante audiência de conciliação com a Secretaria de Educação, Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AC) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre.
A categoria aceitou o pacote de ações e planejamentos apresentados pelo governo estadual no último dia 2 de junho para a volta às aulas. Na época, o governo chegou a anunciar que não reconhecia o movimento grevista.
Além das propostas apresentadas no pacote, o Sinteac explicou que o governo se comprometeu a restruturação das tabelas e correção inflacionária no primeiro semestre de 2022.
“Foi um acordo judicial, então, a gente suspende a greve até fevereiro. Além das condições de trabalho, vão fornecer uma média de R$ 4,5 mil para comprar um notebook, R$ 100 para o pacote de internet; auxílio alimentação de R$ 420 para o ano que vem, em janeiro”, contou Rosana Nascimento, presidente do Sinteac.
Rosana complementou que, com o acordo entre as partes, a multa de R$ 10 mil imposta pela Justiça foi suspensa. O Tribunal de Justiça do Acre acatou, no dia 24 de maio, uma tutela de urgência da PGE e mandou suspender a greve.

Maioria das instituições particulares iniciou as aulas de 2021 ainda em janeiro – Foto: Arquivo pessoal
Escolas particulares
Diferente das escolas públicas, a maioria das instituições particulares iniciou as aulas de 2021 ainda em janeiro, e outras em fevereiro, e estão na fase de conclusão do primeiro semestre.
Segundo o Sindicato das Escolas Particulares, a previsão é que o primeiro semestre encerre no próximo dia 9 de julho e que o segundo semestre inicie no dia 2 de agosto.
Todas as escolas sindicalizadas estão com ensino híbrido (aula remota e presencial) e seguindo o que determina o decreto governamental, com capacidade limitada de até 50% dos alunos, por conta da bandeira amarela.
Para o retorno presencial, as escolas tiveram que passar por uma adaptação. Os profissionais passaram por treinamento ofertado pelas vigilâncias sanitárias municipais e estadual e os pais foram consultados sobre qual modalidade os filhos adotariam, se presencial ou remota. Cada instituição teve ainda que instituir um comitê para elaboração do planejamento de retomada e o documento precisou ser entregue aos Conselhos Municipais de Educação e ao Conselho Estadual de Educação.
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Em 3 horas, Rio Acre sobe 19 centímetros e ultrapassa 15 metros em Rio Branco

Foto: Jardy Lopes
O nível do rio Acre em Rio Branco continua subindo e ultrapassou a marca de 15 metros na medição das 9h da manhã desta sexta-feira (14). De acordo com a Defesa Civil municipal, a medição registrou 15,17 metros, representando um aumento de 19 centímetros em apenas três horas.
Na quinta-feira (13), o coordenador da Defesa Civil da capital, tenente-coronel Cláudio Falcão, já havia alertado que, ao atingir essa cota, o número de pessoas afetadas aumentaria significativamente, podendo chegar a cerca de 3 mil famílias.
A previsão é de que o nível do rio continue subindo ao longo do dia. As primeiras famílias desabrigadas chegaram ao Parque de Exposições, na capital acreana, na noite dessa quinta-feira (13). Para esta sexta, há previsão de que mais 11 famílias cheguem ao local por causa da enchente do Rio Acre.
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Detran notifica proprietários sobre remoção de 125 veículos em Cruzeiro do Sul

Foto: Renato Beiruth/Detran
O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran) divulgou nesta sexta-feira, 14, o edital de notificação de veículos removidos nº 004/2025, alertando proprietários sobre a necessidade de regularização para evitar o leilão de seus automóveis e motocicletas.
De acordo com a notificação, 125 veículos foram recolhidos ao Depósito de Veículos Removidos da WR Leilões, localizado na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Cruzeiro do Sul. Os donos devem comparecer ao local em horário comercial, de segunda a sexta-feira, para providenciar a retirada.
Os proprietários têm o prazo de 10 dias, a contar da publicação do edital, para quitar os débitos pendentes, como IPVA, multas, taxas de licenciamento, seguro obrigatório e vistoria, além das despesas de remoção e estadia no depósito. Caso contrário, os veículos poderão ser leiloados conforme a legislação vigente.
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VÍDEO: Morador em situação de rua é brutalmente agredido após ser acusado de furto em Rio Branco
Vítima foi golpeada com ripas e martelo por quatro homens; populares prestaram socorro, mas polícia não foi acionada para investigar o caso
O morador em situação de rua Jucelio da Silva Sodré, de 36 anos, foi vítima de uma **agressão brutal** na noite desta sexta-feira (13), na Rua Coronel Fontenele, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco. Ele foi atacado por quatro homens, que o acusaram de furtar quatro latas de tinta da marca Coral, considerada uma das mais caras do mercado.
Segundo relatos da vítima, os agressores, que seriam membros de uma organização criminosa, o derrubaram com uma rasteira e passaram a golpeá-lo com ripas, socos e chutes. Além disso, Jucelio foi atingido na cabeça com um golpe de aproximadamente nove centímetros e teve dois dedos esmagados a golpes de martelo. Ele também apresentava hematomas nas costas, no tórax e nas pernas.
Populares que presenciaram a cena prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma ambulância de suporte básico foi enviada ao local, e Jucelio foi encaminhado inicialmente para a UPA da Baixada. No entanto, devido ao agravamento de seu estado de saúde, ele foi transferido para o **Pronto-Socorro de Rio Branco**.
Apesar da gravidade do caso, a Polícia Militar não foi acionada, e a Polícia Civil não deve investigar o ocorrido. O episódio levanta questionamentos sobre a segurança e a proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade na capital acreana.
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