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Conselheira do TCE pede explicações sobre PL que doa R$ 14 milhões em ações de frigorífico para cooperativas do AC

Projeto de lei foi aprovado pelos deputados no último dia 19. Conselheira diz que doações deveriam ser feitas através de licitações.

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Governador do Acre (camisa azul) foi um dos maiores entusiasta em relação a Dom Porquito no Acre – Foto: Divulgação.

A conselheira Naluh Gouveia, do Tribunal de Contas do Estaado (TCE-AC), entrou com uma ação para suspender o Projeto de Lei que autoriza a doação de ações do frigorífico de suínos Dom Porquito para duas cooperativas do Acre.

O projeto foi aprovado em sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) no último dia 19.

Ao G1, o governo do Acre informou, por meio da Agência Nacional de Negócios do Acre (Anac) , a parte estatal da empresa Dom Porquito S/A, que ainda não foi notificado da decisão e só fará alguma declaração após a notificação.

Na decisão, a relatora detalha que a Anac possui mais de R$ 18 milhões das ações da empresa Dom Porquito. Desse valor, o PL prevê a doação de cerca de R$ 14 milhões, um total de 77,77% para duas cooperativas.

Conselheira Naluh Gouveia, do Tribunal de Contas do Estaado (TCE-AC)

A conselheira assinou a decisão monocrática nesta quinta-feira (21) e encaminhou para citação no TCE. Ainda no documento, a relatora solicita explicações do governo que levaram a escolher as duas cooperativas, informações dessas empresas e ressalta que o governo não pode fazer essas doações, uma vez que está em período eleitoral e exige que o governo não aprove o PL.

“Primeiro estou questionando qual critério usado para ser a empresa Amazon e Coopersuínos. É dinheiro público, tem que passar por licitações de empresas públicas, fazer todo um processo de escolha. Outro questionamento, diretamente ao governador, é que não pode ser feito nenhum tipo de doação porque estamos em período eleitoral. A lei é muita clara”, pontuou.

A conselheira ressaltou que doações em períodos eleitorais só podem ocorrer em situações de calamidade pública, o que não é caso. No documento, Naluh solicita que as informações sejam enviadas em um prazo de 15 dias, sob multa diária de R$ 500.

“Por que os deputados não questionaram? Por que foram dados mais de 70% de todo valor da Dom Porquito para justamente essas duas cooperativas? Estou pedindo que não sancione a lei e, paralelo a isso, informações, como comprovação que as doações das ações se destinam para fim e uso de interesse social, que explicite os motivos da escolha desses donatários das ações e suas qualificações jurídicas e patrimoniais”, concluiu.

Conselheira do TCE pede explicações sobre PL que doa R$ 14 milhões em ações de frigorífico para cooperativas do AC (Foto: Gleison Miranda/Secom)

Dom Porquito

O frigorífico de suínos foi inaugurado em 2015. O projeto se localiza na região do Alto Acre, na fronteira com a Bolívia e o Peru, onde o governo investiu em cadeias produtivas sustentáveis. Na época, o complexo de suinocultura foi tratado pelo governo como um dos maiores investimentos na área.

O projeto é uma sociedade em que a Agência de Negócios do Acre tem 37% das ações, e os demais acionistas, 63%.

Um ano após sua inauguração, o site oficial do governo fez um balanço das atividades e divulgou que o complexo, composto por unidade de produção de leitões (UPL), unidades de terminação para a engorda e frigorífico, havia custado R$ 86 milhões. Destes, R$ 62 milhões foram destinados apenas ao frigorífico.

O governo informou ainda que a empresa gerava 350 empregos diretos e abatia 200 animais diariamente.

Por Aline Nascimento, G1 AC, Rio Branco

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Polícia Civil detém suspeito pela morte do ativista cultural Moisés Alencastro em Rio Branco

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A Polícia Civil do Acre (PC-AC) deteve um suspeito pela morte do ativista cultural, jornalista e colunista social Moisés Alencastro (foto), assassinado a facadas em seu apartamento, em Rio Branco. Durante a ação, os investigadores localizaram objetos pessoais da vítima na residência do suspeito, que teve o nome preservado para não comprometer o andamento das investigações.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que trabalha para concluir as oitivas até a manhã desta terça-feira, quando deverá se pronunciar oficialmente sobre o caso. Por enquanto, a Polícia Civil informou que não irá se manifestar para não interferir nas apurações.

O caso está sendo conduzido pelo delegado Alcino Júnior, coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que trabalha com duas principais linhas de investigação: a primeira aponta para crime motivado por homofobia; a segunda considera a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).

A perícia do Instituto Médico Legal (IML) realizada no apartamento da vítima e no veículo abandonado na estrada do Quixadá, encontrado com os pneus furados e o porta-malas aberto, pode ser determinante para esclarecer a dinâmica do crime. Dentro do carro, foram encontrados alguns pertences pessoais de Moisés.

Segundo o delegado, o estado em que o veículo foi localizado reforça, até o momento, a hipótese de latrocínio. “O modus operandi indica que o homicídio ocorreu primeiro e, em seguida, o autor teria se aproveitado da situação para subtrair os bens da vítima”, afirmou.

Os peritos não encontraram sinais de arrombamento no apartamento, o que indica que Moisés provavelmente conhecia o autor do crime. Vizinhos relataram à polícia que viram o carro da vítima deixando o estacionamento do condomínio por volta das 21h. O motorista, em atitude apressada, teria batido duas vezes no portão antes de fugir em rumo ignorado.

O corpo de Moisés Alencastro foi encontrado ao lado da cama, com diversas perfurações provocadas por faca, dentro do apartamento localizado no Condomínio Nehine, no bairro Morada do Sol.

A Polícia Civil recolheu material biológico e outros vestígios tanto no local do crime quanto no veículo abandonado em uma estrada vicinal na parte alta do bairro São Francisco. Exames genéticos e papiloscópicos foram realizados para auxiliar na reconstituição dos fatos e na identificação da autoria.

“Agora estamos buscando novas pistas no veículo abandonado na zona rural para esclarecer completamente o caso”, afirmou o delegado Sandro Martins.

As investigações seguem em andamento.

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Prefeitura Municipal de Assis Brasil – AVISO DE LICITAÇÃO

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Estado do Acre

Prefeitura Municipal de Assis Brasil

Comissão Permanente de Licitação

AVISO DE LICITAÇÃO

PREGÃO PRESENCIAL Nº 013/2025

OBJETO: “Contratação destinada a fornecer material de consumo, higiene, limpeza, descartável e utensílios domésticos. Visando atender as necessidades da Secretaria Municipal de Administração, no âmbito da Prefeitura Municipal de Assis Brasil”

Origem: Secretaria Municipal de Saúde.

Data da Abertura: 15.01.2026 as 09:00h

Retirada do Edital: 23/12/2025 à 14/01/2026

Local De Retirada: site do TCE: https://externo.tceac.tc.br/portaldaslicitacoes/menu/ e e-mail: [email protected] e no site da Prefeitura Municipal de Assis Brasil – Ac www.assisbrasil.ac.gov.br

Horário: de Segunda – Feira à Quinta – Feira das 07:00 às 12:00 horas e de Sexta – Feira das 07:00 às 13:00 horas. 

Assis Brasil -AC, 22 de dezembro de 2025.

Willian Azevedo Bandeira

Pregoeiro PMAB

DECRETO Nº022/2025

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Homem é encontrado morto com sinais de espancamento em Assis Brasil; polícia investiga execução por “disciplina” de facção

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Corpo de Erivaldo Pereira, o “Badinha”, foi localizado no bairro Cascata; moradores relatam que vítima teria sido punida por suposta série de furtos na cidade

Informações apuradas no local, a Polícia Militar foi chamada até a Rua Otília Marinho de Amorim, onde constatou que a vítima já não apresentava sinais vitais. O cenário indicava sinais evidentes de violência extrema. Foto: cedida  

Um homem identificado como Erivaldo Pereira, conhecido como “Badinha”, foi encontrado morto na noite deste domingo (21) no município de Assis Brasil, interior do Acre. O corpo apresentava sinais de violência extrema e foi localizado no bairro Cascata, na Rua Otília Marinho de Amorim, após moradores acionarem a Polícia Militar.

De acordo com relatos preliminares de testemunhas, a vítima teria sido submetida a uma ação conhecida como “disciplina” — termo usado por facções criminosas para punições brutais. A suposta motivação seria uma sequência de furtos atribuídos a Erivaldo na cidade, mas a polícia reforça que todas as linhas de investigação estão em aberto.

A análise inicial do local indicou que a morte pode ter sido resultado de fortes pancadas no tórax e abdômen, compatíveis com espancamento. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), que irá determinar a causa oficial do óbito.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca apurar as circunstâncias da morte e confirmar ou descartar a possível ligação com ações de grupos criminosos na região de fronteira.

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