Brasil
Comissão da Câmara aprova nota de repúdio contra Lula por fala sobre ‘armação’ de Moro
Os parlamentares alegaram que a fala do presidente demonstra ‘total desrespeito’ à Polícia Federal e às autoridades ameaçadas

VINICIUS LOURES/CÂMARA DOS DEPUTADOS
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara aprovou nesta quarta-feira (29) uma nota de repúdio contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após ele falar que houve uma suposta “armação” por parte do senador Sergio Moro (União-PR) em relação à operação Sequaz, realizada pela Polícia Federal.
De acordo com as investigações, Moro e sua família eram alvos de criminosos que planejavam a execução deles e de outras autoridades, por eles não estarem contentes com as decisões tomadas enquanto o parlamentar era ministro da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É visível que é mais uma armação, mas isso a gente vai esperar, não vou atacar ninguém sem ter provas”, disse Lula, em 23 de março, ao ser questionado sobre o fato de estar ou não acompanhando os desdobramentos da operação da PF.
Para aprovar a mensagem de repúdio, os membros da Comissão de Segurança alegaram falta de decoro por parte do presidente. “Tal pronunciamento significa um total desrespeito à Polícia Federal e também a todas as autoridades públicas que estavam sendo ameaçadas e correndo o risco de terem suas vidas ceifadas pela criminalidade”, diz a moção.
O requerimento é de autoria dos deputados Gilvan da Federal (PL-ES), Tenente Coronel Zucco (REPUBLICANOS-RS) e Silvia Waiãpi (PL-AP), mas foram subscritos por Sargento Gonçalves (PL-RN), Sargento Fahur (PSD-PR), Coronel Ulysses (União- AC), Osmar Terra (MDB-RS), Delegada lone (Avante-MG), Hélio Lopes (PL-RJ), Coronel Telhada (PP-SP), Delegado Palumbo (MDB-SP), Coronel Meira (PL-PE) e General Pazuello (PL-RJ).
Leia também: PCC planejou matar Sergio Moro no dia do segundo turno das eleições de 2022
Os parlamentares sustentaram, ainda, que a fala ultrapassa a liberdade de expressão, ao desrespeitar as instituições e a honra dos integrantes. “Não podemos permitir e encarar com naturalidade a fala do Presidente da República que desmoraliza publicamente aquela instituição sem que nos pronunciemos contrariamente a tal fato.”
Esta é a primeira nota de repúdio aprovada em comissão contra um presidente da República. Foram contrários à aprovação os deputados da base Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), Welter (PT-PR), Delegada Adriana Accorsi (PT- GO), D.r Francisco (PT-PI) e Dimas Gadelha (PT-RJ).
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EUA oferecem recompensa milionária por Maduro
Denúncia de 2020 afirma que ditador da Venezuela praticou terrorismo internacional e tem envolvimento com o narcotráfico
Por: Revista oeste
Em março de 2020, o então procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, acusou o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por terrorismo internacional e associação ao narcotráfico. Depois da apresentação da denúncia, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 15 milhões para quem capturar Maduro. Também o governo prometeu US$ 10 milhões pela prisão de Diosdado Cabello, então ex-presidente do Parlamento venezueano.
Dessa forma, a Venezuela passou a integrar a lista norte-americana dos países que apoiam o terrorismo. Fazem parte do rol a Coreia do Norte, o Irã, o Sudão e a Síria.
Segundo a denúncia, nos últimos anos a Venezuela enviou aos EUA entre 200 e 250 toneladas de cocaína. “A intenção de Maduro era inundar os EUA com drogas”, disse o então procurador. “Ele usou a cocaína como arma.”
Conforme os EUA, existe uma parceria “narcoterrorista” consolidada nas últimas décadas entre a Venezuela e integrantes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Por meio desse apoio, o grupo colombiano transformado em partido político em 2017, mas que ainda tem dissidentes dedicados ao crime, passava carregamentos de cocaína pela fronteira com a Venezuela.
Em troca do apoio, as Farc enviavam armas e outros suprimentos para incentivar o terrorismo no país comandado por Nicolás Maduro desde 2013.
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Agentes de segurança de Maduro e a serviço do GSI agridem jornalistas no Itamaraty
Depois da reunião no Itamaraty, agentes de segurança do presidente venezuelano e a serviço do Gabinete de Segurança Institucional da presidência brasileira agrediram jornalistas.
A confusão começou durante uma entrevista de Nicolás Maduro. Os seguranças tentavam impedir a aproximação de profissionais da imprensa. No empurra-empurra, um deles deu um soco no peito da repórter Delis Ortiz. No tumulto, não foi possível registrar imagens do momento da agressão.
As imagens são de logo depois. Outros jornalistas também foram agredidos. O autor da agressão contra Delis Ortiz, segundo testemunhas, é o agente destacado na imagem. Delis Ortiz foi levada para uma sala do Itamaraty, onde recebeu atendimento médico, e está bem.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lamentou a agressão a profissionais de imprensa e afirmou que tomará providências para apurar responsabilidades.
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República divulgou nota em que se solidariza com a jornalista Delis Ortiz e repudia toda e qualquer agressão contra jornalistas. A nota afirma que todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita.
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Nas redes sociais, Bolsonaro e parlamentares criticam encontro de Maduro com Lula

Brasília (DF), 29/05/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ditador venezuelano chegou ao Brasil pela primeira vez depois de oito anos e terá ao menos três agendas oficiais com o petista
A chegada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil desencadeou ataques e críticas nas redes sociais de parlamentares e líderes alinhados à direita. O ditador chegou a Brasília na noite deste domingo (28) para um encontro promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes sul-americanos. A última vez que Maduro esteve no Brasil foi há oito anos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo antigo de Lula para criticar o encontro. Na postagem, o petista aparece dizendo que não ficou mais “radical”, apenas mais “maduro”. No vídeo, há ainda a legenda: “Ninguém vai poder dizer que ele (Lula) não avisou”.
Em 2019, o então presidente editou uma portaria que proibia a entrada de Maduro no Brasil, com a justificativa de que os atos do atual regime “contrariavam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”.
O senador Sergio Moro (União-PR) também criticou a visita de Maduro. Em uma publicação nas redes, Moro chamou o presidente da Venezuela de “ditador sul-americano” e disse que o encontro será um “sinal negativo” para o governo Lula.
O Brasil voltou a receber com honras de Estado ditadores sul-americanos, desta vez Maduro. Outro sinal negativo para a comunidade internacional pelo Governo Lula. Será cobrado do ditador o restabelecimento da democracia e dos direitos humanos na Venezuela?
— Sergio Moro (@SF_Moro) May 29, 2023
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) compartilhou um vídeo da chegada do ditador venezuelano ao Brasil e afirmou que a recepção “com honraria e continência” do governo brasileiro é o “fundo do poço”.
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